A culpa é da China? Por que a Índia prefere ficar fora do maior acordo comercial do mundo – e como quer se destacar na ‘corrida dos chips’
A Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP) é composta por países que representam 30% do PIB global, mas a Índia preferiu não aderir ao acordo; entenda a decisão
A relação entre dois grandes países da Ásia deu uma estremecida. A Índia rejeitou a ideia de aderir ao maior acordo comercial do mundo e apontou uma culpada pela decisão: a China.
Segundo o ministro do Comércio e Indústria da Índia, Piyush Goyal, o país não tem interesse em uma relação de livre comércio com o gigante asiático.
O acordo recusado foi a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), em vigor desde 2022 com 15 países. Entre as nações que compõem o acordo está a China e:
- 10 países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN): Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietnã, Myanmar, Camboja, Laos e Brunei;
- Japão;
- Coreia do Sul;
- Austrália; e
- Nova Zelândia.
O RCEP é considerado o maior acordo comercial do mundo por ser composto por países que representam quase um terço da população mundial e 30% do PIB global.
As negociações para o acordo começaram ainda em 2013 e inicialmente incluíam a Índia. Porém, em 2019 – antes da assinatura, em 2020 –, a Índia decidiu não aderir ao RCEP.
Índia aponta a falta de transparência chinesa para ficar de fora do acordo
Em 2019, as lideranças da Índia não entraram em detalhes sobre o que impedia o país de fazer parte do maior acordo comercial do mundo, mas reportagens citaram a “relutância em abrir seus mercados”.
Leia Também
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
No entanto, em entrevista recente ao jornal americano CNBC, o ministro Piyush Goyal esclareceu a decisão da Índia em 2019.
Goyal explica que a Índia já tinha um acordo de livre comércio com a ASEAN, Japão e Coreia, além do comércio bilateral com a Nova Zelândia no valor de US$ 300 milhões (equivalente a R$ 1,6 bilhão no câmbio atual).
“Não era do interesse de nossos agricultores. O RCEP não refletia as aspirações de nossas pequenas e médias indústrias e setores, e de certa forma, não era nada além de um acordo de livre comércio com a China”, afirmou.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em uma “alfinetada” ao gigante asiático, o ministro ainda afirmou que ninguém na Índia gostaria de ter um acordo de livre comércio com uma economia não transparente.
Além disso, defendeu que os sistemas comerciais e políticos chineses são “completamente diferentes do que o mundo democrático deseja”.
Mas os ataques à China continuaram: segundo Goyal, o país se aproveita de políticas da Organização Mundial do Comércio (OMC) para inundar outras economias com produtos a preços baixos e que, muitas vezes, não atendem aos padrões de qualidade.
- Guerra EUA x China pode mudar com as eleições? Mestre em economia avalia possibilidades para acionistas; assista aqui.
Índia quer entrar na corrida dos chips ‘dominada’ por Taiwan
Após recusar a adesão ao RCEP, a Índia agora tem um novo foco econômico: a produção de semicondutores. O país espera ser uma alternativa ao Taiwan, que é a potência mundial no segmento de chips.
A partir de 2024, o Taiwan espera deter cerca de 44% da participação global de mercado, de acordo com um relatório da consultoria taiwanesa Trendforce.
No entanto, a Índia quer se tornar cada vez mais relevante nessa “corrida”. De acordo com Piyush Goyal, o país está incentivando a indústria de semicondutores e tem duas principais estratégias para isso:
- Atrair empresas estrangeiras do setor; e
- Formar parcerias com outros grandes players de semicondutores, como os Estados Unidos.
Para o ministro, a Índia pode ser um “porto seguro” para empresas que quiserem diversificar os investimentos em semicondutores além de Taiwan:
“[A Índia] é uma alternativa onde sempre terá uma população jovem, uma demanda enorme e a democracia como base”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
*Com informações da CNBC
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro
Final da Copa do Brasil: veja o horário e onde assistir a Corinthians x Vasco
Após empate sem gols no jogo de ida, Corinthians e Vasco decidem o título da Copa do Brasil neste domingo, no Maracanã, com premiação milionária em jogo
“Nossos países não têm mais 10 anos a perder”: para Milei, lentidão do Mercosul é o que está travando acordos com a UE
Na cúpula do Mercosul, presidente argentino acusa o bloco de travar o comércio com burocracia, diz que acordos não avançam e defende mais liberdade para negociações individuais
Mega da Virada em R$ 1 bilhão: prêmio estimado bate os oito dígitos pela primeira vez
Ninguém levou o prêmio de R$ 62 milhões do último sorteio da Mega Sena neste ano, no concurso 2953, que foi a jogo ontem (20). Prêmio acumulou para Mega da Virada
Enquanto União Europeia ‘enrola’ Mercosul vai atrás do próximos na fila para acordos comercias; veja
Enquanto acordo com a UE segue emperrado, bloco aposta em Emirados Árabes, Ásia e Américas para avançar na agenda comercial
Último sorteio da Mega-Sena: R$ 62 milhões vão a jogo hoje no concurso 2.954. Depois, só a Mega da Virada
O concurso 2.954 da Mega-Sena sorteia na noite deste sábado (20) prêmio estimado de R$ 62 milhões. A partir de amanhã as apostas se concentram na Mega da Virada
Com R$ 1,82 trilhão só para pagar juros da dívida e R$ 61 bilhões para emendas, veja os detalhes do Orçamento para 2026
Texto aprovado pelo Congresso prevê despesas de R$ 6,5 trilhões, meta de superávit e destina quase um terço do orçamento fiscal ao pagamento de juros da dívida pública
Silvio Santos vira nome de rodovia em São Paulo — e o trecho escolhido não foi por acaso
Lei sancionada pelo governador Tarcísio de Freitas rebatiza trecho da Rodovia Anhanguera, entre São Paulo e Jundiaí, em homenagem ao comunicador e empresário
Banco Central se precipitou com a liquidação do Banco Master? TCU dá 72 horas para o regulador se explicar
O Tribunal de Contas da União requer esclarecimentos do Banco Central sobre a decisão de liquidar o Banco Master; entenda