Gigante dos doces, Mars vai abocanhar a Kellanova por quase R$ 200 bilhões; ações da dona da Pringles disparam após o anúncio
A Mars vai pagar US$ 83,50 (R$ 458,15) por ação aos acionistas e afirmou que a operação inclui todos os ativos, operações e marcas da Kellanova
Um gigante no mercado de lanches está se formando, e os investidores parecem aprovar o novo snack. A Mars, dona de grandes marcas de doces – como Twix, M&M's e Snickers –, confirmou nesta quarta-feira (14) a aquisição da Kellanova, detentora da Pringles e do Sucrilhos.
De acordo com o comunicado, a transação custará ao caixa da Mars um total de US$ 35,9 bilhões (R$ 196,9 bilhões), incluindo as dívidas da empresa. A companhia afirmou que vai pagar US$ 83,50 por ação aos acionistas da Kellanova.
O acordo foi aprovado por unanimidade pelo Conselho da dona da Pringles. Agora, a aquisição está sujeita à aprovação dos acionistas e outras condições habituais de conclusão, incluindo aprovações regulatórias.
A W.K. Kellogg Foundation Trust e a Gund Family, que detêm 20,7% das ações ordinárias da Kellanova, se comprometeram a votar a favor da transação. É esperado que a aquisição seja concluída no primeiro semestre de 2025.
Os investidores vêm reagindo positivamente ao anúncio. No mercado de Nova York, as ações da Kellanova subiam 7,67% por volta das 13h40 (horário de Brasília).
Doce com salgado: os detalhes da operação entre Mars e Kellanova
Segundo a Mars, o preço de US$ 83,50 (R$ 458,15) pago por ação representa um prêmio de aproximadamente 33% sobre a cotação máxima em 52 semanas encerradas em 2 de agosto. A data se refere ao período anterior às primeiras divulgações sobre rumores da aquisição pela Reuters.
Leia Também
O valor da transação também representa um prêmio de aproximadamente 44% em relação ao preço médio ponderado de 30 dias de negociação não afetado da Kellanova.
A operação representa um múltiplo de aquisição de 16,4 vezes o Ebitda ajustado dos 12 meses anteriores a 29 de junho de 2024.
Segundo a Mars, o acordo permite a distribuição de dividendos trimestrais consistentes com a prática histórica da Kellanova antes do fechamento da transação.
A companhia afirmou que pretende financiar o negócio por meio de uma combinação de dinheiro em caixa e nova dívida. A dona do M&M’s destacou ainda que a transação inclui todos os ativos, operações e marcas da Kellanova.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Pelos termos do acordo, caso a Mars não consiga obter as aprovações regulatórias, a companhia terá que pagar uma taxa de rescisão de US$ 1,25 bilhão (R$ 6,85 bilhões).
Por outro lado, a Kellanova terá que pagar US$ 800 milhões (R$ 4,38 bilhões) à Mars em caso de mudança na recomendação do conselho.
Vale destacar que a dona do Pringles teve um faturamento líquido de US$ 13 bilhões (R$ 70,8 bilhões) ano passado. Já a Mars faturou US$ 47 bilhões (R$ 256 bilhões).
O acordo entre as empresas está sendo mediado pelo banco Citi, que é o consultor financeiro da Mars, e o Goldman Sachs, o qual está aconselhando Kellanova.
Com fome de aquisição: outras compras da Mars
A Mars é a quarta maior companhia de capital fechado dos EUA, segundo a Forbes. Ainda assim, a gigante está longe do topo do mercado de snacks norte-americano.
De acordo com um levantamento da GlobalData, a Mars representa 4,54% do mercado de lanches dos Estados Unidos.
A empresa fica atrás da The Hershey Company, que possui 4,70%, e da gigante PepsiCo, que compõe 9,06% do mercado de docinhos e salgadinhos dos EUA.
Apesar de ainda comer poeira, a Mars quer deixar as concorrentes para trás. Apenas a nova aquisição, a Kellanova, representa cerca de 3,9% do setor, mas a dona dos M&M’s quer ainda mais.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? Enzo Pacheco participa de entrevista no SD Select e libera uma carteira gratuita com 10 ações americanas para comprar agora. Clique aqui e acesse.
De acordo com a nota divulgada, a empresa tem a ambição de dobrar a categoria Mars Snacking na próxima década e a operação com a Kellanova acelera os planos da companhia.
E não foi o único negócio da Mars nos últimos tempos. Em 2020, a empresa adquiriu a fabricante das barras de proteína Kind e também a companhia canadense Nature's Bakery.
Já em 2022, a Mars voltou a encher o carrinho e adicionou a Trü Frü, que faz lanches de frutas cobertos de chocolate, ao seu portfólio. Por fim, no ano passado, a companhia gastou mais de meio bilhão de dólares na fabricante de chocolate boutique britânica Hotel Chocolat.
Apesar das grandes compras dos últimos anos, a aquisição da Kellanova impressiona. Ela é uma das maiores transações do ano, superando a aquisição da Wrigley pela Mars por US$ 23 bilhões em 2008.
Segundo a Dealogic, a operação está entre as dez maiores aquisições globais desde 1995 do setor de bebidas e comidas.
- Receba em primeira mão as análises dos balanços do 2T24. Clique aqui e acesse relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Quem tem medo de Ozempic?
A Mars não vai às compras à toa. A invasão de medicamentos de emagrecimento, como os famosos Ozempic e Wegovy, vem obrigando as marcas de alimentos a alterarem seus portfólios.
Isso porque a população está reduzindo o consumo de alimentos, especialmente os que não trazem benefícios à saúde. Os investidores do setor já projetam quedas nas vendas devido ao uso das chamadas canetas emagrecedoras.
Mas não é só o Ozempic que vem assustando o mercado de alimentos. A alta dos preços nos EUA também está afetando o setor. Isso porque os consumidores passaram a reduzir o consumo de produtos não-essenciais e substituí-los por marcas mais baratas.
Em relação a esses problemas, a Mars afirmou que planeja ampliar o setor dos chamados snacks, realizar investimentos regionais e introduzir mais opções saudáveis para os consumidores, uma vez que a categoria é “atrativa e durável”.
*Com informações do Estadão Conteúdo, CNN, Reuters e CNBC
JBS (JBSS32): BofA ‘perdoa’ motivo que fez mercado torcer o nariz para a empresa e eleva preço-alvo para as ações
Após balanço do terceiro trimestre e revisão do guidance, o BofA elevou o preço-alvo e manteve recomendação de compra para a JBS
Grupo Toky (TOKY3), da Mobly e Tok&Stok, aprova aumento de capital e diminui prejuízo, mas briga entre sócios custou até R$ 42 milhões
Empresa amargou dificuldades com fornecedores, que levaram a perdas de vendas, faltas de produtos e atraso nas entregas
Petrobras (PETR4) descobre ‘petróleo excelente’ no Rio de Janeiro: veja detalhes sobre o achado
A estatal identificou petróleo no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde e segue com análises para medir o potencial da nova área
Gigantes de frango e ovos: JBS e Mantiqueira compram empresa familiar nos EUA para acelerar expansão internacional
A maior produtora de frangos do mundo e a maior produtora de ovos da América do Sul ampliam sua presença global
Cosan (CSAN3) e Raízen (RAIZ4) têm perdas bilionárias no trimestre; confira os números dos balanços
Os resultados são uma fotografia dos desafios financeiros que as duas companhias enfrentam nos últimos meses; mudanças na alta cúpula também são anunciadas
Nubank (ROXO34): o que fazer com a ação após maior lucro da história? O BTG responde
Na bolsa de Nova York, a ação NU renovava máximas, negociada a US$ 16,06, alta de 3,11% no pregão. No acumulado de 2025, o papel sobe mais de 50%.
IRB (IRBR3) lidera quedas do Ibovespa hoje após tombo de quase 15% no lucro líquido, mas Genial ainda vê potencial
Apesar dos resultados fracos no terceiro trimestre, a gestora manteve a recomendação de compra para os papéis da empresa
Não aprendi dizer adeus: falência da Oi (OIBR3) é revertida. Tribunal vê recuperação possível e culpa gestão pela ruína
A desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, decidiu suspender os efeitos da decretação de falência, concedendo à companhia uma nova chance de seguir com a recuperação judicial
iPhones com até 45% de desconto no Mercado Livre; veja as ofertas
Ofertas são da loja oficial da Apple dentro do marketplace e contam com entrega Full e frete grátis
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre