Putin ‘FDP’, Biden ‘caubói’ e uma guerra nas estrelas: o que sabemos sobre a mais nova treta entre EUA e Rússia
Presidentes de EUA e Rússia trocam farpas em meio a especulações de que uma guerra nas estrelas estaria mais próxima do que imaginamos

Vladimir Putin é um “louco FDP”. Joe Biden age como um “caubói de Hollywood”. A troca de elogios entre os presidentes dos EUA e da Rússia tem como pano de fundo o conflito na Ucrânia e temores de uma reedição nuclear da guerra nas estrelas.
Na terça-feira, a agência Reuters noticiou que funcionários do governo norte-americano “acreditam” que os russos estariam desenvolvendo uma ogiva nuclear para uso no espaço sideral.
O armamento consistiria em uma bomba nuclear posicionada na órbita da Terra destinada a atacar satélites norte-americanos.
Uma eventual detonação do suposto artefato poderia provocar o caos nos sistemas de comunicação não apenas dos Estados Unidos, mas também ao redor do mundo.
O despacho da Reuters baseou-se em uma fonte anônima do governo dos EUA. Quem tentou checar a alegação, no entanto, não conseguiu.
Moscou desmentiu enfaticamente a acusação. Acrescentou ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, é “categoricamente contra” o posicionamento de armas nucleares na órbita terrestre.
Leia Também
O Kremlin aproveitou para acusar a Casa Branca de estar empenhada em uma campanha para assustar parlamentares com o objetivo de ver aprovado um novo pacote de ajuda financeira e militar à Ucrânia.
Putin ‘FDP’, Biden ‘caubói’
Seja a ameaça real ou imaginária, Biden não perdeu a oportunidade de colocar a discussão em nível nada elevado na noite de quarta-feira.
“Temos um louco filho da puta como aquele cara, Putin e também outros, e ainda temos que nos preocupar com uma guerra nuclear, mas a ameaça existencial à humanidade é o clima”, disse Biden durante evento de arrecadação de fundos para sua campanha à reeleição.
Ao responder, o Kremlin qualificou os comentários de Biden como “grosseiros” e que constituem em humilhação mais para ele do que para Putin.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que Biden talvez tenha tentado “parecer um caubói de Hollywood, mas, sinceramente, acho que não é possível”.
- Imposto de Renda 2024: descomplique a sua declaração com a ajuda do nosso Guia de IR totalmente gratuito. É só clicar aqui para baixar.
Uma guerra nas estrelas vem aí?
O risco de uma “guerra nas estrelas” está longe de ser uma novidade.
Tanto é assim que, desde 1967, na esteira de um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, existe o Tratado do Espaço Sideral.
Com mais de 110 signatários, o documento proíbe os participantes de posicionarem na órbita da Terra dispositivos militares capazes de carregar ogivas nucleares ou qualquer tipo de arma de destruição em massa.
Na época em que o acordo entrou em vigor, a Rússia ainda integrava a União Soviética. Depois da dissolução do bloco comunista, ela aderiu ao tratado.
Em questões de política externa, porém, volta e meia aparece quem considere que acordos existem para serem quebrados.
Em 1984, por exemplo, o então presidente norte-americano Ronald Reagan lançou sua Iniciativa Estratégica de Defesa, nome formal daquele que viria a ser conhecido como o “programa Guerra nas Estrelas”.
O programa consistia no posicionamento de armas não apenas em solo, mas também na órbita da Terra.
A tecnologia existente na época impediu que o programa fosse levado a cabo com êxito e permeou os estertores da corrida armamentista entre EUA e URSS no apagar das luzes da Guerra Fria.
PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados
Nos últimos tempos, porém, alguns funcionários norte-americanos parecem estar convencidos de que a Rússia estaria violando o Tratado do Espaço Sideral.
Na semana passada, o presidente do Comitê de Inteligência da Câmara dos EUA, Mike Turner, alertou para uma “séria ameaça à segurança nacional” relacionada com à capacidade russa no espaço.
Depois, o próprio Biden chegou a comentar que a Rússia aparentemente estaria desenvolvendo uma arma para atacar satélites norte-americanos.
Segundo ele, porém, a suspeita não representaria uma ameaça de guerra nuclear urgente para os EUA.
- LEIA TAMBÉM: A Rússia vai invadir? Os dois países que estão na mira da “operação militar especial” de Putin
Qual seria o efeito de um ataque nuclear no espaço
Embora relacionemos as armas nucleares com as bombas atômicas despejadas pelos EUA sobre o Japão em 1945, os armamentos mencionados pelas fontes da Reuters não seriam usados em um ataque direto ao território norte-americano, por exemplo.
As armas nucleares anti-satélite serviriam para danificar ou destruir sistemas de comunicação. O objetivo poderia ser estratégico, como incapacitar as operações militares, ou causar perturbação social, desativando a infraestrutura de telecomunicação civil.
Elas não precisariam ser necessariamente posicionadas no espaço sideral. Poderiam simplesmente ser disparadas a partir da Terra, criando um pulso eletromagnético potente o bastante para destruir satélites e fritar sistemas eletrônicos.
É praticamente impossível se defender desse tipo de ataque.
De qualquer modo, é improvável que a radiação provoque danos graves aos seres humanos.
O problema de uma arma como essa é que não seria possível prever com exatidão todos os satélites e sistemas que acabariam danificados. E isso poderia ser um problema também para quem as usa.
“É uma arma indiscriminada. A detonação seria onidirecional”, disse Kari Bingen, diretora de projetos de segurança espacial do Centro de Estudos Estratégicos Internacionais, em entrevista à CNBC.
Até hoje, não há registro de uso desse tipo de arma em guerras, embora China, EUA e Rússia já as tenham usado para abater seus próprios satélites em demonstrações de capacidade militar.
Bolão fatura sozinho a Mega-Sena, a resposta da XP às acusações de esquema de pirâmide e renda fixa mais rentável: as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Loterias da Caixa Econômica foram destaque no Seu Dinheiro, mas outros assuntos dividiram a atenção dos leitores; veja as matérias mais lidas dos últimos dias
Engie Brasil (EGIE3) anuncia compra usinas hidrelétricas da EDP por quase R$ 3 bilhões — e montante pode ser ainda maior; entenda
O acordo foi firmado com a EDP Brasil (ENBR3) e a China Three Gorges Energia, com um investimento total de R$ 2,95 bilhões
AgroGalaxy (AGXY3) adia outra vez balanço financeiro em meio à recuperação judicial
A varejista de insumos para o agronegócio agora prevê que os resultados do quarto trimestre de 2024 serão divulgados em 22 de abril
Dividendos e JCP pingando na carteira: Rede D’Or (RDOR3) e outras 4 empresas anunciam mais de R$ 1 bilhão em proventos
Além do gigante hospitalar, a Localiza, Grupo Mateus, Track & Field e Copasa anunciaram JCPs e dividendos; saiba como receber
Por que a ação da Casas Bahia (BHIA3) salta 45% na B3 na semana, enquanto outra varejista desaba 18%?
A ação da varejista acumulou uma valorização estelar superior a 45% nos últimos pregões; entenda o movimento
Fundador do Nubank (ROXO34) volta ao comando da liderança. Entenda as mudanças do alto escalão do banco digital
Segundo o banco digital, os ajustes na estrutura buscam “aumentar ainda mais o foco no cliente, a eficiência e a colaboração entre países”
Ação da Petz (PETZ3) acumula queda de mais de 7% na semana e prejuízo do 4T24 não ajuda. Vender o papel é a solução?
De acordo com analistas, o grande foco agora é a fusão com a Cobasi, anunciada no ano passado e que pode ser um gatilho para as ações
Hora de comprar: o que faz a ação da Brava Energia (BRAV3) liderar os ganhos do Ibovespa mesmo após prejuízo no 4T24
A empresa resultante da fusão entre a 3R Petroleum e a Enauta reverteu um lucro de R$ 498,3 milhões em perda de R$ 1,028 bilhão entre outubro e dezembro de 2024, mas bancos dizem que o melhor pode estar por vir este ano
Agora vai, Natura (NTCO3)? Mercado não “compra” a nova reestruturação — mas ações tomam fôlego na B3
O mercado avalia que a Natura vivencia uma verdadeira perda, dada a saída de um executivo visto como essencial para a resolução da Avon. O que fazer com as ações NTCO3 agora?
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Sequoia (SEQL3): Justiça aprova plano de recuperação extrajudicial — e acionistas agora deverão votar a emissão de novas ações
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo aprovou nesta quinta-feira (20) o processo de reestruturação com credores não financeiros do Grupo Move 3 Sequoia
Após semanas de short squeeze em Casas Bahia, até onde o mercado terá espaço para continuar “apertando” as ações BHIA3?
A principal justificativa citada para a performance de BHIA3 é o desenrolar de um short squeeze, mas há quem veja fundamentos por trás da valorização. Saiba o que esperar das ações
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
CEO da Lojas Renner aposta em expansão mesmo com juro alto jogando contra — mas mercado hesita em colocar ações LREN3 no carrinho
Ao Seu Dinheiro, o presidente da varejista, Fabio Faccio, detalhou os planos para crescer este ano e diz que a concorrência que chega de fora não assusta
O que é bom dura pouco: Putin responde Trump com um novo ataque
Um dia depois de conversar com o presidente norte-americano sobre um cessar-fogo na Ucrânia, Rússia usa drones e atinge áreas civis e um hospital
Nova York vai às máximas, Ibovespa acompanha e dólar cai: previsão do Fed dá força para a bolsa lá fora e aqui
O banco central norte-americano manteve os juros inalterados, como amplamente esperado, mas bancou a projeção para o ciclo de afrouxamento monetário mesmo com as tarifas de Trump à espreita
A bolsa da China vai engolir Wall Street? Como a pausa do excepcionalismo dos EUA abre portas para Pequim
Enquanto o S&P 500 entrou em território de correção pela primeira vez desde 2023, o MSCI já avançou 19%, marcando o melhor começo de ano na história do índice chinês
Nem os dividendos da Taesa conquistaram o mercado: Por que analistas não recomendam a compra de TAEE11 após o balanço do 4T24
O lucro líquido regulatório da empresa de energia caiu 32,5% no quarto trimestre. Veja outros destaques do resultado e o que fazer com os papéis TAEE11 agora
O que o meu primeiro bull market da bolsa ensina sobre a alta das ações hoje
Nada me impactou tanto como a alta do mercado de ações entre 1968 e 1971. Bolsas de Valores seguem regras próprias, e é preciso entendê-las bem para se tirar proveito