Campos Neto vê exagero dos mercados na precificação dos riscos fiscais; veja o que o presidente do Banco Central disse dessa vez
Durante evento do Banco Safra, nesta terça-feira (24), RCN também falou sobre perspectiva em relação à economia norte-americana e os impactos das queimadas no Brasil nos preços
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira (24) que vê “exagero” na precificação dos riscos fiscais pelo mercado. A fala foi realizada durante participação do dirigente no evento do Banco Safra.
Ao ser questionado sobre a política fiscal do Brasil, Campos Neto também ressaltou que não cabe ao BC julgar os preços de mercado, e sim compreendê-los.
"Nós entendemos que os preços de mercado parecem um exagero em relação ao que foi feito pelo governo, na área fiscal, mas estamos acompanhando porque é importante para a nossa função reação", disse.
O presidente do Banco Central ainda afirmou que a instituição trabalha com um cenário de redução dos gastos do governo federal na comparação com o ano passado.
"O quanto vai diminuir o gasto a gente não arrisca a colocar, mas a gente entende que vai ter uma desaceleração nos gastos, isso já está nas nossas projeções", afirmou.
Esta é a primeira aparição de Campos Neto após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na última quarta-feira (18).
Leia Também
Final da Libertadores 2025: Por que uma vitória do Palmeiras vai render mais dinheiro do que se o Flamengo levar a taça
A palestra também acompanha a divulgação, mais cedo, da ata da última reunião da instituição, que aumentou as expectativas de alta da Selic.
- Leia mais: entenda por que a alta da Selic em 2024 pode não ser “má notícia” para o mercado brasileiro.
Além das dívidas: a questão da transparência
Na visão de Roberto Campos Neto, quando o assunto é a questão fiscal brasileira, não são só as dívidas que vêm tirando o sono do mercado.
Ele destacou que, mais do que os números em si, é preciso se atentar para a "transparência e qualidade" dos dados divulgados pelo governo federal.
"Acho que na ponta surgiu esse tema, esse questionamento em relação não só ao número fiscal, mas à transparência, à qualidade desses dados", disse o banqueiro central.
Campos Neto citou que a apreensão do mercado sobre a política fiscal vem levando ao aumento dos prêmios de risco na curva de juros.
Porém, ressaltou que é preciso observar a situação em um horizonte um pouco mais longo, para além do que ele chamou de "ruídos de curto prazo".
Ele ainda frisou que "é difícil" para o Banco Central fazer comentários sobre política fiscal. Para ele, cabe à autoridade monetária utilizar modelos para entender sobre essa área e calibrar a sua função de reação.
Veja mais: o que está em jogo para a Bolsa brasileira com Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central?
Crescimento do Brasil e os impactos das queimadas: o que esperar, segundo Campos Neto
Durante a palestra, Campos Neto também reforçou algumas mensagens da ata da última reunião do Copom. Ele reiterou a leitura de que a economia cresce acima do potencial, o chamado hiato positivo.
"O que parece mais evidente é que o Brasil está crescendo acima do potencial na margem", declarou, ao falar sobre a revisão do hiato.
Além disso, ele afirmou que não há certeza sobre a influência da mão de obra apertada na inflação, cujo comportamento incomoda a autoridade monetária, segundo Campos Neto. Porém, ele vê indícios de que é um fator mais restritivo.
O banqueiro central ainda ressaltou que, em todos os momentos em que o Brasil produziu choques fiscais positivos, os juros caíram.
O presidente do BC também aproveitou o evento para falar dos impactos das queimadas no Brasil.
Segundo Campos Neto, as regiões mais afetadas pela seca são justamente as mais intensas em produção de comida, o que pode afetar os preços dos alimentos.
Dessa forma, ele afirmou que há "certa preocupação" e que a estiagem tem sido observada com atenção.
Na visão de Campos Neto: economia dos EUA segue fortalecida
Os investidores também vêm observando os Estados Unidos com cautela. A maior economia do mundo reduziu a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual na última quarta-feira (18).
Porém, o mercado teme que o aperto monetário tenha ocorrido por tempo demais, colocando em jogo uma possível recessão.
Campos Neto ressaltou que, apesar da economia dos Estados Unidos estar desacelerando, o movimento não ocorre no ritmo esperado pelo mercado.
Dessa forma, na visão do presidente do Banco Central, não há nada nos preços que indique uma recessão no país.
"Os dados mostram desaceleração, mas não mostram uma desaceleração muito forte", disse o banqueiro central.
Segundo Campos Neto, os Estados Unidos são a única economia desenvolvida com crescimento forte e ganhos de produtividade, com destaque para os serviços, atividade que segue se expandindo acima da linha de tendência.
Ele ainda ressaltou que os dados mostram uma "fortaleza muito forte" da economia americana e que a bolsa norte-americana segue operando com muita solidez.
Apesar disso, ele ponderou que o comunicado do Federal Reserve não indicou que o ciclo de alívio monetário do país contará, no futuro, com cortes de 0,50 ponto porcentual dos juros.
*Com informações do Estadão Conteúdo
O que diz o projeto do devedor contumaz de impostos que tramita no Congresso? Entenda ponto a ponto
O objetivo da Receita Federal é punir empresários que abrem empresas apenas com o intuito de não pagar impostos
Concurso SEFAZ SP 2025: edital para Auditor Fiscal é publicado — 200 vagas e salário inicial de R$ 21,1 mil
Concurso público Sefaz SP oferece 200 vagas para Auditor Fiscal, com salários iniciais de R$ 21,1 mil e provas marcadas para fevereiro e março de 2026
Quanto vale hoje a mansão abandonada de Silvio Santos? Mais do que você imagina
Antigo refúgio da família Abravanel em Mairiporã, imóvel com deck na Represa da Cantareira, piscina, spa e casa de hóspedes ressurge reformado após anos de abandono
Como funcionava o esquema do Grupo Refit, maior devedor de impostos do país, segundo a Receita Federal
Antiga Refinaria de Manguinhos foi alvo da Operação Poço de Lobato, acusada de um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Essa cidade brasileira é a terceira maior do mundo, supera Portugal e Israel e tem mais cabeças de gado do que gente
Maior município do Brasil, Altamira supera o território de mais de 100 países e enfrenta desafios sociais, baixa densidade populacional e alta violência
Grupo Refit é alvo de megaoperação, com mandados contra 190 suspeitos; prejuízo é de R$ 26 bilhões aos cofres públicos
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa acumulam no atacado e atenções se voltam para prêmio de R$ 53 milhões na Timemania
É raro, mas até a Lotofácil encalhou na noite de quarta-feira (26); Quina, +Milionária, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam
Gás do Povo entra em operação: veja onde o botijão gratuito já está sendo liberado
Primeiras recargas do Gás do Povo começaram nesta semana em dez capitais; programa deve alcançar 50 milhões de brasileiros até 2026
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de novembro para NIS final 9
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Primeira operação comercial no país vai levar ao espaço satélites brasileiros e tecnologias inéditas desenvolvidas por universidades e startups
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
A instituição do banqueiro Daniel Vorcaro cresceu emitindo certificados com remunerações muito acima da média do mercado e vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Imposto de Renda: o que muda a partir de 2026 para quem ganha até R$ 5 mil e para a alta renda, a partir de R$ 50 mil por mês
Além da isenção para as faixas mais baixas, há uma taxa de até 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês
A cidade brasileira que é a capital nacional do arroz, tem a maior figueira do mundo — e é o lar do mais novo milionário da Mega-Sena
Cidade gaúcha une tradição agrícola, patrimônio histórico e curiosidades únicas — e agora entra no mapa das grandes premiações da Mega-Sena
Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC
O banqueiro foi preso na semana anterior devido à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que investiga um esquema de emissão de títulos de crédito falsos
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica