Multiplicação histórica: pequenas empresas da bolsa estão prestes a abrir janela de oportunidade
Os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump e pelas perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local — e a chance de queda da Selic aumenta ainda mais esse potencial de valorização

Nesta semana a Selic voltou para o maior nível desde 2006! E o que deveria ser uma notícia ruim para ações brasileiras, na verdade desencadeou uma forte alta do Ibovespa ontem.
Mesmo com a alta dos juros, o mercado preferiu se apegar a uma outra narrativa: o Banco Central não prometeu novas altas, e com isso aumentou as chances de ter encerrado de vez o ciclo de aumento dos juros.
E isso também significa que as próximas mudanças na Selic serão para baixo, o que realmente seria ótima notícia para as empresas que estão na bolsa. Para entender melhor, vamos olhar de perto o caso da Estapar (ALPK3).
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Se não fossem os juros…
A Estapar, empresa de estacionamentos, acabou de divulgar um prejuízo no primeiro trimestre de 2025.
Mas se você olhar apenas para a parte operacional, verá que os números na verdade foram ótimos. A receita cresceu +15%, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu +20% e o lucro operacional antes dos juros e impostos (EBIT) aumentou +50%, para R$ 34,2 milhões.
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O problema é que depois do resultado operacional vem as despesas com juros, e a Selic elevada atrapalhou bastante essa linha, assim como tem acontecido nos últimos trimestres.
No primeiro trimestre, a Estapar gastou aproximadamente R$ 39 milhões em despesas com juros da dívida, montante que consumiu todo o resultado operacional positivo e mais um pouco, levando a última linha para o prejuízo.
Bolsa: mais um vento a favor
Mas lembre-se que a Selic parece ter chegado ao topo, e isso em breve deve começar a se tornar um empecilho menor. Como sonhar não paga nada, vale a pena tentar entender o que aconteceria caso a Selic, digamos, voltasse para 12%, 10%, 8%...
Nas minhas contas, uma Selic de 12% ajudaria a reduzir a despesa trimestral com juros em aproximadamente R$ 4 milhões na comparação com o que tivemos no primeiro trimestre. Parece pouco, mas já seria suficiente para fazer a companhia reverter o prejuízo do período.
Uma Selic de 10% reduziria a despesa trimestral com juros em R$ 8,5 milhões, quase R$ 35 milhões em um ano inteiro – isso representa 12% do Ebitda de 2024. Se a Selic caísse para 8%, a economia anual seria de R$ 50 milhões!
Poderíamos continuar esse exercício, mas acho que já deu para entender que a queda dos juros pode representar uma grande porrada para algumas empresas que estão na bolsa.
Fato é que os ativos brasileiros já têm se valorizado nas últimas semanas, ajudados pelo tarifaço de Trump, e também por perspectivas mais positivas envolvendo o ciclo eleitoral local.
A perspectiva de queda da Selic apenas aumenta o potencial de valorização das empresas brasileiras, especialmente das pequenas, como a Estapar.
Não é por acaso que Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, tem dito que podemos estar diante de uma das maiores janelas de multiplicação da história para as microcaps. Vale a pena conferir, por isso, deixo o convite aqui.
Um abraço e até a próxima semana!
Ruy
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