O que o apoio de Bullrich a Milei muda no segundo turno das eleições na Argentina — e como Massa pode reagir a isso
A ex-ministra da Justiça, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, conversa com as alas mais conservadoras da sociedade, tem uma postura ao estilo “linha dura” no combate às drogas e à violência e está mais alinhada a Milei
O clima de segundo turno nas eleições da Argentina já está presente, principalmente nas negociações de alianças para um futuro governo. Sergio Massa, candidato governista e ministro da Economia, e Javier Milei, oposição de extrema-direita, se enfrentam pela segunda vez no dia 19 de novembro deste ano.
Em um primeiro momento, muitos se perguntavam quem Patricia Bullrich, terceira colocada no primeiro turno, iria apoiar. Ela evitou dar declarações na segunda-feira (23) após a eleição, mas nesta quarta-feira (25) a ex-ministra da Justiça declarou apoio ao ultraliberal.
“Temos diferenças com Javier Milei, não escondemos isso, mas a maioria dos argentinos votou por uma mudança e não podemos ser neutros. Temos que unir forças para um objetivo em comum”, disse ela após uma reunião que contou com a presença de Maurício Macri, ex-presidente da Argentina. Ambos fazem parte do partido Juntos por el Cambio (Juntos pela Mudança, em espanhol).
Veja a seguir como fica o cenário para o segundo turno das eleições no país:
Segundo round na Argentina: luvas e apoios de fora
A pergunta que todos querem responder é: para quem irá os mais de 6,2 milhões de votos de Patricia Bullrich? Antes, é preciso entender quem é o eleitorado da ex-ministra da Justiça de Macri.
Bullrich conversa com as alas mais conservadoras da sociedade e tem uma postura ao estilo “linha dura” no combate às drogas e à violência. Ela é conhecida como “dama de ferro argentina”, em alusão a Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra britânica.
Leia Também
Apesar de ter participado do governo Macri (2015-2019), ela se coloca como uma candidata anti-status quo. Sua plataforma de maior liberdade econômica e câmbio livre — juntamente com uma profunda oposição ao peronismo e ao kirchnerismo — a aproximam de Milei mais do que de Massa.
Vale ressaltar, porém, que o comportamento do eleitorado pode mudar em um eventual segundo turno. Em outras palavras, nada garante que os 6,2 milhões de votos de Bullrich sejam totalmente direcionados para Milei.
- ‘É a melhor empresa do brasil’: ação já decolou 4.200% desde o ipo, é líder de mercado e está barata
E os demais…
Do lado de Massa, ele precisa de cerca de 3,5 milhões de votos para vencer o segundo turno.
De acordo com o Diretor do Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Alfredo Serrano Mancilla, o atual candidato e ministro da Economia pode contar “com 100% dos votos” dos quarto e quinto colocados, Juan Schiaretti e Myriam Bregman, respectivamente.
Juntos, os candidatos conseguiram pouco menos de 2,5 milhões de votos, ou seja, Massa precisaria de “apenas” um milhão de votos a mais para vencer.
Pesquisa eleitoral na Argentina: o favorito é…
A candidatura de Javier Milei parece ter perdido fôlego nas últimas pesquisas. Segundo a empresa de consultoria Proyección, publicada no jornal Página 12, o ministro da Economia venceria o ultraliberal por 44,6% a 34,2% dos votos válidos.
Já nas projeções da CB Consultoria, Milei levaria 41,6% dos votos válidos, enquanto Massa ficaria com 40,4%.
Na mesma pesquisa, vale ressaltar que o segundo turno será uma batalha de rejeições. Isso porque 48,2% dos entrevistados afirmaram que nunca votariam em Massa, enquanto 43,8% disseram que nunca optariam por Milei.
Prós e contras de cada candidato
A partir de agora, Milei tem a seu favor o partido Juntos por el Cambio e seu discurso antipolítica, que conseguiu conquistar parte significativa do eleitorado enfadado das medidas que culminaram no cenário econômico atual — uma inflação de mais de 140% em 12 meses e perda do poder de compra com o dólar em disparada.
Do outro lado, Massa tem toda a máquina do governo a seu favor — que o ajudou a garantir o segundo lugar nas primárias e a liderança no primeiro turno —, juntamente com alguns aliados na América Latina — como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Brasil.
Rodolfo Amstalden: A afirmação seguinte é verdadeira, e a anterior é falsa
No início da semana, o Focus – que andava dormente em relação à Selic – trouxe um salto repentino de 10,50% para 11,25% ao final de 2024
‘Efeito Kamala’ faz bitcoin (BTC) cair após debate com Donald Trump, mas dado de inflação salva criptomoedas hoje
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em agosto, em linha com as previsões
Kamala Harris domina debate, e Donald Trump demonstra pouco preparo, afirma analista Nate Silver – mas ele ainda enxerga disputa acirrada pela Casa Branca
O bom desempenho de Kamala Harris durante o debate contra Donald Trump abre oportunidades para novos eventos. Democratas ainda enfrentam obstáculos na corrida eleitoral pela presidência dos EUA
Donald Trump vs Kamala Harris: os melhores momentos do primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA
Donald Trump e Kamala Harris se enfrentaram pela primeira vez na corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos; os candidatos falaram sobre economia, guerra na Ucrânia e aborto
O que dizer sobre Trump e Kamala? Em dia de inflação nos EUA, mercados reagem ao desempenho dos candidatos à presidência
Além disso, os investidores aguardam os dados do índice de inflação dos EUA, o CPI, serão divulgados nesta quarta-feira, às 9h30
Morar e comer ficou mais barato: veja o que levou a inflação a cair pela primeira vez em mais de um ano. E agora, Campos Neto?
O IPCA de agosto caiu 0,02% no mês de agosto; a mediana das projeções dos especialistas ouvidos pelo Broadcast apontava para uma alta de mesma intensidade
Debates e embates: Ibovespa acompanha IPCA de agosto em dia de debate entre Donald Trump e Kamala Harris
Principal índice da B3 tenta manter os ganhos do dia anterior na esteira dos dados de agosto, que serão conhecidos às 9h desta terça-feira
Por que investir no exterior é importante mesmo quando os rendimentos em renda fixa no Brasil estão tão atraentes?
Especialistas discutiram como os eventos globais estão moldando as estratégias de investimento e a importância da diversificação internacional
Depois de virar as costas para o bitcoin (BTC), Rússia começa a testar pagamentos internacionais com criptomoedas neste mês
Apesar da recente legislação, a proibição da Rússia de usar criptomoedas para pagamentos domésticos continua em vigor
Stuhlberger pessimista com a bolsa. Por que o fundo Verde reduziu exposição a ações brasileiras ao menor nível desde 2016 depois da pernada do Ibovespa em agosto
Para a gestora do lendário fundo, a situação fiscal do Brasil encontra-se na “era da política pública feita fora do Orçamento”
Boletim Focus se rende ao mercado e eleva projeção da Selic para 2024 pela primeira vez em onze semanas
Com isso, a perspectiva de juros passou de 10,5% ao ano para 11,25% ao ano, uma alta de 0,75 ponto percentual (p.p.)
Round 2 da bolsa: Ibovespa acompanha inflação dos EUA em preparação para dados do IPCA
Nos EUA, aumentam as apostas por um corte de juros maior; por aqui, inflação persistente sinaliza aumento das taxa Selic
Agenda econômica: Inflação e prévia do PIB são destaque nesta semana, com decisão de juros do BCE no radar
Também acontece nesta semana a publicação dos números de inflação dos Estados Unidos, medidos pelo CPI
A chance de um corte de juros mais intenso nos EUA aumentou? Economistas dizem o que esperar depois do payroll
Reação do mercado leva em consideração a revisão dos dados de postos de trabalho criados em junho e julho, segundo o payroll
Ajuste seu alarme: Resultado do payroll define os rumos dos mercados, inclusive do Ibovespa; veja o que esperar
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano será decisivo para antecipar o próximo passo do Fed
O Copom “errou a mão” nas decisões de juros? Diretor do Banco Central revela perspectivas sobre Selic, inflação e intervenções no câmbio
Segundo Diogo Guillen, a visão do Copom não mudou em relação a fazer o que for necessário para convergir a inflação à meta de 3% ao ano
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa repercute cardápio de notícias locais e dados sobre o mercado de trabalho dos EUA
Números do governo central e da balança comercial dividem atenção com Galípolo, conta de luz e expectativa com payroll nos EUA
Embraer (EMBR3), Yduqs (YDUQ3) e Petz (PETZ3) são as maiores altas da bolsa em dia de ganho de 1% do Ibovespa
O mercado também devolve parte das perdas recentes; nas duas primeiras sessões de setembro, o principal índice de ações da B3 chegou a acumular queda de 1,21%
O mês do cachorro louco mudou? Depois das máximas históricas de agosto, Ibovespa luta para sair do vermelho em setembro
Temores referentes à desaceleração da economia dos EUA e perda de entusiasmo com inteligência artificial penalizam as bolsas
Existe espaço para o real se fortalecer mesmo que o Banco Central não suba a Selic — e aqui estão os motivos, segundo a Kinea Investimentos
Apesar do “efeito Rashomon” nos mercados, gestora se mantém comprada na moeda brasileira e no dólar norte-americano