Unidas por Lemann? Americanas (AMER3) propõe grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’ e abre espaço para aumento bilionário de capital
Na última terça-feira (21), as ações fecharam a R$ 0,53 na B3; veja o que muda para o acionista
![Americanas](https://media.seudinheiro.com/uploads/2023/01/Americanas-efeito-congelamento-Avenida-Brasil-com-logo-desfocado-creditos-Pinterest-montagem-Brenda-Silva-628x353.jpg)
Há pouco mais de um ano, a Americanas (AMER3) entrou em recuperação judicial e a crise atinge drasticamente as ações.
Em janeiro de 2023, os papéis estavam cotados a cerca de R$ 12; hoje valem cerca de R$ 0,50. Com a drástica redução dos preços, a varejista tenta se livrar da condição de ‘penny stock’ — que são ações negociadas abaixo de R$ 1.
Para isso, a companhia aprovou o grupamento de ações ordinárias na proporção de 100 para 1. Ou seja, grupos de 100 papéis AMER3 vão se unir para formar uma nova ação — e o preço também será multiplicado pelo mesmo fator. Um dos motivos para a medida é reduzir a volatilidade dos papéis.
As ações ‘unidas’ começam a ser negociadas a partir de 17 de julho. A considerar o fechamento da última terça-feira (21), quando o AMER3 terminou o dia cotado a R$ 0,53, o valor de cada ação seria de R$ 53 com o grupamento. Siga os mercados.
Vale lembrar que a operação não muda o valor do capital social e de mercado da empresa. Mesmo com menos ações em negociação, o valor do papel é multiplicado pela razão de grupamento, neste caso, por 100.
Americanas: aumento de capital
Além do grupamento de ações, a Americanas anunciou a aprovação de um aumento de capital da companhia de até R$ 40,7 bilhões.
A medida, porém, estava prevista no plano de recuperação judicial da Americanas e, portanto, a expectativa já era de aprovação.
"É um plano para salvar a companhia. Sem esse plano, não tem companhia", disse uma pessoa próxima à empresa, dias antes da Assembleia Geral.
A proposta aprovada prevê a emissão de até 31,3 bilhões de novas ações ordinárias, ao preço de emissão de R$ 1,30 por ação.
Além disso, há a previsão da emissão de até 10,4 bilhões de bônus de subscrição, atribuídos como vantagem adicional aos subscritores das novas ações, na proporção de 1 bônus de subscrição para cada grupo de 3 ações subscritas.
Os acionistas poderão exercer o direito de preferência para a subscrição das novas ações ordinárias na proporção de suas participações no capital social da companhia, no prazo de 30 dias corridos — entre 22 de maio de 2024 a 21 de junho de 2024.
*Com Estadão Conteúdo
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