Os economistas continuam a apostar na crise da China — mas o gigante asiático está “decepcionado” e já revelou o motivo
A agência de risco Fitch revisou a perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China, de estável para negativa

A China está oficialmente decepcionada com a decisão da agência de risco Fitch de rebaixar as perspectivas do rating do gigante asiático.
Isso porque os analistas revisaram para baixo a perspectiva para a nota de crédito soberana A+ da China nesta quarta-feira (10) de estável para negativa, citando "crescentes riscos" às finanças públicas.
Em relatório, a Fitch apontou que as perspectivas econômicas da China são mais incertas, à medida que o país se afasta do crescimento dependente do setor imobiliário para o que o governo chinês vê como um modelo de crescimento mais sustentável.
O Ministério de Finanças da China afirmou que teve apenas discussões preliminares com a equipe da Fitch e que o relatório da agência de classificação de riscos "reflete apenas parcialmente" as visões da China.
De acordo com o ministério, a dívida chinesa é “administrável e está sob controle”. "No longo prazo, nossa política fiscal ajudará a garantir bom crédito soberano, ao manter o déficit em um tamanho apropriado, utilizando recursos de emissões de dívida para expandir a demanda interna e apoiando o crescimento econômico", afirmou.
Segundo a pasta, o sistema de classificação da Fitch não reflete com eficácia os efeitos positivos das políticas fiscais da China no estímulo ao crescimento.
Leia Também
"A taxa de déficit de 3% prevista para 2024, no seu conjunto, é moderada e razoável, conduz à estabilização do crescimento econômico, melhora o controle da alavancagem do governo e abre espaço para as políticas lidarem com desafios e riscos que possam surgir no futuro," disse o ministério.
- LEIA TAMBÉM: Luis Stuhlberger, Daniel Goldberg e outros grandes nomes do mercado debatem oportunidades de investimento no Macro Summit Brasil 2024; assista gratuitamente
“A China está muito melhor do que imaginam”
Durante o evento Macro Summit 2024, promovido pelo Market Makers, João Landau, fundador da Vista Capital, afirmou que a China está “muito melhor do que imaginam”.
“Eu acho que a situação por lá não é uma recessão, mas sim uma transição”, disse o gestor.
“As pessoas estão subestimando os ganhos de produtividade chinesa. No final do dia, o chinês está focado em baratear energia, custo de capital, fábricas e mão de obra. Acima disso tudo, o cara ainda ‘bota’ margem bruta muito baixa e depois dá subsídio, então a produção chinesa é muito barata”, afirmou Landau.
Na visão do fundador da Vista Capital, a China percebeu a própria dependência financeira do exterior, especialmente no que diz respeito a commodities, e tem tentando “diversificar reservas de uma forma relevante”.
Para Landau, uma das estratégias que funcionou para a China é que o gigante asiático não estimulou a economia local por meio da demanda. “Ele está efetivamente fazendo uma transição tecnológica para um mercado mais de oferta e valor agregado mais para cima.”
Confira aqui a tese de investimento macroeconômico da Vista Capital aqui.
TRECHO DA ENTREVISTA - Aqui está o que realmente se passa na China HOJE: 'catástrofe econômica é real?"
*Com informações do Estadão Conteúdo.
