O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados

Os processos eleitorais mais recentes tiveram como marca registrada a polarização. Esse processo de radicalização é menos claro nas eleições municipais deste ano, pelo menos na aparência.
Isso porque o brasileiro talvez tenha temas muito mais divisivos do que a política para discutir. Arroz com ou sem uvas passas nas ceias de Natal e Ano-Novo? Panetone ou chocotone? Passar os próximos meses com ou sem horário de verão?
Um levantamento do Datafolha realizado no início de outubro expõe a divisão na sociedade em relação ao horário de verão: 47% são a favor e 47% são contra. Os 6% restantes declararam-se indiferentes.
Até lá, 47% dos brasileiros ficarão insatisfeitos. Exatamente como ocorreria se o horário de verão fosse adotado.
Outro tema que tem provocado polarização no Brasil e no mundo é o rumo das taxas de juros. Aumentar, cortar ou manter como está?
Leia Também
Anatomia de um tiro no pé: Ibovespa busca reação após tarifas de Trump
Quem vai se manifestar sobre isso hoje é o Banco Central Europeu (BCE). A expectativa dos analistas é de um corte de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros na zona do euro.
Tão importante quanto a decisão é a entrevista coletiva que será concedida pela presidente do BCE, Christine Lagarde, pouco depois da decisão.
Na ausência de indicadores relevantes por aqui, os participantes do mercado também estarão de olho em dados do varejo e da indústria dos Estados Unidos.
Enquanto isso, os investidores avaliam o impacto das mais recentes medidas adotadas pela China contra a crise imobiliária.
Mas as atenções estão voltadas mesmo para o que vai vir à noite: os números do PIB do terceiro trimestre da segunda maior economia do mundo.
O que você precisa saber hoje
ELEIÇÕES AMERICANAS E INVESTIMENTOS
Hoje, às 18h, junte-se ao evento gratuito e online ‘Eleições Americanas: o futuro em jogo’. Descubra como as disputas entre Kamala Harris e Donald Trump podem afetar seu bolso, com insights sobre ações globais, cenários econômicos e geopolíticos. Não perca a oportunidade de entender melhor o que esperar para o dólar, ações e outros investimentos americanos.
FOLLOW-ON
Caixa Econômica autoriza oferta subsequente de ações da Caixa Seguridade (CXSE3). Objetivo é atingir o percentual mínimo de ações da seguradora em circulação de acordo com as regras do Novo Mercado da B3.
LUZ VERDE
Mais um passo para a ação da CVC (CVCB3) decolar? Acordo para alongar vencimentos e reduzir juros de debêntures é aprovado. Entendimento com debenturistas para o reperfilamento de dívidas havia sido alcançado há pouco mais de um mês; confira os detalhes.
OFERTA DE AÇÕES VEM AÍ?
Banco da Amazônia (BAZA3) contrata bancos para possível reabertura de capital na bolsa; saiba mais sobre o potencial re-IPO. Bank of America, Citigroup, XP, Caixa Econômica Federal e UBS farão, em conjunto, estudos para preparar e analisar a viabilidade de uma oferta pública de distribuição primária de ações do Basa.
A XERIFE ESTÁ DE OLHO
Caso Silverado: CVM multa gestora e fundador em quase R$ 500 milhões após fraude multimilionária com FIDCs. Após anos de investigação, a autarquia julgou na noite passada as condenações da fraude com fundos da gestora fundada por Manoel Carvalho Neto.
ELEIÇÕES AMERICANAS
‘Putin prefere [a eleição de] Trump’ nos Estados Unidos, diz economista Roberto Dumas Damas. Especialista vê Donald Trump menos propenso a ajudar na defesa da Ucrânia e de Taiwan; em contrapartida, republicano pode “se meter” no confronto no Oriente Médio.
SENTIU? SENTIU
Guerra de chips entre EUA e China começa a prejudicar empresas: parceira holandesa da Nvidia dá os primeiros sinais de ‘crise’. ASML, uma das empresas mais valiosas da Europa, reduz guidance para vendas no país asiático em 2025 – entenda como isso pode ser uma ‘prévia’ pro mercado de semicondutores.
ARRUMANDO A CASA
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) anuncia plano de reestruturação com fechamento de lojas e redução do quadro de funcionários. Segundo o grupo varejista de insumos agrícolas, a mudança visa garantir a sustentabilidade de suas operações em meio a adversidades enfrentadas pelo agronegócio brasileiro.
ELEIÇÕES MUNICIPAIS
O apagão em São Paulo pesou? Primeira pesquisa Quaest do segundo turno dá 45% para Nunes e 33% para Boulos. As entrevistas foram realizadas entre 13 e 15 de outubro, período em que a capital paulista enfrentou as consequências de uma forte chuva que deixou boa parte da cidade no escuro por dias.
DESTAQUES DA BOLSA
Maior alta do Ibovespa em 2024, Embraer (EMBR3) continua a ganhar altura na B3 e sobe 5%. O que está por trás da alta das ações? Uma tríade de fatores impulsiona a fabricante de aeronaves: maior otimismo do mercado, novos investimentos para expansão no exterior e o financiamento da Eve com o BNDES.
MAIS UM PASSO
Chapter 15: Light (LIGT3) pede reconhecimento de processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. Objetivo é ingressar na lei de falências americana para aplicar nos Estados Unidos as medidas de reestruturação de dívidas aprovadas no Brasil.
POLÍTICA MONETÁRIA
Os modelos estão errados? FMI lança alerta para que bancos centrais aprimorem mecanismos de combate à inflação. Estudo integra o relatório de perspectiva econômica mundial do FMI, que será publicado na próxima semana como parte das reuniões anuais do organismo.
Sem avalanche: Ibovespa repercute varejo e Galípolo depois de ceder à verborragia de Trump
Investidores seguem atentos a Donald Trump em meio às incertezas relacionadas à guerra comercial
Comércio global no escuro: o novo capítulo da novela tarifária de Trump
Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
Feijão com arroz: Ibovespa busca recuperação em dia de payroll com Wall Street nas máximas
Wall Street fecha mais cedo hoje e nem abre amanhã, o que tende a drenar a liquidez nos mercados financeiros internacionais
Rodolfo Amstalden: Um estranho encontro com a verdade subterrânea
Em vez de entrar em disputas metodológicas na edição de hoje, proponho um outro tipo de exercício imaginativo, mais útil para fins didáticos
Mantendo a tradição: Ibovespa tenta recuperar os 140 mil pontos em dia de produção industrial e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Investidores também monitoram decisão do governo de recorrer ao STF para manter aumento do IOF
Os fantasmas de Nelson Rodrigues: Ibovespa começa o semestre tentando sustentar posto de melhor investimento do ano
Melhor investimento do primeiro semestre, Ibovespa reage a trégua na guerra comercial, trade eleitoral e treta do IOF
Rumo a 2026 com a máquina enguiçada e o cofre furado
Com a aproximação do calendário eleitoral, cresce a percepção de que o pêndulo político está prestes a mudar de direção — e, com ele, toda a correlação de forças no país — o problema é o intervalo até lá
Tony Volpon: Mercado sobrevive a mais um susto… e as bolsas americanas batem nas máximas do ano
O “sangue frio” coletivo também é uma evidência de força dos mercados acionários em geral, que depois do cessar-fogo, atingiram novas máximas no ano e novas máximas históricas
Tudo sob controle: Ibovespa precisa de uma leve alta para fechar junho no azul, mas não depende só de si
Ibovespa vem de três altas mensais consecutivas, mas as turbulências de junho colocam a sequência em risco
Ser CLT virou ofensa? O que há por trás do medo da geração Z pela carteira assinada
De símbolo de estabilidade a motivo de piada nas redes sociais: o que esse movimento diz sobre o mundo do trabalho — e sobre a forma como estamos lidando com ele?
Atenção aos sinais: Bolsas internacionais sobem com notícia de acordo EUA-China; Ibovespa acompanha desemprego e PCE
Ibovespa tenta manter o bom momento enquanto governo busca meio de contornar derrubada do aumento do IOF
Siga na bolsa mesmo com a Selic em 15%: os sinais dizem que chegou a hora de comprar ações
A elevação do juro no Brasil não significa que chegou a hora de abandonar a renda variável de vez e mergulhar na super renda fixa brasileira — e eu te explico os motivos
Trocando as lentes: Ibovespa repercute derrubada de ajuste do IOF pelo Congresso, IPCA-15 de junho e PIB final dos EUA
Os investidores também monitoram entrevista coletiva de Galípolo após divulgação de Relatório de Política Monetária
Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
É melhor ter um plano: Ibovespa busca manter tom positivo em dia de agenda fraca e Powell no Senado dos EUA
Bolsas internacionais seguem no azul, ainda repercutindo a trégua na guerra entre Israel e o Irã