🔴 SAVE THE DATE: 29/01 – A PRIMEIRA SUPER QUARTA DE 2025 VEJA COMO INVESTIR

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
CASA PRÓPRIA MAIS BARATA

Leilões de imóveis quintuplicam em dois anos e começam a atrair quem quer comprar para morar; desconto chega a 40%

Leilões de imóveis requerem cuidados por parte do comprador; boom de ofertas ainda está ligado aos efeitos da pandemia

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
29 de dezembro de 2024
11:30 - atualizado às 11:06
Martelo de leilão
Imagem: Ekaterina Bolovtsova/Pexels

A inadimplência do consumidor fez o número de leilões de imóveis quintuplicar em dois anos. No ano de 2024, foram 47 mil imóveis colocados no leilão da Caixa Econômica Federal, responsável por 70% dos financiamentos imobiliários no País. No ano passado, o número era de 26 mil e de apenas 9 mil em 2022.

Atualmente, estão disponíveis em oferta no site do banco cerca de 31 mil imóveis. Os preços podem ter descontos de até 40%.

Segundo especialistas, os motivos do boom de leilões estão ligados ainda aos efeitos negativos causados pela pandemia de covid-19 à economia do País.

A inflação e o desemprego registrado entre os anos de 2020 e 2022 limitaram a renda da população, que deixou de pagar parcelas do financiamento imobiliário ou acumulou dívidas de condomínio e IPTU, levando o imóvel à execução judicial para mitigação de prejuízos à instituição financeira que concedeu o crédito.

A Caixa diz ter tomado medidas para evitar o aumento do número de imóveis em leilão durante a pandemia, mas que o número subiu com a normalização do mercado.

"Com o objetivo de amenizar as consequências para a população da pandemia da covid-19, a Caixa ofereceu, na época, alternativas como a pausa de pagamento estendida e o pagamento parcial da parcela (de 25% a 75% da prestação), de forma a possibilitar a renegociação dos contratos e controlar a inadimplência dos clientes pessoas físicas, evitando, assim, a retomada dos imóveis", informou a Caixa, em nota ao Estadão.

Leia Também

Maior oferta de imóveis

Segundo o CEO da plataforma de leilões Zuk, Henri Zylberstajn, com medidas como essa da Caixa, houve um represamento de imóveis que teriam ido antes a leilão, resultando num aumento repentino na oferta de propriedades a esse nicho de mercado.

"Se a gente não tivesse efeito da pandemia, teríamos uma uniformização dessa inadimplência ao longo dos anos anteriores, e não teria tanto pico", afirma o especialista.

O CEO da plataforma Leilão Eletrônico, André Zalcman, disse que os imóveis que vão a leilão raramente são aqueles que foram comprados recentemente.

"Não são os imóveis financiados em 2020 e 2022. O imóvel em leilão, em geral, é aquele financiado de 2021 para trás, talvez até 15 anos atrás", afirma. O especialista diz que o mercado de leilões de imóveis, no geral, cresceu 23% em 2024 e deve crescer mais 15% no ano que vem, com o avanço da inadimplência e aumento na taxa de juros.

De acordo com dados do Banco Central, a inadimplência no financiamento imobiliário teve um pico em 2023, chegando a 1,54%. A maior elevação foi em financiamentos feitos com a utilização do FGTS. A inadimplência desse financiamento subiu de 1,99% em 2019 para 2,63% em 2023. Neste ano, até setembro, está em 2,06%.

O valor médio pago por um financiamento com FGTS em 2024 é de R$ 590, valor que representa um aumento de 17,5% desde 2019. No SFH, que não entra no escopo do programa Minha Casa Minha Vida e permite financiar imóveis de até R$ 1,5 milhão, a parcela subiu 13,43% no mesmo período.

Se antes os leilões de imóveis eram algo restrito a poucos, em grande parte, por ser um evento presencial e restrito a um seleto grupo de investidores, nos últimos anos, o setor veio para a internet e ganhou mais mercado.

Em março de 2020, o número de brasileiros inadimplentes era de 64,8 milhões, segundo dados do Serasa Experian. Em outubro deste ano, eram 73 milhões, um número que vem se mantendo estável nos últimos meses.

Vilão das dívidas

Fernando Gambaro, especialista em educação financeira do Serasa, diz que a maioria das dívidas dos brasileiros está ligada ao cartão de crédito (27,9%), água, luz e gás (21,7%) e serviços (10,9%). Nesta última, se enquadram as dívidas de taxas de condomínio.

"Existem contas priorizadas pelos brasileiros: aluguel, água e energia. A moradia é uma necessidade básica e também é a realização de um sonho do brasileiro, de ter sua própria casa, mesmo que alugada. Se essas contas chegam a estar atrasadas, é porque houve um desbalanceamento do orçamento familiar muito grande", diz Gambaro.

Leilões de imóveis para quem quer morar

Um perfil crescente entre quem faz compra de imóveis de leilão é o morador, ou seja, que compra a propriedade com finalidade de moradia, e não de investimento para ganho com a revenda. A taxa média de desconto de imóveis, segundo especialistas, é de 40% em relação ao preço real.

Para participar, o consumidor interessado deve acessar sites de leilões, que podem ser de terceiros ou de instituições financeiras. No caso da Caixa, o banco tem um site próprio com seus leilões.

Plataformas como Zuk, Leilão Eletrônico e Sodré Santoro têm sites que comercializam propriedades que foram a leilão. Normalmente, os leilões são exclusivos e, portanto, é preciso acessar diferentes plataformas para avaliar todas as oportunidades de compra de propriedades com desconto.

Porém, a compra desse tipo de propriedade requer atenção. Cada imóvel tem seu edital, suas dívidas e condições. Por exemplo, um apartamento ainda pode estar ocupado pelo antigo proprietário e levar alguns meses até a desocupação, gerando custos de manutenção da moradia, como IPTU e condomínio. Muitas propriedades também podem exigir grandes reformas.

Para os investidores, entretanto, o cenário não é tão positivo. Com o aumento na oferta de imóveis para leilão e os juros altos, o mercado de revenda ficará mais difícil.

Duas pontas

"Apesar de sermos anticíclicos, quando a economia está pujante é sempre melhor para todo o mercado. Teremos uma disponibilidade maior de imóveis para leilão, então vamos ter mais leilões e mais oportunidades. Mas, como uma plataforma, a disponibilidade de ofertas é uma ponta, e a outra ponta é a venda. Quando temos um cenário de crise, a despeito de mais oportunidades, a venda também fica mais difícil, fica mais cara", diz Zylberstajn, da Zuk.

Por outro lado, uma tendência que vem ganhando força no mercado é leiloar imóveis que não têm problemas financeiros. Na prática, a compra sob pressão acelera a venda, apesar de precisar ser comercializada com desconto. Além disso, a taxa de 5% do preço do negócio quem paga é o comprador, enquanto a corretagem é paga pelo vendedor. "O leilão é muito rápido. Em 25 ou 30 dias, vendeu", afirma Zalcman, da Leilão Eletrônico.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VAI RESCINDIR?

Fundo imobiliário TRBL11 não recebe aluguel de imóvel e volta a ter impasse com os Correios

14 de janeiro de 2025 - 12:03

Locação de galpão em Minas Gerais vem causando problemas entre o FII TRBL11 e os Correios desde outubro de 2024

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da MRV saltam 5% e lideram altas do Ibovespa após prévia “arrasa-quarteirões” do 4T24. É hora de comprar MRVE3?

14 de janeiro de 2025 - 11:17

Segundo o diretor financeiro Ricardo Paixão, o maior destaque foi que, pela primeira vez na história, a MRV gerou caixa tanto no negócio principal como em todas as subsidiárias

NA MIRA DA B3

Com cotas abaixo de R$ 1,00, TORD11 anuncia intenção de promover grupamento e cai quase 10%

7 de janeiro de 2025 - 12:50

O fundo imobiliário TORD11 opera abaixo de R$ 1,00 desde outubro, o que levou a B3 a exigir, em dezembro, que o FII anunciasse medidas para correção do valor

VOLTOU ATRÁS

Governo altera regras de leilões de termelétricas e Eneva (ENEV3) sobe 4% na bolsa – entenda por que a mudança anima investidores

6 de janeiro de 2025 - 15:09

As novas regras do leilão haviam gerado confusão no mercado e prejudicaram desempenho das ações da Eneva (ENEV3), que chegaram a cair quase 10% com o anúncio

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Para fechar 2024 e abrir 2025: Ibovespa vai ao último pregão do ano de olho em liberação parcial de emendas de comissão

30 de dezembro de 2024 - 7:54

Ministro Flávio Dino, do STF, liberou execução de parte de emendas parlamentares sob suspeita, mas não sem duras críticas ao Congresso

DÉCIMO ANDAR

O que esperar dos fundos imobiliários em 2025? Dois setores e dois FIIs para atravessar um ano difícil

29 de dezembro de 2024 - 7:34

Apesar do cenário incerto, as cotas dos fundos imobiliários (FIIs) apresentam elevados descontos atualmente, mas a régua de qualidade deve permanecer elevada

ONDE INVESTIR

2025 será o ano da renda fixa? Onde estarão as oportunidades em títulos públicos e privados diante de retornos (e riscos) mais altos

26 de dezembro de 2024 - 17:20

Alta dos juros e aversão a risco levaram os investidores para a renda fixa em 2024; movimento tem tudo para continuar no ano que vem, mas seletividade será mais importante

RANKING DO IFIX

Fundo imobiliário de energias limpas é o mais rentável de 2024, enquanto HCTR11 lidera as perdas; veja as maiores altas e baixas do IFIX no ano

24 de dezembro de 2024 - 6:14

Confira os melhores e piores FIIs do ano que ficou marcado por calotes, desvalorização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e taxas de juros elevadas

BAIXA EXPECTATIVA

O que esperar dos fundos imobiliários (FIIs) em 2025? Pesquisa da Empiricus revela cenário pouco animador

23 de dezembro de 2024 - 16:31

FIIs em 2025: endividamento dos fundos foi destacado como a principal preocupação, seguido por riscos relacionados à inadimplência e à regulação no mercado

RUMO À SC

Melnick (MELK3) fecha parceria para atuar em projeto com apartamentos de mais de R$ 100 milhões no litoral de Santa Catarina

18 de dezembro de 2024 - 12:41

Empresa já está negociando outras parcerias no estado; Projeto Tempo, da incorporadora Müze, quer levar o Hotel Emiliano para a costa catarinense

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Tenda (TEND3): “A gente não vai atropelar crescimento para fazer algo mais ousado. O foco é margem”, diz diretor 

17 de dezembro de 2024 - 15:26

Executivos dizem que é possível que a Tenda supere os patamares de rentabilidade dos “tempos áureos” em 2025; saiba o que esperar da construtora

NOVIDADE NA CARTEIRA

Allos ganha cobertura do BB Investimentos, que vê potencial de alta de 52% para ALOS3 em 2025; saiba se vale a pena comprar a ação

16 de dezembro de 2024 - 16:16

Com presença em todas as regiões do Brasil, administradora de shoppings possui a maior relevância do segmento imobiliário no Ibovespa, representando 0,47% do índice

EFEITOS DA INADIMPLÊNCIA

Fundo imobiliário MGHT11 rompe contrato com famosa rede de hotéis Selina e anuncia novo locatário de imóveis em Búzios e São Paulo; cotas sobem na bolsa

16 de dezembro de 2024 - 15:34

O fundo imobiliário MGHT11 vinha tendo problemas para receber aluguéis e pagamento de juros do Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do Grupo Selina

DIA DE SANGRIA

Fundo imobiliário HCTR11 despenca 20% na bolsa após confirmar que não pagará dividendos neste mês; entenda o caso

11 de dezembro de 2024 - 11:05

A ausência dos proventos está ligada a um ofício enviado pela CVM com orientações complementares sobre os cálculos dos dividendos dos FIIs

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Direcional (DIRR3) saltam 5% com venda de fatia da Riva; analistas dizem que transação abre espaço para dividendos maiores

10 de dezembro de 2024 - 12:08

A companhia anunciou ontem um acordo para venda de uma participação minoritária em sua subsidiária e incorporadora voltada ao segmento de média renda

FUSÕES E AQUISIÇÕES

Direcional (DIRR3) negocia venda de participação milionária na Riva para gestora Riza; confira os detalhes do acordo

9 de dezembro de 2024 - 20:08

A subsidiária focada em imóveis de média renda do grupo foi avaliada em R$ 2,650 bilhões

FIIs HOJE

Por que o fundo imobiliário HCTR11 cai 6% na bolsa hoje e lidera a lista de maiores quedas do IFIX

9 de dezembro de 2024 - 11:31

O FII ainda está apurando se irá distribuir dividendos neste mês após a CVM divulgar um ofício com novas orientações sobre o cálculo dos proventos dos fundos

FII DO MÊS

Com retorno de 1% ao mês em dividendos, KNCR11 é o fundo imobiliário favorito das corretoras para surfar a alta da Selic em dezembro

9 de dezembro de 2024 - 6:03

Para quem busca proteção em meio à escalada dos juros e dividendos atrativos, o Kinea Rendimentos Imobiliários é a melhor opção neste mês, segundo as corretoras

OFERTA ALTERNATIVA

Este fundo imobiliário zerou os dividendos, mas quer distribuir dinheiro para os cotistas de outra forma; entenda a proposta do BLMG11

8 de dezembro de 2024 - 16:47

De acordo com o FII, uma mudança de interpretação nas regras para distribuição da CVM impediu o pagamento de proventos neste mês

OPORTUNIDADES EXCLUSIVAS

Retorno de até 25% ao ano: como os escritórios de gestão de fortunas dos super-ricos investem em imóveis

7 de dezembro de 2024 - 11:31

Esses escritórios podem se tornar uma espécie de sócios dos empreendimentos logo que estão sendo criados, uma prática conhecida do ramo imobiliário

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar