Três fundos imobiliários do “clube do bilhão” são os mais recomendados para o mês; confira os FIIs favoritos de 11 corretoras
O trio de favoritos de fevereiro encomendou ofertas bilionárias na bolsa para preparar os cofres e aproveitar oportunidades no mercado

As perspectivas são boas para o mercado imobiliário neste ano. Com os juros caindo, o setor deve se aquecer e permitir que os fundos imobiliários de tijolo — que investem em ativos reais como escritórios, shoppings e galpões logísticos — ampliem ainda mais os portfólios ou invistam em melhorias nos ativos que já estão na carteira.
Mas, para isso, é preciso ter dinheiro em caixa, e os três FIIs mais recomendados para este mês já trataram de encomendar ofertas bilionárias para preparar os cofres para aproveitar as possíveis oportunidades na indústria.
O campeão de indicações de fevereiro, por exemplo, BTG Pactual Logística (BTLG11) anunciou no final de janeiro uma emissão de cotas que deve movimentar cerca de R$ 1,2 bilhão. E isso considerando apenas o montante inicial — caso o lote adicional entre em jogo, a cifra pode subir para R$ 1,5 bilhão.
O fundo, que apareceu entre os favoritos de cinco das 11 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro, tem planos para o dinheiro: expandir um portfólio que já está entre os 15 maiores de toda a indústria de FIIs.
O BTLG11 já tem até alguns alvos na mira. Segundo o prospecto da operação, a gestão está atualmente em processo de “auditoria avançada” para comprar três ativos localizados em São Paulo que custarão R$ 800 milhões.
Os outros dois FIIs que completam o pódio dos analistas, com quatro recomendações cada, também movimentam cifras altas com emissões de cotas. O XP Malls (XPML11) levantou um R$ 1 bilhão no início desta semana, enquanto o VBI Prime Properties (PVBI11) quer captar R$ 800 milhões com uma oferta que deve ser liquidada no mês que vem.
Leia Também
Te contamos os detalhes sobre cada uma das operações abaixo, mas, antes disso, confira todos os fundos imobiliários (FIIs) que formam o ‘top 3’ das corretoras em fevereiro:
*Entendendo o FII do Mês: Todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 fundos imobiliários, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
O que está na mira do BTG Pactual Logística (BTLG11)
O patrimônio líquido do BTG Pactual Logística já está entre os 10 maiores da B3, com mais de R$ 3 milhões. E essa cifra deve crescer ainda mais com a oferta que deve ser liquidada ainda este mês.
Para a Empiricus, caso o pipeline listado — e formado pelos três ativos já citados acima — se concretize, o fundo deve ultrapassar o patamar de 1 milhão de metros quadrados de Área Bruta Locável (ABL).
Com isso, ainda segundo a casa de análise, o FII deve se consolidar “como um dos maiores players logísticos do estado de São Paulo, região dominante no segmento”.
Além da oferta de cotas, o BTLG11 também garantiu mais dinheiro para o caixa no mês passado com a venda de sua participação de um imóvel localizado em São Bernardo do Campo, no Estado de São Paulo.
O negócio renderá R$ 212,5 milhões por uma fração de 25% do ativo, que ainda está em desenvolvimento no terreno onde funcionava a fábrica da Ford no ABC Paulista até 2019.
Considerando o atual estágio do projeto, o FII calcula que gastou R$ 176,3 milhões com o projeto. A gestão explica que a tese de investimento inicial incluía a expectativa de desenvolvimento e apreciação de um complexo logístico no local.
"No entanto, devido às condições adversas de mercado ao longo dos últimos anos, decorrentes especialmente dos efeitos do aumento da taxa de juros, e sensível elevação dos custos de construção, a gestora vislumbrou na alienação do ativo uma oportunidade de melhor destinação dos recursos e distribuição de lucro para seus cotistas", destaca o BTLG11.
A oferta feita pelo comprador representa um ganho de capital de 20,5%. Assim, o lucro com a venda deve ser de cerca de R$ 1,27 por cota.
ONDE INVESTIR EM FEVEREIRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS, BDRS E CRIPTOMOEDAS - MELHORES INVESTIMENTOS
As medalhas de prata entre os fundos imobiliários
O segundo destaque do mês, VBI Prime Properties (PVBI11), é outro FII que foi ao mercado já com objetivos claros traçados pela gestão: levantar recursos para adquirir novos ou aumentar a participação em imóveis de alta qualidade construtiva e em localizações privilegiadas para o mercado de escritórios.
Parte do valor captado — que pode chegar a R$ 1 bilhão caso o fundo utilize o lote adicional de sua emissão de cotas — deve ser destinado às negociações para a compra do Edifício Faria Lima 4.440, localizado no centro financeiro de São Paulo.
O PVBI11 já é dono de 50,5% do prédio e quer comprar os outros 49,5% de outro fundo, o VBI TR Faria Lima 4440 (FLFL11). Porém, como ambos os fundos são geridos pela mesma gestora, a VBI, a transação apresenta um potencial conflito de interesse.
Vale destacar que os cotistas do PVBI11 liberaram no ano passado a compra de cotas de outros FIIs geridos pela VBI, mas uma nova assembleia geral de investidores de ambos os fundos pode ser necessária.
O pipeline do VBI Prime Properties inclui ainda outros três ativos. Dois deles estão localizados na região da Faria Lima, enquanto outro fica nos Jardins, uma das áreas mais nobres da capital paulista. Confira os detalhes:
Por fim, a segunda medalha de prata de fevereiro foi para o XP Malls (XPML11), um fundo de shoppings que completou recentemente sua décima emissão de cotas e captou o valor máximo pretendido — R$ 1 bilhão.
Vale relembrar que o FII já havia levantado outros R$ 562 milhões com uma oferta concluída há pouco mais de seis meses, em agosto do ano passado.
Segundo a Empiricus, a gestão tem aproveitado o dinheiro e o momento aquecido para o segmento de shoppings para adquirir novos ativos a cap rates — ou taxas de capitalização — acima do portfólio atual, além de aprimorar a estrutura de capital por meio do pagamento de dívidas.
Outro ponto positivo é que, na visão da casa de análises, o XPML11 negocia a preços atrativos na bolsa de valores: “Mesmo após a alta de 1,2% de suas cotas em janeiro, acreditamos que o seu atual patamar de preço apresenta um upside convidativo.”
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela