Juros bem baixinhos nos EUA? S&P 500 fecha em recorde, mas Ibovespa não acompanha. O que fez a bolsa subir lá fora e cair aqui
O S&P 500 acumulou ganho de 2%, registrando o primeiro setembro positivo desde 2019. Já o Ibovespa perdeu mais de 3% no mês e foi acompanhado pelo dólar no mercado à vista
O S&P 500 fechou em um novo recorde nesta segunda-feira (30), encerrando um mês e de um trimestre vencedor em Wall Street. O Ibovespa, não conseguiu acompanhar o ritmo de ganhos e acabou terminando o dia em queda, depois de renovar mínima.
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, foi o grande patrocinador dos ganhos de hoje em Wall Street.
O chefão do BC norte-americano sinalizou com mais cortes de juros adiante, embora tenha alertado que a autoridade monetária não tem decisões ou ritmo de cortes predeterminados.
“Este não é um comitê que tem pressa para cortar os juros”, disse Powell.
O que Powell fala e o que o mercado entende
Na interpretação do mercado, o Fed deve cortar juros em 25 pontos-base nas duas próximas reuniões de política monetária, marcadas para novembro e dezembro.
"Se a economia evoluir como o esperado, vamos mover a política monetária para uma postura mais neutra", afirmou Powell.
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Em discurso e painel de perguntas e respostas na Conferência da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe), ele disse que, no nível em que se encontra o mercado de trabalho agora, já é possível trazer a inflação à meta de 2% ao ano, sem desacelerar ainda mais a criação de vagas.
"Os indicadores mostram que o mercado de trabalho continua sólido. Nós vamos tomar decisões para garantir que o nível de emprego permaneça exatamente onde está", disse.
Segundo ele, os próximos indicadores sobre emprego nos Estados Unidos definirão a decisão de juros em novembro.
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A bolsa reage lá fora e patina aqui
O fechamento desta segunda-feira marcou o fim de um mês e trimestre fortes, mas instáveis, para a bolsa de Nova York.
Os mercados tiveram um começo difícil para o que é historicamente o mês mais fraco para o mercado de ações, mas se recuperaram quando o Federal Reserve cortou os juros em 50 bp em setembro.
O Dow Jones encerrou o dia com alta de 0,04%, aos 42.330,15 pontos. Já o S&P 500 subiu 0,42%, aos 5.762,48 pontos e o Nasdaq avançou 0,38%, aos 18.189,17 pontos.
No mês, o Dow avançou 1,9%, e o Nasdaq ganhou 2,7%. O S&P 500 adicionou 2%, registrando o primeiro setembro positivo desde 2019.
Por aqui, o Ibovespa acumulou perda de 3,08% em setembro, interrompendo a recuperação vista entre junho e agosto.
Após renovação de recordes no intradia e também no encerramento desse período, o principal índice da bolsa brasileira iniciou um movimento de correção gradual que o mantém agora pouco abaixo dos 132 mil pontos.
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Nesta segunda, o Ibovespa terminou o dia com baixa de 0,69%, aos 131.816,44 pontos. Os dois setores de maior peso pesaram no desempenho do índice: commodities e finanças. As ações Petrobras ON e PN cederam, respectivamente, 0,63% e 0,28% - no mês, recuaram 8,5%.
O dia também foi ruim para os grandes bancos, com Bradesco em baixa de até 1,61% no fechamento do dia. No mês, todas as maiores instituições recuaram, em especial Bradesco ON (-7,29%) e PN (-6,01%).
O desempenho do setor metálico também não correspondeu hoje ao forte avanço, de 10,71% nos contratos futuros de minério na China, após o anúncio de novas medidas de incentivo ao mercado imobiliário no país.
Vale subiu até o meio da tarde, mas mudou de direção (-0,70%), na mínima do dia no fechamento, acumulando ganho de 6,60% no mês e ainda cedendo 11,40% no ano.
Na ponta positiva do Ibovespa, destaque para Azul (+4,87%), Vamos (+1,69%) e JBS (+1,67%). No lado oposto, Assaí (-8,00%), Petz (-3,87%) e Cogna (-3,76%).
No mercado de câmbio, o dólar à vista fechou em alta de 0,21%, a R$ 5,4474. No acumulado de setembro, a moeda norte-americana cedeu 3,33% ante o real.
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Embora algumas analogias de fato possam ser feitas, sobretudo porque a direção guarda alguma semelhança, a comparação parece bastante imprecisa
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