🔴 ‘MÁQUINA DO TEMPO’? INVESTIR NESSA MOEDA É COMO INVESTIR NOS PRIMÓRDIOS DO BITCOIN CONHEÇA ATIVO QUE PODE VALORIZAR 4.900%

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
OS JUROS VÃO SUBIR?

O tombo das bolsas ao redor do mundo: por que o dado de emprego dos EUA fez as ações caírem, o dólar disparar e o mercado de dívida renovar máxima

Enquanto os investidores se reposicionam sobre o número de corte de juros pelo Fed este ano, já tem bancão dizendo que a autoridade monetária vai olhar para outro lugar

Carolina Gama
10 de janeiro de 2025
13:46 - atualizado às 18:45
Montagem de homem de cabelos brancos, camiseta branca e uma camisa marrom segurando um balde azul com água e um fundo gráfico do mercado de ações
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed) - Imagem: Montagem Andrei Morais / Adobe Firefly / Federal Reserve

A economia dos EUA criou 256 mil vagas em dezembro, bem acima das 212 mil de novembro e das previsão de consenso de 155 mil. A taxa de desemprego caiu para 4,1%. Esse sprint do mercado de trabalho norte-americano fez as bolsas tombarem ao redor do mundo, o dólar disparar e levou o mercado de dívida às máximas lá fora. 

A leitura dos investidores é de que, com números tão quentes de emprego, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) tem menos incentivo para cortar a taxa de juros este ano — e as expectativas já eram bem baixas. 

Na última reunião de política monetária, realizada em dezembro, o comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) reduziu à metade os cortes de juros em 2025, saindo de quatro para dois — assumindo afrouxamentos de 0,25 ponto percentual (pp). 

Na ata do encontro, divulgada nesta semana, o Fomc, sem citar Donald Trump, manifesta preocupações com as políticas que o novo presidente dos EUA — que toma posse no próximo dia 20 — deve adotar e que tem potencial para acelerar a inflação, entre elas, as tarifas sobre México, Canadá e China, o endurecimento das regras de imigração e a redução de impostos. 

“Não houve praticamente nenhum sinal de fraqueza no mercado de trabalho segundo o relatório de emprego de hoje. E com o progresso na frente da inflação mostrando sinais de estagnação nos últimos meses, as autoridades do Fed têm todas as evidências de que precisam para diminuir o ritmo dos cortes de juros”, diz Thomas Feltmate, diretor e economista-sênior da TD Economics. 

O rebuliço nas bolsas, no câmbio e no mercado de dívida

Até a divulgação do chamado payroll, o mercado reduziu apostas para cortes de juros pelo em 2025 nos EUA. 

Leia Também

Segundo o CME Group, junho é o primeiro mês com probabilidade majoritária de alguma redução na taxa, mas houve salto nas chances de manutenção dos juros ao longo de todo o ano.

No início da tarde, ferramenta FedWatch indicava 57,5% de probabilidade de afrouxamento monetário em junho, em comparação aos 70,4% antes dos dados de emprego de hoje. A chance de corte de 25 pontos-base caiu de 44,5% para 42,4% e a de corte de 50 pontos-base recuou de 21,9% para 13,6%. A probabilidade de manutenção dos juros no nível atual saltou de 29,6% para 42,4%.

E junto com o ajuste das expectativas com relação aos cortes de juros do Fed neste ano, os investidores também ajustaram posições, provocando a queda das bolsas, a disparada do dólar e levando os yiels (rendimentos) dos títulos de dívida mais seguros do mundo a máximas intraday.

Por aqui, o Ibovespa renovou uma série de mínimas na esteira da payroll, perdendo os 119 mil pontos. O principal índice da bolsa de valores brasileira fechou o dia com queda de 0,77%, aos 118.856,48 pontos, mas encerrou a semana com ganho de 0,27%.

No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou o dia com alta de 1%, cotado a R$ 6,1024. No pico da sessão, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 6,1563. Na semana, o dólar acumula queda de 1,29%.

COMO SOBREVIVER A 2025? As ameaças e o que pode SALVAR O ANO 

No exterior, a reação da bolsa de Nova York também é forte. O Dow Jones perdeu 550 pontos, recuando 1,63%. As perdas foram seguidas de perto pelo S&P 500 e pelo Nasdaq, que recuam 1,54% e 1,63%, respectivamente. 

Na Europa, as principais bolsas fecharam no vermelho, com Madrid entre as maiores quedas do dia (-1,5%). A Ásia encerrou as negociações antes do payroll, mas também terminou o dia em baixa. 

No mercado de dívida, o yield dos títulos de dez anos do Tesouro dos EUA — usados como referência do mercado — subiram para o maior nível desde o final de 2023 depois da divulgação dos dados de emprego de hoje. Na ponta mais longa, o yield do T-note de 30 anos passou de 5% pela primeira vez desde novembro de 2023. 

O mercado de dívida europeu também sentiu os efeitos do payroll. O yield dos títulos de governos da zona do euro subiram para novas máximas de vários meses após o relatório. 

No caso da Alemanha, o yield dos títulos de 10 anos chegaram a avançar sete pontos-base, atingindo o patamar mais alto desde julho, para depois cair ligeiramente e serem negociados com alta de três pontos-base, a 2,566%.

Juros nos EUA: o que vem por aí?

Enquanto os investidores se reposicionam para um ímpeto menor do Fed com relação ao número de corte de juros este ano, tem bancão dizendo que o pior pode estar por vir para os mercados — o aumento das taxas.

"Vemos poucos motivos para flexibilização adicional", diz o BofA Securities. "Achamos que os riscos para o próximo passo estão direcionados para um aumento", acrescenta. 

O banco lembra que a inflação está estagnada acima da meta de 2% e que o Fed não só melhorou significativamente o cenário base para 2025, como também indicou que os riscos de inflação estavam enviesados para cima e a atividade econômica está robusta. 

Os analistas do canadense CIBC também concordam que o Fed deve voltar a olhar mais para a inflação a partir de agora. 

Em nota, os analistas dizem que o relatório de emprego dos EUA de dezembro mostra que o mercado de trabalho norte-americano está saudável e que o payroll de hoje é um motivo a mais para o banco central norte-americano "direcionar sua atenção para outras partes".

 "O [Fed] está mais preocupado em ver o progresso da inflação de forma sustentável, e ver para onde a política comercial irá de fato", diz o CIBC.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando o sonho acaba: Ibovespa fica a reboque de Wall Street em dia de agenda fraca

22 de janeiro de 2025 - 8:22

Investidores monitoram Fórum Econômico Mundial, decisões de Donald Trump e temporada de balanços nos EUA e na Europa

SIMULAÇÃO

Deixando R$ 100 mil na mesa: abrir mão da liquidez diária na renda fixa conservadora pode render até 40% a mais no longo prazo

22 de janeiro de 2025 - 7:12

Simulação do banco Inter com CDBs mostra quanto é possível ganhar a mais, no longo prazo, ao se optar por ativos sem liquidez imediata, ainda que de prazos curtos

REPORTAGEM ESPECIAL

O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%

22 de janeiro de 2025 - 6:09

A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano

TROCA DE CONTROLADORA

CMA CGM recebe autorização prévia para tornar-se controladora da Santos Brasil (STPB3), mas vai precisar remunerar os credores

21 de janeiro de 2025 - 17:40

Francesa comprou a parte da empresa portuária que pertencia à gestora Opportunity

ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Após adiar balanço, AgroGalaxy (AGXY3) divulga prejuízo bilionário no 3T24 e ação cai forte na B3

21 de janeiro de 2025 - 13:32

A expectativa era que o resultado saísse em dezembro, mas a companhia atribuiu o atraso ao processo de reestruturação interna após o pedido de recuperação judicial

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Efeito Trump na bolsa e no dólar: Nova York sobe de carona na posse; Ibovespa acompanha, fica acima de 123 mil pontos e câmbio perde força

21 de janeiro de 2025 - 12:34

Depois de passar boa parte da manhã em alta, a moeda norte-americana reverteu o sinal e passou a cair ante o real

NOVA DIRETORIA

Vivara (VIVA3) anuncia novo CFO e ‘tranquiliza’ investidores após meses de incerteza na direção executiva; ação tem recuperação modesta

21 de janeiro de 2025 - 10:29

O CEO Ícaro Borrello continua, temporariamente, como CFO interino da companhia

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York

21 de janeiro de 2025 - 8:18

Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Donald Trump está de volta com promessa de novidades para a economia e para o mercado — e isso abre oportunidades temáticas de investimentos

21 de janeiro de 2025 - 6:48

Trump assina dezenas de ordens executivas em esforço para ‘frear o declínio americano e inaugurar a Era de Ouro da América’.

DESTAQUES DA BOLSA

Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) lideraram quedas do Ibovespa: por que as empresas de Rubens Ometto operaram no vermelho hoje? 

20 de janeiro de 2025 - 14:11

Queda de quase 6% na ação da produtora de etanol e açúcar também puxou os papéis de sua controladora Cosan para o negativo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025

20 de janeiro de 2025 - 7:48

Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: reunião do CMN e prévia da inflação se destacam no Brasil, na semana em que Trump retorna à Casa Branca

20 de janeiro de 2025 - 7:01

A semana ainda reserva política monetária no Japão e indicadores econômicos europeus e dos Estados Unidos.

ENTREVISTA

Trump 2.0 será “imparável em uma extensão que nunca vimos antes”, diz presidente da Eurasia

20 de janeiro de 2025 - 6:03

O republicano toma posse nesta segunda-feira (20). O Seu Dinheiro conversou com o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, sobre essa volta à Casa Branca, e ele deu pistas do que vem por aí.

SOB PRESSÃO

Banco Central fará primeira intervenção no dólar em 2025 no dia da posse de Donald Trump nos EUA

19 de janeiro de 2025 - 15:37

Banco Central venderá US$ 2 bilhões nesta segunda-feira (20) em dois leilões de linha; entenda como e quando ocorrem as operações

NOVOS INVESTIMENTOS

Braskem (BRKM5) vai investir R$ 614 milhões para aumentar a capacidade de produção de petroquímicos; ações sobem na B3

17 de janeiro de 2025 - 12:11

Ao todo, serão sete projetos para a ampliação da atual capacidade de produção de produtos químicos na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas

RECOMPRA DE AÇÕES

Ação da Cogna (COGN3) ficou barata: empresa quer tirar mais de 144 milhões de papéis de circulação após perder 61% do valor na bolsa

17 de janeiro de 2025 - 10:24

Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cogna a aprovar um programa de recompras robusto como esse — e isso pode beneficiar os acionistas; entenda

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

CEO da Cruzeiro do Sul (CSED3) renuncia após três anos no comando; ações amargam queda de 25% na B3 em 12 meses

17 de janeiro de 2025 - 9:44

Fabio Fossen continuará na posição até 14 de fevereiro de 2025; veja quem assumirá a liderança na rede de faculdades

SEXTOU COM O RUY

As ações queridinhas dos gestores estão na promoção e eles não podem fazer nada. Azar o deles!

17 de janeiro de 2025 - 8:41

Enquanto os gestores estão chupando o dedo, assistindo boas oportunidades passar sem poder fazer nada, você pode começar a montar uma carteira de ações de empresas sólidas por valuations que raramente são vistos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Entre a paciência e a ansiedade: Ibovespa se prepara para posse de Trump enquanto investidores reagem a PIB da China

17 de janeiro de 2025 - 8:15

Bolsas internacionais amanhecem em leve alta depois de resultado melhor que o esperado da economia chinesa no quarto trimestre de 2024

UM CENÁRIO DIFÍCIL

HLOG11 tem resultado negativo em dezembro e conclui venda de galpão por R$ 52 milhões – mas cotistas não vão ver o dinheiro pingar na conta

16 de janeiro de 2025 - 15:11

Segundo relatório gerencial de dezembro, o fundo imobiliário HLOG11 sofreu com a alta da taxa Selic, porém vacância do fundo segue baixa

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar