Mark Zuckerberg criou uma ‘arma’ que pode ser letal para o seu bolso: descubra como escapar dessa armadilha

Álvaro de Campos — um dos heterônimos de Fernando Pessoa — nunca usou o Instagram, mas o Poema em Linha Reta é perfeitamente capaz de descrever o sentimento de passar alguns minutos (ou horas) rolando o feed da rede social.
Nunca conheci ninguém que tivesse levado porrada
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo
Álvaro de Campos, Poema em Linha Reta
Eu, em especial, sinto-me a criatura mais fracassada do planeta muitas vezes. A menos divertida, mais feia e, definitivamente, a mais pobre.
Foi em uma dessas ocasiões que me peguei prestes a gastar R$ 500 reais em uma maquiagem da qual eu não preciso, mas que havia lotado o meu feed.
Foram várias recomendações — tanto de influenciadores, como de pessoas que eu realmente conheço. Todas na rede de Mark Zuckerberg.
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Em resumo, parecia que aquele produto seria capaz de “curar” minha irremediável imperfeição. Pelo menos enquanto ele não se tornasse mais um elemento empoeirado no meu guarda-roupa.
Acabei não comprando. Mas, na semana seguinte, gastei um bom dinheiro num restaurante onde vários dos meus amigos tinham postado stories no Instagram há algum tempo. Odiei a comida.
Agora você pode estar achando que este é um relato muito pessoal para uma newsletter em um veículo de finanças. Mas meu ponto é: as redes sociais não param de nos incentivar a gastar dinheiro.
Diante dessa constatação, eu tive que encontrar uma saída para mim e para meu bolso. Afinal, sou analista de Mídias Sociais do Seu Dinheiro e não posso simplesmente abandonar o Instagram e cia — nem acho que você deveria fazer isso.
Há uma forma de fugir dessas tentações sem precisar ser radical ao ponto de abandonar todas elas. Até porque os vídeos de cachorrinhos fofos ou memes engraçados não vão aparecer na sua caixa de correio.
Fernando Pessoa seria ainda mais ‘fracassado’ na era de Mark Zuckerberg?
Uma equipe de marketing “especialista em você” te coloca dentro de um shopping feito sob medida para te agradar e te explica por que você deveria comprar tudo que está ali. Todos os dias durante oito horas (em média).
Esse é o ambiente que as redes sociais criam para nós.
Um estudo da Universidade de Toronto pesquisou a relação das redes sociais com o padrão de consumo do usuário médio e sugere que a exposição nos incentiva sim a gastar cada vez mais — principalmente em coisas supérfluas.
E a culpa é do chamado viés de visibilidade.
De acordo com um dos autores da pesquisa, David Hirshleifer, professor da Universidade da Califórnia em Irvine, ter um acesso tão facilitado às melhores partes da vida de uma pessoa (seja ela conhecida nossa ou não) altera nosso padrão de consumo.
Lá tudo o que conseguimos ver é no que as pessoas estão gastando. “Nós destacamos mais o consumo do que o inverso”, explica Hirshleifer à BBC.
E isso se intensifica conforme os meios de comunicação se tornam mais baratos e atingem cada vez mais pessoas. Por exemplo, mesmo que um amigo nosso tenha uma vida comum, se olharmos em seu feed, tudo que vamos encontrar é um restaurante caro ou uma viagem incrível que fez.
Nós sentimos a necessidade de nos equiparar. A “falta” é um dos piores sentimentos para o seu humano.
Ou seja, essa relação nos incentiva a gastar cada vez mais dinheiro.
Quem não quer se tornar um semideus?
Arre, estou farto de semideuses
Onde é que há gente no mundo?
Além do viés da visibilidade, uma coisa que transforma as redes em um ambiente potencialmente perigoso para o seu bolso é o grande mercado de influenciadores no país.
O Brasil é um dos maiores mercados globais de marketing de influência no mundo. De acordo com dados do Influencer Marketing Hub, estamos falando de um mercado global que vale cerca de US$ 13,8 bilhões — crescimento de 40% em cinco anos, ainda segundo dados da plataforma.
Essas pessoas literalmente recebem dinheiro para te influenciar a fazer compra atrás de compra, sem pensar muito sobre. As redes criam um ambiente de proximidade do 'Influencer' com o público, o que fortalece a confiança e gera um incentivo ainda maior ao consumo.
Além disso, essas pessoas sempre se mostram absolutamente irretocáveis na internet. Quem não quer se tornar um semideus?
Os mortais são bem mais interessantes
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Se você experimenta um sentimento parecido com esse quando está nas redes sociais, espero que este texto tenha ajudado você a não se sentir o único mortal em uma terra de beldades.
Mas então, qual é a saída? Abandonar completamente qualquer rede social? Não acho que seja o caso. Afinal, elas ainda oferecem uma série de benefícios.
Eu enxergo que a maneira de criar um ‘escudo’ para o seu bolso nas redes sociais é conseguir dominar o algoritmo para criar um ambiente mais saudável para você.
Existe uma forma de fazer isso: pare de seguir os semideuses, os humanos são bem mais interessantes.
Em vez de acompanhar aquele influencer que ostenta um padrão de vida inalcançável e te faz sentir insuficiente (o que te incentiva a gastar mais), opte por páginas que prezem pela realidade e te incentivem a valorizar seu patrimônio.
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