🔴 SELIC A 15% AO ANO ABRE OPORTUNIDADES PARA BUSCAR RETORNOS DE ATÉ IPCA + 10% – CONFIRA 5 RECOMENDAÇÕES

Micaela Santos

Micaela Santos

É repórter do Seu Dinheiro. Formada pela Universidade São Judas Tadeu (USJT), já passou pela Época Negócios e Canal Meio.

MERCADOS

Vai ter Disney? Dólar cai após BC começar o aperto da Selic, mas estes seis fatores devem determinar a trajetória do câmbio

Queda de juros nos EUA e estímulos chineses favorecem o real contra o dólar, mas risco fiscal e incerteza geopolítica pressionam as cotações; entenda

Micaela Santos
Micaela Santos
2 de outubro de 2024
6:12 - atualizado às 17:03
disney ação investir
Imagem: Reprodução Disney

Com o fim do ano se aproximando, muitas pessoas já começaram a se organizar para as tão esperadas férias. E com o dólar acumulando quedas nas últimas semanas, a pergunta inevitável volta ao radar não apenas para os turistas como também para os investidores: afinal, vai ter Disney?

Fato é que as recentes decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos mexeram com o câmbio. Isso porque o diferencial de juros entre os dois países cresceu, reforçando a expectativa de que a moeda americana poderia ficar mais barata por aqui.

Enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) finalmente deu início ao ciclo de corte monetário nos Estados Unidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) voltou a subir a taxa básica de juros, a Selic, depois de seis cortes. 

Os juros mais altos no Brasil podem atrair investimentos estrangeiros, o que aumenta a demanda pelo real e pode levar à valorização em relação à moeda americana. 

Esse movimento já vinha sendo observado mesmo antes da Super Quarta: o dólar teve sete sessões de queda contra o real e chegou a valer R$ 5,42 nas mínimas recentes.

Com isso, a pergunta que fica é: esse é o melhor momento para comprar dólar ou ainda existe espaço para que o real se valorize mais? 

Leia Também

Embora o mercado acredite em novas quedas do dólar, é pouco provável que a moeda inicie uma sequência de desvalorizações que a leve para perto de R$ 5 tão cedo.

A perspectiva está em linha com as projeções do Boletim Focus. No relatório divulgado na segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC), a expectativa para a taxa de câmbio no fim de 2024 está em R$ 5,40.

É claro que essa projeção considera o cenário atual, que pode mudar ou sofrer uma ruptura a qualquer momento.

Na matéria a seguir, explicamos quais fatores devem contribuir para novas sequências de quedas do dólar frente ao real e o que pode provocar o efeito contrário no câmbio. 

Para esta reportagem, o Seu Dinheiro consultou os seguintes especialistas: Isabela Bessa, especialista em investimentos internacionais da Warren Investimentos; Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad; e Rodrigo Cabraitz, trader de câmbio da Principal Claritas

Juros, risco fiscal, EUA e mais: o que pode deve mexer com o dólar

  • 1 - Diferencial de juros

O diferencial de taxa de juros entre Brasil e os EUA é um dos principais fatores que podem contribuir para que o dólar fique mais barato no curto prazo, segundo os especialistas.

Com a Selic mais alta, a expectativa é de uma entrada maior de dólares no país de investidores que tomam recursos com juros mais baixos lá fora para aplicar aqui. No mercado, esse movimento é conhecido como carry trade.

“Além do diferencial de juros, outros fatores que podem levar a uma queda nas cotações do dólar incluem o crescimento econômico da economia brasileira, a relativa estabilidade política e uma balança comercial favorável”, afirma Isabela Bessa, especialista em investimentos internacionais da Warren Investimentos. 

  • 2 - Cenário “Cachinhos Dourados” nos Estados Unidos

A economia dos Estados Unidos deve entrar em um processo de desaceleração em breve, mas de forma organizada. Esse é o cenário-base projetado por parte do mercado financeiro.

Os dados do relatório mensal sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos em agosto, mais conhecido como payroll, indicou que o mercado americano deu mais um indício de enfraquecimento, mas sem apontar para uma recessão. Esse fator, inclusive, também motivou o início do ciclo de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro. 

Em um cenário de soft landing nos EUA — ou seja, uma desaceleração econômica que não gere recessão —, os países emergentes, principalmente aqueles com moedas mais voláteis e ligadas a commodities, voltam a atrair interesse em meio a um dólar fraco a nível global.

Esse cenário ideal, com juros mais baixos no exterior, mas sem recessão na maior economia do planeta, também é chamado de “Cachinhos Dourados”, em referência à conhecida fábula infantil.

“Nesse sentido, os mercados emergentes podem se beneficiar com: apreciação da moeda, curva de juros mais controlada e cenário mais positivo para risco e, consequentemente, para a bolsa”, afirma Rodrigo Cabraitz, trader de câmbio da Principal Claritas.

Por outro lado, uma desaceleração mais forte ou uma recessão nos EUA devem ter um efeito oposto e levar a uma alta do dólar.

  • 3 - O “despertar” da China

Outro fator que deve beneficiar os mercados emergentes e, portanto, fazer o preço do dólar cair, é o pacote econômico anunciado pelo governo da China. Isso porque os incentivos devem fazer com que o real se fortaleça como moeda de país exportador de commodities. 

Na semana passada, logo após o anúncio dos estímulos, o Ibovespa chegou a disparar, impulsionado pela alta nas ações de empresas de mineração, como a Vale (VALE3). Já o dólar chegou a cair mais de 1%, com a moeda americana sendo negociada a R$ 5,46.

  • 4 - Risco fiscal no Brasil

Passando para os fatores internos que mexem com o dólar, nenhum deles é tão crucial neste momento quanto o risco fiscal.

A desconfiança do mercado sobre a política fiscal do governo Lula colocou uma nuvem cinza de incerteza sobre a economia. Nesse sentido, um quadro prolongado de déficit nas contas públicas deve trazer pressão sobre o câmbio.

O governo vem tentando equacionar o problema principalmente pelo lado da arrecadação. Neste ano, a meta fiscal parece mais crível diante do crescimento acima do esperado da economia e das medidas de tributação, como a taxação dos super-ricos e fundos exclusivos. 

“São fatores que provavelmente não teremos em 2025”, diz Cabraitz. “No orçamento do ano que vem, haverá pouco espaço para o congelamento de despesas discricionárias, e será preciso muita negociação política para que o governo consiga cortar mais gastos”. 

  • 5- Novo presidente do Banco Central (BC) e inflação acima da meta

Após o fim do mistério sobre o indicado do governo para a sucessão de Roberto Campos Neto, o mercado estará de olho na condução de Gabriel Galípolo na política monetária brasileira e se o atual diretor da autarquia continuará o trabalho de seu antecessor. 

Além disso, uma inflação acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e com desancoragem das expectativas também pode impedir uma queda maior no dólar. Afinal, quando a inflação é alta, o poder de compra da moeda local (no caso o real) diminui. 

Isso pode fazer com que os investidores estrangeiros percam confiança no real e prefiram manter seus ativos em moedas mais estáveis, como o dólar. Como resultado, a demanda pela divisa americana aumenta e o real se desvaloriza. 

  • LEIA TAMBÉM: SD Select entrevista analista e libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
  • 6 - Intensificação dos conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio

Por fim, a dinâmica geopolítica também pode ter um impacto significativo nas taxas de câmbio e na economia global, e os conflitos internacionais podem afetar o dólar de várias maneiras.

A escalada de tensões no Oriente Médio — os conflitos entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza e agora com o Hezbollah no Líbano — e a guerra entre Rússia e Ucrânia tendem a fazer com que investidores busquem ativos considerados seguros, como o dólar. 

Em resposta a crises, o Federal Reserve também pode ajustar suas políticas monetárias, e a instabilidade pode levar a um aumento nos fluxos de capital para os EUA, resultando em maior demanda pelo dólar. Tudo isso deve levar à valorização da moeda americana.

“É por isso que todo investidor precisa ter uma parte do seu patrimônio investido no exterior. Além da clássica estratégia de diversificação, o fato dos ativos estarem em dólar, na verdade, adiciona uma camada de proteção ao patrimônio”, afirma Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.

Em resumo, mesmo que você não tenha planos de viajar para o exterior, vale a pena manter uma parcela da carteira em ativos em moeda estrangeira para estruturar um portfólio equilibrado e diversificado

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
(DON’T) BUY THE DIP

Não compre BBAS3 agora: ação do Banco do Brasil está barata, mas o JP Morgan avisa que é melhor não se deixar levar pelo desconto

18 de junho de 2025 - 10:23

Os analistas optaram por manter uma recomendação neutra e revisar para baixo as expectativas sobre as ações BBAS3. Entenda os motivos por trás dessa visão cautelosa

MERCADOS HOJE

Possibilidade de Trump entrar no conflito entre Irã e Israel faz petróleo disparar mais de 4% e bolsas do mundo todo fecham no vermelho

17 de junho de 2025 - 17:22

O petróleo avança nesta tarde com a notícia de que os EUA poderiam se meter no conflito; postagens de Trump adicionam temor

NOVA COTAÇÃO

As ações da Gol (GOLL54) estão voando alto demais na B3?  Entenda o que está por trás da disparada e o que fazer com os papéis

17 de junho de 2025 - 17:15

A companhia aérea acaba de sair da recuperação judicial e emitiu trilhões de ações para lidar com o endividamento

NÃO É FEITA DE AÇO?

Usiminas (USIM5): os sinais de alerta que fizeram o Itaú BBA revisar a recomendação e o preço-alvo da ação

17 de junho de 2025 - 13:14

O banco de investimentos avaliou a pressão sobre os preços e os efeitos nos resultados financeiros; descubra se chegou o momento de comprar ou vender o papel

LEÃO À FRANCESA

Detentores de BDRs do Carrefour têm até 30 de junho para pedir restituição de imposto de renda pago na França; confira as regras

16 de junho de 2025 - 19:53

O pedido é aplicável aos detentores dos papéis elegíveis aos dividendos declarados em 2 de junho

APERTEM OS CINTOS

Gol (GOLL54) perde altitude e ações desabam 70% após estreia turbulenta com novo ticker

16 de junho de 2025 - 19:43

A volatilidade ocorre após saída da aérea do Chapter 11 e da aprovação do plano de capitalização com a emissão de novas ações

DINHEIRO DIRETO NA CONTA

Renda passiva com mais dividendos: PagBank (PAGS34) entra no radar de bancão americano e dos investidores

16 de junho de 2025 - 19:30

A instituição financeira brasileira foi além: prometeu mais três pagamentos de proventos, o que animou o mercado

VOANDO ALTO

Embraer (EMBR3): dois gatilhos estão por trás do salto de 6% das ações nesta segunda-feira (16)

16 de junho de 2025 - 18:19

Os papéis atingiram a máxima de R$ 71,47 hoje, mas acabaram fechando o dia um pouco abaixo desse valor, cotados a R$ 69,99

AÇÃO ESTÁ CARA?

LWSA (LWSA3) cai no radar do Itaú BBA e pode subir até dois dígitos em 2025 — mas você não deveria comprar as ações agora

16 de junho de 2025 - 18:10

O banco iniciou a cobertura das ações da empresa com recomendação market perform, equivalente a neutro. Entenda o que está por trás da tese mais conservadora

MERCADOS HOJE

Cessar-fogo no radar dos investidores: Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos, enquanto dólar e petróleo perdem fôlego

16 de junho de 2025 - 15:27

O Irã sinaliza que busca um fim para as hostilidades e a retomada das negociações sobre seu programa nuclear

ADEUS, B3

17 OPA X 0 IPO: Em meio à seca de estreias na bolsa, vimos uma enxurrada de OPAs — e novas regras podem aumentar ainda mais essa tendência

16 de junho de 2025 - 6:02

Mudança nas regras para Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) que entram em vigor em 1º de julho devem tornar mais simples, ágil e barato o processo de aquisição de controle e cancelamento de registro das companhias listadas

ATENÇÃO ACIONISTAS

Dividendos bilionários: JBS (JBSS32) anuncia data de pagamento de R$ 2,2 bilhões em proventos; veja quem tem direito a receber

14 de junho de 2025 - 10:53

Após o pagamento dos dividendos, há ainda uma previsão de leilão das frações de ações do frigorífico

FIIS HOJE

Quatro fundos imobiliários estão em vias de dizer adeus à B3, mas envolvem emissões bilionárias de outros FIIs; entenda o imbróglio

13 de junho de 2025 - 14:23

A votação para dar fim aos fundos imobiliários faz parte de fusões entre FIIs do Patria Investimentos e da Genial Investimentos

PAPEL NA CARTEIRA

É hora de comprar Suzano? Bancão eleva recomendação para ações e revela se vale a pena colocar SUZB3 na carteira agora

13 de junho de 2025 - 13:55

O Goldman Sachs aponta quatro razões principais para apostar nas ações da Suzano neste momento; veja os pilares da tese otimista

MAIS BTC PRA CONTA?

Méliuz (CASH3) levanta R$ 180,1 milhões com oferta de ações; confira o valor do papel e entenda o que acontece agora

13 de junho de 2025 - 12:53

O anúncio de nova oferta de ações não foi uma surpresa, já que a plataforma de cashback analisava formas de levantar capital para adquirir mais bitcoin

NOVIDADE

Compensação de prejuízos para todos: o que muda no mecanismo que antes valia só para ações e outros ativos de renda variável

12 de junho de 2025 - 19:09

Compensação de prejuízos pode passar a ser permitida para ativos de renda fixa e fundos não incentivados, além de criptoativos; veja as regras propostas pelo governo

DECOLANDO

Com o pé na pista e o olho no céu: Itaú BBA acredita que esses dois gatilhos vão impulsionar ainda mais a Embraer (EMBR3)

12 de junho de 2025 - 18:23

Após correção nas ações desde as máximas de março, a fabricante brasileira de aviões está oferecendo uma relação risco/retorno mais equilibrada, segundo o banco

MEXENDO NA BOLSA

Ações, ETFs e derivativos devem ficar sujeitos a alíquota única de IR de 17,5%, e pagamento será trimestral; veja todas as mudanças

12 de junho de 2025 - 17:40

Mudanças fazem parte da MP que altera a tributação de investimentos financeiros, publicada ontem pelo governo; veja como ficam as regras

MOVIMENTO INÉDITO

Banco do Brasil (BBAS3) supera o Itaú (ITUB4) na B3 pela primeira vez em 2025 — mas não do jeito que o investidor gostaria

12 de junho de 2025 - 16:49

Em uma movimentação inédita neste ano, o BB ultrapassou o Itaú e a Vale em volume negociado na B3

NA MIRA DO LEÃO

Adeus, dividendos isentos? Fundos imobiliários e fiagros devem passar a ser tributados; veja novas regras

12 de junho de 2025 - 15:48

O governo divulgou Medida Provisória que tira a isenção dos dividendos de FIIs e Fiagros, e o investidor vai precisar ficar atento às regras e aos impactos no bolso

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar