Weg (WEGE3) vê lucro crescer no 1T24, mas um indicador acende o sinal amarelo entre os analistas
A margem Ebitda ficou em 22% surpreendeu os analistas do JP Morgan, 10 pontos-base maior do que no primeiro trimestre de 2023
A fábrica de milionários continua a todo vapor, e não estamos falando da Mega-Sena ou qualquer loteria do tipo, mas da Weg (WEGE3), a empresa “queridinha” dos analistas e investidores. Em seu mais recente balanço, a empresa mostrou que continua crescendo com algum vigor.
O principal destaque do balanço veio do Ebitda, indicador utilizado para avaliar a geração de caixa de uma empresa, que atingiu R$ 1,77 bilhão. Isso representa um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Mais precisamente, a margem Ebitda ficou em 22% surpreendeu os analistas do JP Morgan, 10 pontos base maior do que no primeiro trimestre de 2023.
A margem bruta das operações também chamou a atenção, caindo apenas 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre imediatamente anterior e crescendo 0,1 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2023, permanecendo em 33,2%
“Apresentamos mais um trimestre de desempenho positivo nas margens operacionais e no retorno sobre capital investido, fruto do bom desempenho dos negócios de ciclo longo, mix de produtos vendidos e da manutenção da eficiência operacional de nossas operações no Brasil e exterior”, afirmam os administradores da companhia, em carta junto ao balanço.
Mesmo com o balanço relativamente positivo (mais detalhes mais abaixo), as ações WEGE3 são a maior queda do Ibovespa nesta quinta-feira (2), com queda de 2,78%, cotado a R$ 38,45 por volta das 11h. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,91%, aos 127.061 pontos.
Leia Também
- Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Ponto de atenção para Weg (WEGE3)
Apesar do resultado positivo, a demanda por equipamentos eletrônicos industriais (EEI) sofreu pressão da relativa força do real frente ao dólar no período. No trimestre, a moeda norte-americana teve alta de 3,29%.
Vale lembrar que, a partir de abril, o dólar sofreu forte valorização em virtude das turbulências fiscais do governo e da mudança da meta para 2025. No acumulado do ano, a moeda norte-americana avança 7,03%.
Assim, o segmento de EEI recuou 8,5% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. A baixa demanda da China e da Europa por motores de baixa tensão também impactou esse segmento.
Mesmo assim, o ramo de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD) cresceu 41% na comparação interanual, impulsionado principalmente pelo negócios na América do Norte. O bom desempenho da geração na Índia e Europa também auxiliou nesse segmento.
Outros destaques
A aquisição dos negócios de motores elétricos e geradores da Regal Rexnord Corporation em setembro do ano passado também ajudou no resultado da empresa.
O acordo foi firmado por duas subsidiárias da companhia, a Weg Electric Corp e Weg Holding, no valor de US$ 400 milhões (R$ 1,9 bilhão aproximadamente, na cotação da época).
Os efeitos completos da operação da Regal nos negócios só devem ser sentidos mais para frente, segundo os analistas.
Porém, a empresa está no caminho certo, ao menos de acordo com o balanço: o retorno sobre o investimento de capital (ROIC) alcançou 38,9% nos últimos 12 meses, demonstrando forte eficiência na utilização dos recursos da empresa.
Veja os principais números do balanço da Weg (WEGE3)
- Lucro Líquido: aumento de 1,6%, de R$ 1,31 bilhão no 1T23 para R$ 1,33 bilhão no 1T24;
- Receita Operacional Líquida: aumento de 4,4%, de R$ 7,69 bilhões no 1T23 para R$ 8,03 bilhões no 1T24;
- Ebitda: aumento de 4,8%, de R$ 1,68 bilhão no 1T23 para R$ 1,77 bilhão no 1T24;
- Margem Ebitda: aumento de 0,1 p.p., de 21,9% no 1T23 para 22,0% no 1T24;
- Margem Bruta: aumento de 0,1 p.p., de e 33,1% no 1T23 para 33,2% no 1T24.
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
