Qual o remédio para superar a concorrência? Ações da Novo Nordisk despencam 8% com enxurrada de más notícias — inclusive, vindas do Brasil
A concorrente Eli Lilly obteve sucesso no primeiro teste avançado de suas pílulas para perda de peso, enquanto a Novo Nordisk acumula resultados decepcionantes

2025 tem se mostrado um ano difícil para a Novo Nordisk (N1VO34), fabricante de Ozempic e Wegovy. A farmacêutica dinamarquesa perdeu o posto de empresa mais valiosa da Europa após a derrocada de 27% de suas ações em março — seu pior desempenho mensal desde 2002 —, e viu os resultados de seu novo medicamento para perda de peso e diabetes darem muito errado.
Agora, precisa lidar com o sucesso de sua concorrente americana.
Nesta quinta-feira (17), a farmacêutica Eli Lilly anunciou que sua pílula diária contra obesidade atingiu as metas do primeiro teste em estágio avançado. Pacientes com diabetes tipo 2 registraram queda nos níveis de açúcar no sangue e perda de peso corporal, com uma segurança comparável às injeções que já são populares no mercado.
- VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Em Nova York, as ações da Eli Lilly (LLY) subiam 12,98% às 11:30 (horário de Brasília).
Em contrapartida, os papéis da Novo Nordisk (NVO) perdiam 8,01% de valor no mesmo horário.
Os dados da Eli Lilly eram muito aguardados pelo mercado. A possibilidade de uma pílula diária — chamada orforglipron — deve concorrer com a pílula Rybelsus, da Novo Nordisk, disponível no Brasil desde 2022. Também seria uma alternativa às injeções semanais, mais conveniente para os consumidores, além de mais fácil e barata de fabricar.
Leia Também
Este avanço da Eli Lilly é uma má notícia para a Novo Nordisk e outros rivais que tentam adentrar este mercado, como a Pfizer.
Há pouco mais de um mês, a farmacêutica dinamarquesa veio ao mercado para dizer que os testes do CagriSema, seu novo medicamento para obesidade, apresentou dados insatisfatórios.
Em dezembro, a empresa já tinha anunciado que o índice de perda de peso e redução de açúcar no sangue com o medicamento em teste tinham sido menores do que a meta, porém com pouca diferença na margem. Já em março, os resultados foram piores do que os de dezembro.
- LEIA TAMBÉM: Mais um Ozempic vem aí: Novo Nordisk licencia caneta emagrecedora chinesa em acordo de US$ 2 bilhões
O resultado da Eli Lilly foi apenas o primeiro de muitos estágios que ainda devem se seguir: pelo menos cinco ensaios clínicos para diabetes e dois estudos sobre obesidade.
A empresa espera solicitar a aprovação regulatória da pílula diária para obesidade até o final do ano e para diabetes em 2026.
Se aprovado, o orforglipron poderá aumentar a acessibilidade de pacientes ao tratamento de ambas as doenças, além de aliviar a escassez de suprimentos das injeções que se tornaram tão populares no mercado.
A pílula “poderia ser facilmente fabricada e lançada em larga escala para uso por pessoas em todo o mundo”, disse a Eli Lilly no comunicado ao mercado.
Brasil dificulta para a Novo Nordisk e Ozempic
Se com novos medicamentos está difícil, com os consolidados ficou um pouco mais complicado também — pelo menos no Brasil.
Na quarta-feira (16), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que passará a ser obrigatória a retenção da receita médica para venda dos medicamentos Ozempic, Wegovy, Saxenda e outros similares, utilizados para diabetes e emagrecimento.
Até então, esses medicamentos de tarja vermelha não exigiam a retenção da receita, apenas sua apresentação. Porém, é comum que sejam vendidos sem a apresentação do pedido médico.
A medida afeta particularmente a Novo Nordisk: Ozempic, Wegovy e Saxenda são todos medicamentos de fabricação da dinamarquesa.
- VEJA MAIS: Prazo para declaração do Imposto de Renda 2025 já começou; saiba como acertar as contas com o Leão
O Mounjaro, da Eli Lilly, ainda não é comercializado no Brasil. A previsão é que entrará em circulação a partir de junho deste ano.
A mudança na regra ocorreu após o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgar uma carta em que os médicos expressavam a necessidade de um maior controle em relação às prescrições desta classe de medicamentos.
Com 34% de participação no mercado de tratamento de diabetes, a Novo Nordisk ainda domina o setor — e o Brasil é apenas uma parcela pequena.
Entretanto, ganhar espaço no nosso país está nos planos da empresa. A farmacêutica, que já tem fábricas em Minas Gerais, quer dobrar o tamanho das suas instalações no país. Em março, a Novo anunciou um investimento de R$ 6,4 bilhões para expandir as fábricas — e as novas unidades devem trabalhar com a produção de enzimas utilizadas nos medicamentos em questão.
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela
Da B3 para as telinhas: Globo fecha o capital da Eletromidia (ELMD3) e companhia deixa a bolsa brasileira
Para investidores que ainda possuem ações da companhia, ainda é possível se desfazer delas antes que seja tarde; saiba como
Os gringos investiram pesado no Brasil no primeiro semestre e B3 tem a maior entrada de capital estrangeiro desde 2022
Entre janeiro e junho deste ano, os gringos aportaram cerca de R$ 26,5 bilhões na nossa bolsa — o que impulsionou o Ibovespa no período