🔴 É HOJE: LISTA COM ATIVOS DE IA PARA INVESTIR SERÁ LIBERARA – SAIBA COMO ACESSAR

Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

BAIXO NÍVEL, ALTA TENSÃO

Putin ‘FDP’, Biden ‘caubói’ e uma guerra nas estrelas: o que sabemos sobre a mais nova treta entre EUA e Rússia

Presidentes de EUA e Rússia trocam farpas em meio a especulações de que uma guerra nas estrelas estaria mais próxima do que imaginamos

Ricardo Gozzi
22 de fevereiro de 2024
13:24 - atualizado às 13:31
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, estão em uma sala, com uma grande estante cheia de livros ao junto e bandeiras dos EUA e da Rússia de cada ladp.
Uma guerra nas estrelas vem aí? - Imagem: Foto oficial da Casa Branca por Adam Schultz

Vladimir Putin é um “louco FDP”. Joe Biden age como um “caubói de Hollywood”. A troca de elogios entre os presidentes dos EUA e da Rússia tem como pano de fundo o conflito na Ucrânia e temores de uma reedição nuclear da guerra nas estrelas.

Na terça-feira, a agência Reuters noticiou que funcionários do governo norte-americano “acreditam” que os russos estariam desenvolvendo uma ogiva nuclear para uso no espaço sideral.

O armamento consistiria em uma bomba nuclear posicionada na órbita da Terra destinada a atacar satélites norte-americanos.

Uma eventual detonação do suposto artefato poderia provocar o caos nos sistemas de comunicação não apenas dos Estados Unidos, mas também ao redor do mundo.

O despacho da Reuters baseou-se em uma fonte anônima do governo dos EUA. Quem tentou checar a alegação, no entanto, não conseguiu.

Moscou desmentiu enfaticamente a acusação. Acrescentou ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, é “categoricamente contra” o posicionamento de armas nucleares na órbita terrestre.

Leia Também

O Kremlin aproveitou para acusar a Casa Branca de estar empenhada em uma campanha para assustar parlamentares com o objetivo de ver aprovado um novo pacote de ajuda financeira e militar à Ucrânia.

Putin ‘FDP’, Biden ‘caubói’

Seja a ameaça real ou imaginária, Biden não perdeu a oportunidade de colocar a discussão em nível nada elevado na noite de quarta-feira.

“Temos um louco filho da puta como aquele cara, Putin e também outros, e ainda temos que nos preocupar com uma guerra nuclear, mas a ameaça existencial à humanidade é o clima”, disse Biden durante evento de arrecadação de fundos para sua campanha à reeleição.

Ao responder, o Kremlin qualificou os comentários de Biden como “grosseiros” e que constituem em humilhação mais para ele do que para Putin.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que Biden talvez tenha tentado “parecer um caubói de Hollywood, mas, sinceramente, acho que não é possível”.

Uma guerra nas estrelas vem aí?

O risco de uma “guerra nas estrelas” está longe de ser uma novidade.

Tanto é assim que, desde 1967, na esteira de um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, existe o Tratado do Espaço Sideral.

Com mais de 110 signatários, o documento proíbe os participantes de posicionarem na órbita da Terra dispositivos militares capazes de carregar ogivas nucleares ou qualquer tipo de arma de destruição em massa.

Na época em que o acordo entrou em vigor, a Rússia ainda integrava a União Soviética. Depois da dissolução do bloco comunista, ela aderiu ao tratado.

Em questões de política externa, porém, volta e meia aparece quem considere que acordos existem para serem quebrados.

Em 1984, por exemplo, o então presidente norte-americano Ronald Reagan lançou sua Iniciativa Estratégica de Defesa, nome formal daquele que viria a ser conhecido como o “programa Guerra nas Estrelas”.

O programa consistia no posicionamento de armas não apenas em solo, mas também na órbita da Terra.

A tecnologia existente na época impediu que o programa fosse levado a cabo com êxito e permeou os estertores da corrida armamentista entre EUA e URSS no apagar das luzes da Guerra Fria.

PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados

Nos últimos tempos, porém, alguns funcionários norte-americanos parecem estar convencidos de que a Rússia estaria violando o Tratado do Espaço Sideral.

Na semana passada, o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA, Mike Turner, alertou para uma “séria ameaça à segurança nacional” relacionada com à capacidade russa no espaço.

Depois, o próprio Biden chegou a comentar que a Rússia aparentemente estaria desenvolvendo uma arma para atacar satélites norte-americanos.

Segundo ele, porém, a suspeita não representaria uma ameaça de guerra nuclear urgente para os EUA.

Qual seria o efeito de um ataque nuclear no espaço

Embora relacionemos as armas nucleares com as bombas atômicas despejadas pelos EUA sobre o Japão em 1945, os armamentos mencionados pelas fontes da Reuters não seriam usados em um ataque direto ao território norte-americano, por exemplo.

As armas nucleares anti-satélite serviriam para danificar ou destruir sistemas de comunicação. O objetivo poderia ser estratégico, como incapacitar as operações militares, ou causar perturbação social, desativando a infraestrutura de telecomunicação civil.

Elas não precisariam ser necessariamente posicionadas no espaço sideral. Poderiam simplesmente ser disparadas a partir da Terra, criando um pulso eletromagnético potente o bastante para destruir satélites e fritar sistemas eletrônicos.

É praticamente impossível se defender desse tipo de ataque.

De qualquer modo, é improvável que a radiação provoque danos graves aos seres humanos.

O problema de uma arma como essa é que não seria possível prever com exatidão todos os satélites e sistemas que acabariam danificados. E isso poderia ser um problema também para quem as usa.

“É uma arma indiscriminada. A detonação seria onidirecional”, disse Kari Bingen, diretora de projetos de segurança espacial do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, em entrevista à CNBC.

Até hoje, não há registro de uso desse tipo de arma em guerras, embora China, EUA e Rússia já as tenham usado para abater seus próprios satélites em demonstrações de capacidade militar.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOMBOU NO SD

Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro

22 de março de 2025 - 17:01

Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias

AQUISIÇÃO

Engie Brasil (EGIE3) anuncia compra usinas hidrelétricas da EDP por quase R$ 3 bilhões — e montante pode ser ainda maior; entenda

22 de março de 2025 - 15:28

O acordo foi firmado com a EDP Brasil (ENBR3) e a China Three Gorges Energia, com um investimento total de R$ 2,95 bilhões

NÃO É DÉJÀ-VU

AgroGalaxy (AGXY3) adia outra vez balanço financeiro em meio à recuperação judicial

22 de março de 2025 - 14:03

A varejista de insumos para o agronegócio agora prevê que os resultados do quarto trimestre de 2024 serão divulgados em 22 de abril

FESTA DE PROVENTOS

Dividendos e JCP pingando na carteira: Rede D’Or (RDOR3) e outras 4 empresas anunciam mais de R$ 1 bilhão em proventos

22 de março de 2025 - 12:47

Além do gigante hospitalar, a Localiza, Grupo Mateus, Track & Field e Copasa anunciaram JCPs e dividendos; saiba como receber

BOLSA NA SEMANA

Por que a ação da Casas Bahia (BHIA3) salta 45% na B3 na semana, enquanto outra varejista desaba 18%?

22 de março de 2025 - 11:03

A ação da varejista acumulou uma valorização estelar superior a 45% nos últimos pregões; entenda o movimento

CEO NO CONTROLE

Fundador do Nubank (ROXO34) volta ao comando da liderança. Entenda as mudanças do alto escalão do banco digital

22 de março de 2025 - 8:54

Segundo o banco digital, os ajustes na estrutura buscam “aumentar ainda mais o foco no cliente, a eficiência e a colaboração entre países”

COM GATILHO

Ação da Petz (PETZ3) acumula queda de mais de 7% na semana e prejuízo do 4T24 não ajuda. Vender o papel é a solução?

21 de março de 2025 - 18:27

De acordo com analistas, o grande foco agora é a fusão com a Cobasi, anunciada no ano passado e que pode ser um gatilho para as ações

PONTO DE VIRADA

Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24

21 de março de 2025 - 12:23

A empresa resultante da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta reverteu um lucro de R$ 498,3 milhões em perda de R$ 1,028 bilhão entre outubro e dezembro de 2024, mas bancos dizem que o melhor pode estar por vir este ano

VISÃO DO MERCADO

Agora vai, Natura (NTCO3)? Mercado não “compra” a nova reestruturação — mas ações tomam fôlego na B3

21 de março de 2025 - 12:01

O mercado avalia que a Natura vivencia uma verdadeira perda, dada a saída de um executivo visto como essencial para a resolução da Avon. O que fazer com as ações NTCO3 agora?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços

21 de março de 2025 - 8:21

Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção

SEXTOU COM O RUY

Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses

21 de março de 2025 - 5:42

Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira

REESTRUTURAÇÃO DE DÍVIDAS

Sequoia (SEQL3): Justiça aprova plano de recuperação extrajudicial — e acionistas agora deverão votar a emissão de novas ações 

20 de março de 2025 - 16:29

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) o processo de reestruturação com credores não financeiros do Grupo Move 3 Sequoia

O CÉU É O LIMITE?

Após semanas de short squeeze em Casas Bahia, até onde o mercado terá espaço para continuar “apertando” as ações BHIA3?

20 de março de 2025 - 15:31

A principal justificativa citada para a performance de BHIA3 é o desenrolar de um short squeeze, mas há quem veja fundamentos por trás da valorização. Saiba o que esperar das ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom

20 de março de 2025 - 8:18

Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais

ENTREVISTA EXCLUSIVA

CEO da Lojas Renner aposta em expansão mesmo com juro alto jogando contra — mas mercado hesita em colocar ações LREN3 no carrinho 

20 de março de 2025 - 5:53

Ao Seu Dinheiro, o presidente da varejista, Fabio Faccio, detalhou os planos para crescer este ano e diz que a concorrência que chega de fora não assusta

DIA 59

O que é bom dura pouco: Putin responde Trump com um novo ataque

19 de março de 2025 - 20:09

Um dia depois de conversar com o presidente norte-americano sobre um cessar-fogo na Ucrânia, Rússia usa drones e atinge áreas civis e um hospital

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui

19 de março de 2025 - 17:18

O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita

O DRAGÃO VOLTOU

A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim

19 de março de 2025 - 13:32

Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês

REAÇÃO AO BALANÇO

Nem os dividendos da Taesa conquistaram o mercado: Por que analistas não recomendam a compra de TAEE11 após o balanço do 4T24

19 de março de 2025 - 11:05

O lucro líquido regulatório da empresa de energia caiu 32,5% no quarto trimestre. Veja outros destaques do resultado e o que fazer com os papéis TAEE11 agora

SEU MENTOR DE INVESTIMENTOS

O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje

19 de março de 2025 - 10:30

Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar