Brics anuncia expansão e vai apoiar Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU
Expansão do bloco e pressão por reforma da ONU foram os principais resultados da reunião de cúpula do Brics em Johannesburgo
![BRICS](https://media.seudinheiro.com/uploads/2018/11/shutterstock_270205340-715x402.jpg)
A reunião de cúpula do Brics encerra-se nesta quinta-feira (24) com o anúncio da expansão do bloco e o apoio à promoção de Brasil, Índia e África do Sul à condição de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O estabelecimento de uma moeda comum para as trocas entre os integrantes do bloco também segue no radar.
A entrada de Brasil, Índia e África do Sul na condição de membros permanentes do Conselho de Segurança faria parte de uma reforma abrangente da ONU defendida pelo Brics e consta do rascunho do texto final do encontro de cúpula.
O apoio ganha relevância pelo fato de China e Rússia assinarem o documento. Os dois países integram o grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU ao lado de Estados Unidos, Reino Unido e França.
O Conselho de Segurança é mais alta instância decisória da ONU. Atualmente, os membros permanentes têm poder de veto nas votações do conselho.
Veja o que diz o trecho do comunicado final sobre o assunto.
“Nós apoiamos uma reforma abrangente da ONU, inclusive do Conselho de Segurança, com a visão de torná-lo mais democrático, representativo, efetivo e eficiente, e para aumentar a representação de países em desenvolvimento entre os membros do Conselho, para que ela possa responder de modo adequado aos desafios atuais globais, e apoiamos as aspirações legítimas de países emergentes e em desenvolvimento de África, Ásia e América Latina, incluindo Brasil, Índia e África do Sul, de ter um papel maior nas questões internacionais, em particular nas Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança.”
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Expansão do Brics
O Brics terá seis novos membros a partir de 1º de janeiro de 2024. A entidade passará a contar com a participação de Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Inicialmente, o processo de expansão parecia se encaminhar para a entrada de cinco novos membros.
No entanto, a África do Sul, anfitriã da reunião de cúpula deste ano, pressionou pelo ingresso da Etiópia. Segunda nação mais populosa da África, a Etiópia é também sede da União Africana (UA).
Quando a adesão dos seis novos membros for concluída, o Brics vai abranger 36% da economia mundial.
Vale lembrar que cerca de dezenas de países já manifestaram interesse formal de adesão ao bloco.
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A origem do Brics
A sigla Bric como referência ao conjunto de potências emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China apareceu pela primeira vez em 2001. A ideia foi formulada por Jim O’Neill, então economista-chefe do Goldman Sachs.
Em 2006, o quarteto transformou a ideia em uma instituição internacional orientada às aspirações e interesses das nações do chamado Sul Global.
A primeira expansão do Bric ocorreu em 2011. Com o acesso da África do Sul, o Bric virou Brics, com a adição da letra ‘S’ como referência a South Africa.
Apesar do anúncio da nova expansão, não há menção a uma eventual nova mudança de nome do bloco.
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