Fed: Powell vai ter coragem de seguir o BCE de Lagarde e elevar os juros? Saiba o que dizem as apostas agora
Nesta quinta-feira (16), o banco central da zona do euro elevou as taxas em 0,50 ponto percentual (pp) mesmo depois que problemas nos bancos regionais norte-americanos e no Credit Suisse levaram pânico aos mercados

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, correu para que o chefão do Federal Reserve (Fed) pudesse andar — agora resta saber se Jerome Powell seguirá os planos de perseguir a inflação com mais um aumento da taxa de juros. As apostas dos traders voltaram a indicar que sim, pero no mucho.
Nesta quinta-feira (16), o BCE elevou os juros em 0,50 ponto percentual (pp) mesmo depois dos problemas nos bancos regionais norte-americanos e no Credit Suisse.
Lagarde bancou a decisão — que colocou a taxa de refinanciamento em 3,50%; a de depósitos, em 3%; e a de empréstimos, em 3,75% — dizendo que viveu a crise de 2008 e que, caso seja necessário, o BCE tem as ferramentas adequadas para manobrar a situação.
“Se for necessário, nós temos as ferramentas, temos os mecanismos disponíveis, e também temos uma caixa com outros instrumentos que estamos sempre prontos para ativar se e quando necessário”, disse ela.
- Leia também: Quebra do SVB e risco de crise bancária viram projeções pelo avesso e mercado agora antecipa corte de juros nos EUA
Fed: devagar com o andor que o santo é de barro
Depois que o Silicon Valley Bank (SVB) quebrou na semana passada e foi seguido pela falência do Signature Bank, a luz amarela acendeu para o Fed — o mercado já tinha visto o filme de bancos regionais fechando as portas, no que culminou na crise de 2008 com o Lehmann Brothers.
A situação piorou ontem, quando o Credit Suisse informou que um investimento saudita não estava mais disponível.
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Os investidores passaram a duvidar das condições para o Fed elevar os juros na reunião da próxima semana e teve banco grande apostando na reversão dos planos. O Goldman Sachs, por exemplo, passou a prever o corte da taxa referencial nos EUA.
Esse cenário mudou quando, no fim do dia de ontem, o BC suíço anunciou ajuda ao Credit Suisse. As ações do banco dispararam hoje e a situação foi , pelo menos aparentemente, contida.
Os traders ficaram mais animados e voltaram a apostar massivamente no aumento da taxa de juros pelo Fed. Só que como o santo é de barro, a possibilidade de elevação de 0,50 pp como fez o BCE hoje foi retirada da mesa. Entrou em cena, de novo, uma alta mais modesta, de 0,25 pp — o que colocaria os juros nos EUA na faixa entre 4,75% a 5,00% ao ano.
De acordo com dados do CME Group, as chances de o Fed elevar os juros em 0,25 pp passaram de 54,6% ontem para 81,9% agora. Já a probabilidade de manutenção no nível atual de 4,50% a 4,75% ao ano baixaram de 45,4% ontem para 18,1% agora. Já as apostas em um aumento de 0,50 pp estão zeradas.
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O que dizem os especialistas?
A leitura do economista-chefe internacional do ING, James Knightley, é de que se o BCE aumentasse os juros e os mercados reagissem mal, o Fed provavelmente pensaria duas vezes para subir a taxa — mas não foi o que aconteceu.
“Como os mercados seguiram em frente, o movimento de 0,25 pp do Fed é o mais provável”, disse Knightley.
O UBS BB também está em linha com as apostas dos traders de um aperto monetário de 0,25 pp na reunião de 21 e 22 de março.
“Apesar da recente turbulência no setor bancário, o Fed ainda tem um problema de inflação e, como disse o presidente Powell na semana passada, ainda tem trabalho a fazer”, diz o banco em nota.
Segundo o UBS BB, o comitê de política monetária do Fed (Fomc, na sigla em inglês) deve argumentar que o sistema bancário permanece forte e resiliente o suficiente para resistir a um aumento de 0,25 pp.
O Danske Bank também aposta na alta dos juros. Segundo o banco dinamarquês, apesar da incerteza em torno dos riscos para a estabilidade financeira, o Fed manterá o plano de subir a taxa para controlar a inflação.
“As pressões de preços de alimentos, frete e energia claramente diminuíram. Os mercados de trabalho permanecem aquecidos e, embora as pressões salariais tenham mostrado sinais preliminares de redução, as pressões subjacentes sobre os preços permanecem rígidas”, diz o Danske em nota.
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