Menos pressão para a Vale (VALE3)? BHP aumenta oferta para megafusão com a Anglo American — mas a proposta ainda não convenceu
A oferta de aquisição subiu de US$ 39 bilhões para US$ 42,6 bilhões, um aumento de 15% na relação de troca da fusão

Uma das maiores megafusões do setor de mineração continua travada. A BHP até tentou melhorar a proposta de casamento com a Anglo American — mas o conglomerado britânico rejeitou outra vez o pretendente.
Dias após a primeira tentativa, a BHP enviou em 7 de maio uma nova oferta à Anglo, elevando a oferta de aquisição de US$ 39 bilhões para US$ 42,6 bilhões.
Segundo o CEO da BHP, Mike Henry, a proposta revisada representa um aumento de 15% na relação de troca da fusão e aumenta a participação agregada dos acionistas da Anglo American no grupo combinado para 16,6%, contra 14,8% na primeira oferta.
Porém, o conselho da Anglo negou pela segunda vez o acordo. De novo, a rejeição do colegiado foi unânime.
“A BHP está desapontada com o fato de o conselho da Anglo American ter optado por não se envolver com a BHP em relação à proposta revisada e aos termos melhorados”, escreveu a empresa, em nota.
“A BHP continua acreditando que uma combinação dos dois negócios proporcionaria um valor significativo para todos os acionistas.”
Leia Também
- Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.
Por que a Anglo American recusou a proposta?
Por sua vez, a Anglo afirmou nesta segunda-feira (13) que a oferta revisada da BHP ainda "subvaloriza significativamente a empresa e suas perspectivas futuras".
Além disso, a empresa disse que o negócio contempla uma estrutura complexa, incerta, com riscos de execução. Segundo a Anglo American, o acordo seria “extremamente pouco atraente” para os acionistas.
“A última proposta da BHP novamente falha em reconhecer o valor inerente à Anglo American”, afirmou Stuart Chambers, presidente do conselho da Anglo.
“A oferta também continua a ter uma estrutura pouco atrativa. Isto deixa a Anglo American e seus acionistas desproporcionalmente em risco devido à incerteza substancial e ao risco de execução criado pela proposta.”
Um dos principais pontos da proposta de fusão da BHP questionados pela Anglo American é a exigência de cisão de duas subsidiárias, a Anglo American Platinum e a Kumba Iron Ore.
Atualmente, as empresas possuem um valor de mercado de US$ 15 bilhões, equivalente a 34% da proposta total da BHP, conforme o comunicado.
“A exigência de realizar duas cisões simultâneas cria uma incerteza significativa, que recai desproporcionalmente sobre os acionistas da Anglo American”, afirmou a empresa, em nota.
Na avaliação da Anglo, o requisito de separação das participações da companhia nas subsidiárias resultaria em aprovações adicionais relacionadas com estas duas cisões.
Segundo a mineradora, seria demorado obter as aprovações para a separação, com impactos para o valor final distribuído para os acionistas.
“Algumas dessas aprovações podem resultar em condições potenciais associadas às aprovações, o que poderia impactar desproporcionalmente a Anglo American Platinum Limited e a Kumba Iron Ore Limited”, escreveu.
- Leia também: Juiz livra Vale (VALE3), BHP e Samarco de bloqueio de ativos e bens pedido pela AGU por desastre de Mariana
A megafusão da mineração
A combinação entre BHP e Anglo concentraria ainda mais o negócio de exploração de minério de ferro, com a criação da maior mineradora do planeta.
Além disso, segundo a BHP, o negócio combinado teria um portfólio líder de ativos de alta qualidade em cobre, potássio, minério de ferro e carvão metalúrgico.
É importante lembrar que o negócio também seria importante para o mercado brasileiro, já que a Anglo American detém a reserva do complexo Minas-Rio. Em fevereiro, a Vale (VALE3) adquiriu uma participação minoritária na subsidiária da mineradora no Brasil.
Após a primeira oferta de megafusão em abril, o CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou que não via impactos sobre a execução da operação Minas-Rio mesmo com a possível aquisição da mineradora pela BHP.
O executivo ainda destacou que não pretende entrar em disputa com a BHP para abocanhar parte dos ativos da Anglo. “Quando você olha para os ativos da Anglo, claramente teríamos interesse. Mas temos melhores opções dentro de casa e até mais baratas”, afirmou.
- LEIA TAMBÉM: Como ficam os investimentos em VALE3 depois da divulgação dos resultados de 1T24 da companhia?
Apesar da segunda rejeição da Anglo, o casamento entre as mineradoras ainda pode acontecer — apesar do prazo apertado.
A BHP ainda pode lançar uma nova oferta ou tentar convencer diretamente os acionistas da Anglo a aceitar o negócio. A companhia deve anunciar se possui ou não intenção de realizar uma oferta firme até 22 de maio.
Já a Anglo American recomendou mais uma vez que os investidores não tomem nenhuma iniciativa em relação ao assunto por enquanto.
O conglomerado britânico garantiu que está "confiante" em sua estratégia para se manter independente e disse que fornecerá atualizações detalhadas amanhã (14).
Para esta ação de varejo, o fiscal é um ponto positivo, na visão da XP: analistas veem valorização à frente e aumentam preço-alvo em 23%
Após resultados positivos, a equipe da XP incorporou novas premissas ao modelo desta varejista e reiterou sua recomendação de compra, com maior upside à vista
Shopee amplia entregas rápidas para mais capitais e anuncia sua primeira rota aérea, de São Paulo a Manaus
A companhia anunciou que já está operando com entregas rápidas, de até 24 horas, para Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ)
Copel (CPLE6) rumo ao Novo Mercado da B3: tudo o que os acionistas precisam saber sobre os dividendos e o que fazer com as ações agora
Com a migração para o Novo Mercado, os acionistas preferenciais da Copel terão os papéis convertidos em ordinários, sem diluição de participação. Ainda compensa comprar as ações?
Justiça dos EUA não dá sinal verde para a Raízen (RAIZ4): distribuidora terá que seguir com fornecimento de combustível à Azul (AZUL4); entenda o impasse
A decisão vem após a companhia aérea pedir aos tribunais norte-americanos que impedisse a suspensão do abastecimento
JBS (JBSS32) capta US$ 3,5 bilhões em sua maior emissão de bonds
Poucos dias após concretizar sua listagem na Bolsa de Nova York, a companhia dos irmãos Batista mostrou apetite dos investidores por seus títulos em dólar
Banco do Brasil (BBSA3) fecha acordo bilionário para financiar exportações e projetos de energia limpa
A agência do Banco Mundial oferecerá até R$ 3,9 bilhões ao longo de três anos para micro, pequenas e médias empresas
C&A encerra parceria histórica com Bradesco (BBDC4): qual o impacto nas finanças da varejista e o que fazer com as ações CEAB3 agora
A varejista de moda decidiu vender os direitos sobre o portfólio de cartões de crédito da Bradescard para o banco por R$ 170 milhões; veja o que dizem os analistas
O pior está por vir para o Banco do Brasil: Goldman Sachs faz novas previsões e corta preço-alvo de BBAS3
O banco norte-americano manteve a recomendação neutra para as ações do BB, com um novo preço-alvo para dezembro de R$ 23, refletindo as revisões de estimativas
Tudo ou nada: Petlove dá a última cartada para evitar fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi
Recurso pode levar o caso ao Tribunal do Cade, após aprovação “sem restrições” pela superintendência
Lojas Renner (LREN3) dispara no ano e BTG ainda vê espaço para valorização; confira o novo preço-alvo para as ações da varejista
Segundo os analistas, resultados sólidos e pilares estratégicos da companhia justificam a recomendação de compra do papel neste momento
A XP está barata e tem uma performance acima da média, mas não convence o Itaú BBA — banco piora a recomendação para as ações
Entenda os motivos que levaram o banco de investimentos a revisar as estimativas para a corretora e deixar de indicar a compra dos papéis agora
Mercado castiga a Rede D’Or: por que o BTG Pactual escolheu as ações RDOR3 como as favoritas do setor de saúde?
Os papéis acumulam queda de 8% no mês depois que a companhia ajustou suas metas, mas o banco de investimentos ainda enxerga um potencial de valorização de 32% até o fim de 2025; entenda os motivos para o otimismo
Fervendo nas redes e na bolsa: Elon Musk lança robotáxis e ações da Tesla saltam 10%
Lançado em Austin, o serviço marca o início de uma nova disputa entre Tesla e gigantes como Alphabet e Baidu
Aura Minerals (AURA33) se prepara para brilhar ainda mais com IPO nos EUA e ouro em alta — após triplicar de valor na B3
A mineradora está prestes a lançar uma oferta pública de ações (IPO) nos Estados Unidos e levar as ações para a Nasdaq. O que isso significa para o investidor?
Natura Cosméticos conclui incorporação da Natura&Co, ganha outro ticker e anuncia novo programa de recompra de ações; entenda a operação
Com a incorporação, a empresa passa a operar na bolsa sob um antigo código, que foi negociado na B3 até 2019
Novo Nordisk cancela parceria com Hims & Hers, acusada de vender versão falsa de medicamento para emagrecimento; ações tombam
Em maio, agência reguladora dos EUA havia proibido a fabricação em massa do Wegovy pela empresa americana
Méliuz (CASH3) enche a tesouraria de bitcoin e se torna a empresa com mais cripto na América Latina; estratégia faz ações dispararem 160% no ano
O volume de bitcoin adquirido pela empresa chegou a 595,67 unidades da moeda digital, que valem cerca de R$ 333,98 milhões
Você aceita esta fusão? BRF e Marfrig marcam assembleias decisivas após questionamentos de acionistas; veja o que esperar da votação
Após imbróglio de acionistas, as gigantes do setor de proteínas conseguiram remarcar a votação do casamento corporativo; confira a nova data das AGEs
Corretora americana Webull aposta em negociação de criptomoedas sem taxa de corretagem para atrair mais brasileiros
Plataforma de investimentos que chegou ao Brasil em fevereiro de 2024 passa a oferecer por aqui 245 ativos digitais em parceria com a Coinbase Prime
Para o CFO da MRV (MRVE3), faixa 4 do MCMV veio para ficar: “Talvez este seja o melhor momento da história do programa”
O CFO da MRV, Ricardo Paixão, conversou com o Seu Dinheiro sobre as expectativas para a faixa 4, os planos de desalavancagem da empresa e a reestruturação da Resia, sua subsidiária nos EUA