“Taxação das blusinhas” na Europa? Como a UE quer aumentar o cerco a Shein e a outras plataformas chinesas
Bloco vai investigar se as empresas de e-commerce estão vendendo produtos que podem ser perigosos ou que violam as leis da região
Medo do DeepSeek? Google e Amazon anunciam novidades no Gemini e na Alexa para acirrar a competição com a IA chinesa
Big techs aceleram a corrida da inteligência artificial e prometem novos produtos e serviços para não ficarem para trás
Agora é para valer: China apresenta queixa contra tarifa de Trump; entenda o que acontece a partir de agora
Pequim alega na OMC que as medidas tarifárias dos EUA violam as obrigações em relação ao status de nação mais favorecida, com base nas normas da entidade de comércio global
Sobrou até para a Barbie: como as tarifas de Trump podem elevar os preços da boneca mais famosa do mundo
A linha de carrinhos da Hot Wheels também corre o risco de sofrer um incremento nos valores para compensar o custo da taxação do republicano
Vale mais do que dinheiro: demanda por ouro bate recorde em um ano e investimentos explodem
Os preços mais elevados do metal precioso, no entanto, têm afetado em cheio do mercado de joias, que deve continuar em baixa em 2025
Um (dilema) Tostines na bolsa: Ibovespa reage a balanços e produção industrial em dia de aversão ao risco lá fora
Santander Brasil é o primeiro bancão a divulgar balanço do quarto trimestre de 2024; Itaú publica resultado depois do fechamento
Ambev (ABEV3), JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3): quem ganha e quem perde com o tarifaço de Trump, segundo o BTG
Analistas destacam possíveis impactos positivos e negativos para empresas brasileiras, com a redução da competitividade das exportações dos EUA e de países afetados
China sobe o tom, anuncia retaliações às tarifas dos EUA e faz Donald Trump querer conversar com Xi Jinping
Além das taxações, China coloca o Google no meio da guerra comercial. Já as tarifas de Donald Trump aos produtos chineses podem ter impacto reduzido
Um olho na estrada, outro no retrovisor: Ibovespa reage à ata do Copom enquanto se prepara para temporada de balanços
Investidores também repercutem a relatório de produção e vendas da Petrobras enquanto monitoram desdobramentos da guerra comercial de Trump
Trump restabelece a política externa do ‘grande porrete’ nos EUA, mas deixa de lado uma parte importante dessa doutrina
Mercado financeiro segue atento à escalada tarifária de Donald Trump e ao potencial inflacionário da guerra comercial do novo presidente dos EUA
Tony Volpon: O paradoxo DeepSeek
Se uma relativamente pequena empresa chinesa pode desafiar as grandes empresas do setor, isso será muito bom para todos – mesmo se isso acabar impactando negativamente a precificação das atuais gigantes do setor
Se a moda pega: o perigo do tarifaço de Trump virar poder de barganha no mundo — já tem país copiando
Na onda da imposição de tarifas do republicano, o Equador anunciou taxas contra o México, escancarando a porta perigosa da guerra comercial em nível global
Criptomoedas sofrem liquidações bilionárias e bitcoin (BTC) vai abaixo de US$ 100 mil, mas sinal de acordo com Trump traz alívio
No mercado de criptomoedas, a palavra do dia é volatilidade — para variar. O ‘tarifaço’ de Donald Trump sobre Canadá, México e China ditou o clima dos mercados no final de semana e nesta segunda-feira (03). A consequente aversão ao risco levou o bitcoin (BTC) a cair para cerca de US$ 92.000, mas a criptomoeda […]
Trump lança guerra comercial ampla, geral e irrestrita — e já lida com as retaliações
Donald Trump impõe tarifas às importações de Canadá, México e China e agora ameaça a União Europeia
A mensagem de uma mudança: Ibovespa se prepara para balanços enquanto guerra comercial de Trump derruba bolsas mundo afora
Trump impõe ao Canadá e ao México maiores até do que as direcionadas à China e coloca a União Europeia de sobreaviso; países retaliam
Agenda econômica: Discursos de lideranças do Fed e ata do Copom movimentam a semana de IPCA no Brasil
Após a Super Quarta, a semana deve ser agitada por indicadores decisivos e dados sobre atividade econômica e inflação por aqui
Resposta a Trump: China vai apresentar medida judicial contra EUA na OMC pelo aumento de tarifas
Claramente a resposta da China foi, antes de tudo, uma maneira mais diplomática de lidar com o assunto
Bateu, voltou: Canadá anuncia tarifa de 25% sobre produtos dos EUA em retaliação a tarifaço de Trump
Primeira rodada de tarifas afetará aproximadamente US$ 20 bilhões em produtos americanos na terça-feira (4), quando começa a taxação dos produtos canadenses pelos EUA
Promessa de Trump: Tarifas de 25% sobre produtos importados do México e Canadá e de 10% para China começam hoje
México, China e Canadá são responsáveis por mais de um terço dos bens e serviços importados ou comprados dos Estados Unidos
Efeito DeepSeek: Nvidia e outras big techs poderiam ter afundado ainda mais — saiba por que o vice-presidente do Bank of China diz isso
Em episódio do Touros e Ursos, Hsia Hua Sheng enfatiza o potencial tecnológico de Pequim para desenvolver softwares tão eficientes quanto os criados nos Estados Unidos