Nunca estive tão otimista quanto estou hoje com o bitcoin (BTC), afirma gestor do primeiro fundo de criptomoedas do Brasil
Há oito anos e meio no mercado, Axel Blikstad fala ao podcast Touros e Ursos que ‘tem coisa melhor para acontecer’ em 2025
Se hoje em dia o investidor brasileiro já não é tão “chegado” às criptomoedas, imagine oito anos atrás. Foi nesse período que Axel Blikstad começou a atuar no mercado de ativos digitais, depois de sair de uma carreira bem tradicional no mercado financeiro.
Responsável por fundar o primeiro fundo de cripto do Brasil, em janeiro de 2018, ele é bem firme ao dizer que nunca esteve tão otimista com as moedas digitais como está hoje.
O otimismo é justificado: na reta final de 2024, o bitcoin (BTC), principal ativo do ecossistema, atingiu o notável marco de US$ 100 mil, esperado com entusiasmo pelos investidores.
O caminho até esse ponto não foi exatamente tranquilo. O sócio-fundador da B2V Crypto revela que o primeiro ano de existência do Genesis Block Fund foi marcado por um duro “inverno cripto”, que é o jargão utilizado para se referir ao bear market nesse mercado. Nesse período, o veículo de investimento registrou perda de quase 80%.
- LEIA TAMBÉM: Veja como receber carteira que já rendeu mais de 200% do Ibovespa gratuitamente no seu email
Desde então, as coisas melhoraram significativamente. O B2V Crypto 100 subiu 459% desde a criação até o fim de novembro, contra 69% do CDI no mesmo período.
Entre as opções de investimento da gestora, ele é o fundo com maior parcelainvestida no fundo Genesis (que é exclusivamente investido em criptomoedas), mas se restringe a investidores profissionais, ou seja, aqueles que têm mais de R$ 10 milhões em investimentos financeiros.
Leia Também
- Explicando: fundos voltados para o público geral e qualificado precisam ter maior parcela investida em títulos públicos, o que explica o fato de eles não registrarem o mesmo retorno de fundos de investidores profissionais.
Para 2025, Blikstad acredita que há coisas melhores para acontecer no mundo dos ativos digitais. Há um fundamento principal por trás dessas boas projeções: a mudança de perspectiva para o ambiente regulatório.
Em outras palavras: o mundo, principalmente os Estados Unidos, está mais favorável para as criptomoedas.
No podcast Touros e Ursos dessa semana, o gestor explicou em detalhes o que mudou no mundo cripto para justificar o otimismo. Dê play para ouvir na íntegra no YouTube:
Um admirável mundo novo para as criptomoedas
Na visão de Blikstad, não foi somente a eleição de Donald Trump que impulsionou a alta recente das criptos, especialmente o bitcoin.
Politicamente, os Estados Unidos viveram o chamado “red sweep” (algo como uma “varredura vermelha”), que significa que os republicanos ficaram com o controle da Câmara e do Senado. O gestor avalia isso positivamente, já que o Partido Democrata mostrava-se desfavorável ao ecossistema cripto.
Somado a isso, a SEC – órgão regulador do mercado de capitais estadunidense, equivalente à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) – também teve mudanças importantes que resultaram em um ambiente mais pró-cripto.
“Acho que a gente tem o dream team para cripto entrar nos Estados Unidos. A saída do Gary Gensler é espetacular”, comenta o sócio-fundador da B2V Crypto, em referência ao atual presidente do órgão, que tem uma postura bem anti-cripto.
No começo do mês, quando Paul Atkins foi nomeado para ser o novo presidente da SEC, o bitcoin subiu 3,8% em menos de 3 horas
Na ocasião, Trump destacou que Atkins reconhece que “essas tecnologias [as moedas digitais] e outras inovações são fundamentais para tornar a América maior do que nunca.”
“A SEC agora está querendo ajudar e não punir”, diz o convidado.
Ainda falando de Estados Unidos, Blikstad comentou que a aprovação dos ETFs de Bitcoin no começo do ano, somada à popularidade que eles conquistaram nos portfólios dos investidores, gerou bilhões de dólares para o mercado. Hoje, esses veículos de investimento detêm cerca de 5% de todo o estoque de BTC do mercado.
O gestor também comenta que muitos países – entre eles, os Estados Unidos, a Rússia, o Japão, a Holanda e a Alemanha – estão pensando em fazer reservas estratégicas de bitcoin.
Com esse cenário favorável e o risco regulatório diminuindo, as pessoas estão mais propensas a investir em criptomoedas.
Não só os investidores pessoa física como também as empresas. Um dos destaques é a MicroStrategy, que comprou 479 mil bitcoins nos últimos quatro anos, exercendo uma pressão compradora no mercado.
No caso brasileiro, Blikstad comenta que “ainda há muito ceticismo. No Brasil, as pessoas ainda não estão confortáveis em investir em tecnologia”.
Criptomoedas para 2025: quais são as recomendações?
Falando de alocação de portfólio, o gestor explicou que a B2V Crypto assume uma postura “totalmente agnóstica” na seleção de ativos, tentando sempre buscar o que tem melhor risco-retorno.
“Estamos bastante concentrados em coisas que a gente acredita que vão ter um benefício desse esclarecimento da parte regulatória nos Estados Unidos”, comenta, afirmando que o fundo tem hoje 10 ativos.
Entre as moedas citadas, estão aquelas ligadas aos protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), como a UniSwap (UNI).
Ele também destaca Aviator (Avi) e Solana (SOL), que foi a cripto de melhor performance em 2023.
Como recomendação, Blikstad fala entre 1% e 5% do portfólio em criptomoedas, a depender do perfil do investidor e do tempo de investimento – idealmente, acima de 3 anos.
No bloco dos touros e ursos, os Estados Unidos também teve o devido destaque. Como ursos, foram eleitos a dívida do país e o presidente do Federal Reserve (banco central estadunidense), Jerome Powell, que “bagunçou” o mercado nesta semana. Por outro lado, o dólar foi tido como touro da semana.
Outro touro também relacionado à tecnologia foi a empresa BroadCom, que, nesta semana, entrou para o clube do trilhão (companhias com mais de US$ 1 trilhão de valor de mercado).
Nem Selic a 15% vai conseguir conter a inflação se a política fiscal não melhorar, diz economista-sênior da gestora de fortunas Julius Baer
No episódio da semana do Touros e Ursos, Gabriel Fongaro fala sobre as perspectivas para 2025
O melhor de 2024: Javier Milei, Trump, bitcoin, Embraer (EMBR3)… veja quem foram os touros do ano na seleção do Seu Dinheiro
O podcast Touros e Ursos elege os destaques positivos do ano nas categorias Touro Financeiro, Touro Corporativo e Touro Personalidade; confira
Ibovespa, Haddad, Vale (VALE3), Tesouro Direto… o pior do Seu Dinheiro em 2024; veja quem foram os ursos do ano na seleção do SD
O podcast Touros e Ursos elege os destaques negativos do ano nas categorias Urso Financeiro, Urso Corporativo e Urso Personalidade; confira
A Faria Lima está contra Lula? O que realmente pensam os gestores de fundos multimercados sobre o governo e o cenário macro, após mais um ano sofrendo com resgates
No episódio do Touros e Ursos, o analista Bruno Mérola falou sobre o pessimismo do mercado e a situação da indústria de fundos
‘Pacote fiscal de Bitcoin’? Enquanto medida de Haddad decepciona no Brasil, Senado dos EUA quer proteger a economia usando criptomoedas
Iniciativa legislativa de senadora americana tem efeitos semelhantes ao nosso pacote fiscal, mas pode ser um divisor de águas no mercado de criptomoedas
Graças a Milei, Argentina vai melhorar muito mais que o Brasil em 2025 — e Lula deveria torcer pelos hermanos, diz economista do Insper
No episódio da semana do Touros e Ursos, Roberto Dumas Damas fala sobre a recuperação da economia argentina, impulsionada por medidas ultraliberais adotadas pelo presidente no primeiro ano de mandato
A partir de 18 de dezembro, essa seleção de criptomoedas pode valorizar até 9.900% em 9 meses e formar novos milionários, aponta especialista
Especialista em criptoativos faz última aposta do ano em seleção de criptomoedas com potencial de transformar um investimento de R$ 10 mil em até R$ 1 milhão
Previdência privada: vale a pena mesmo ou é cilada? E é uma boa investir no fim do ano?
Décimo terceiro salário, confraternizações, presentes e talvez até uma viagem. Mas para além das festividades, o fim do ano também é marcado pelas tradicionais ofertas de planos de previdência privada por parte das instituições financeiras. Mas investir em previdência é mesmo uma boa? Por muito tempo esses produtos, voltados para a poupança de longo prazo […]
O longevo ‘fantasma’ do risco fiscal: o que esperar do pacote de corte de gastos do governo — e o que Lula deveria fazer
Para comentar o assunto, o podcast Touros e Ursos recebe Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e ex-diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado
Criptomoeda ‘desconhecida’ dispara mais de 700% em 5 dias; fundamentos e eleição de Trump devem impulsionar o ativo ainda mais, diz especialista
“Trata-se de um ativo pequeno, novo, embrionário, com alto nível de risco, mas que tem muito fundamento”, disse o especialista sobre a criptomoeda
Bolsa numa hora dessas? Por que comprar ações agora e onde estão os tesouros ocultos da B3
O podcast Touros e Ursos recebe Gustavo Heilberg, sócio-fundador da HIX Capital, que fala sobre as suas apostas fora da caixa na bolsa brasileira
Debate do Flow começa bem, mas termina em agressão de assessores de Marçal e Nunes; veja o que aconteceu
O mediador, o jornalista Carlos Tramontina, paralisou o debate após Marçal, “reiteradamente”, desrespeitar as regras
Apertem os cintos… o juro subiu! Como a decisão do Copom de aumentar a Selic mexe com os mercados
O podcast Touros e Ursos recebe Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV, para avaliar a decisão do Banco Central e fazer um balanço da gestão de Campos Neto à frente da autarquia
Kamala vs. Trump: O que não te contaram sobre o debate e como a eleição nos EUA mexe com seus investimentos
O podcast Touros e Ursos recebe João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, para comentar os efeitos da eleição nos EUA nos mercados, inclusive no Brasil
As aplicações da inteligência artificial: ela vai tirar meu emprego? Pode virar a Skynet? Gerente da Nvidia no Brasil desvenda o futuro da IA
O podcast Touros e Ursos recebe o gerente de vendas da divisão Enterprise da Nvidia no Brasil para falar sobre as possibilidades da IA, os temores que mais afligem as pessoas em relação à tecnologia e a posição da companhia no mercado
Os fundos imobiliários “à prova” de Campos Neto e Galípolo em meio ao risco de alta da Selic
Juro alto pode beneficiar algumas classes de fundos imobiliários, como os chamados “FIIs de papel”; veja duas recomendações para investir
Ritmo de festa na bolsa: o Ibovespa pode subir ainda mais após atingir o novo recorde?
O podcast Touros e Ursos recebe Fernando Siqueira, head de research da Guide, que disse o que é preciso para o Ibovespa continuar a subir
“Não sobrou nada ao Copom a fazer exceto subir a Selic”, afirma ex-diretor do BC
Em entrevista ao podcast Touros e Ursos, Reinaldo Le Grazie afirmou que o BC deve promover pequeno ciclo de alta da Selic nas próximas reuniões
Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander: quem leva a “medalha de ouro” dos lucros dos grandes bancos no 2T24?
A “jurada” dos resultados dos grandes bancos brasileiros foi Larissa Quaresma, analista de ações da Empiricus Research, durante o podcast Touros e Ursos
FIDC, que bicho é esse? Conheça os fundos que rendem mais que o CDI e agora você pode investir
O podcast Touros e Ursos recebe Ricardo Binelli, gestor da Solis, que lançou recentemente seu primeiro FIDC voltado para o público geral