O “show de horrores” no TikTok: o vale tudo domina a plataforma e cria um monstro sedento por fama; entenda
O TikTok quer deixar de ser conhecido como a “rede das dancinhas” mas o conteúdos apelativos dominam a plataforma; entenda
![TikTok](https://media.seudinheiro.com/uploads/2019/11/shutterstock_1388508074-715x402.jpg)
A fama está a um viral de distância — para o bem ou para o mal. O TikTok está criando uma nova geração de subcelebridades e intensificou o vale tudo por views que sustenta as redes sociais. Agora, o jogo mudou de nível.
Estamos falando de uma plataforma que revolucionou a maneira de entregar conteúdo.
As outras precisam de alguma forma de engajamento (likes, compartilhamentos, comentários e etc) para que o algoritmo identifique o conteúdo que caiu no gosto do público e faça a ‘magia’ da viralização acontecer.
O TikTok é diferente.
Tudo começa com um ‘teste’. Primeiro, o vídeo é distribuído para um grupo pequeno de pessoas e, se a maior parte delas o assistir por um bom tempo — leia-se um ou dois minutos — o conteúdo passa de fase. Em seguida, o algoritmo mostra o vídeo para uma parcela maior de usuários.
O tribunal se perpetua conforme o público colabora e o número de views de um ‘zé ninguém’ pode chegar à casa das centenas de milhões.
“O TikTok sabe exatamente o que eu quero ver”
Ouvi essa frase de uma conhecida e ela resume como o app se transformou na TV da nova geração. “Ele elimina a ansiedade da escolha”, diz uma reportagem do The Washington Post que procura destrinchar os mecanismos da rede e entender sua relação com os jovens.
Essa é a engrenagem responsável por transformar a rede social chinesa em uma potência na criação de ‘novos famosos’. Para você ter uma noção, o TikTok tem mais de 40 mil contas com mais de 1 milhão de seguidores. O Instagram tem 23 mil.
Assim, o “sonho americano” ganhou uma versão adolescente da geração Z. Agora, o imaginário de uma legião de pessoas é tomado por um questionamento: “e se eu for o próximo?”.
O show de horrores
Basta colocar o termo “TikTok” no buscador do Google para aparecer uma enxurrada de vídeos que tentam dar o caminho das pedras do estrelato por lá. Mas o que realmente viraliza na “rede social das dancinhas”?
Depois de mais de dois anos usando o TikTok, uma coisa ficou clara: acima de qualquer outra, a plataforma vive à base do impacto: quem cria conteúdo para a rede chinesa precisa impressionar em menos de dois segundos.
Os criadores de conteúdo têm que entrar no jogo. Mas a verdade é que, apesar de termos acesso ao funcionamento básico da rede, ninguém sabe ao certo o que o algoritmo promove ou bane.
Então, na dúvida, a fórmula parece ser “apele o máximo possível”. Isso cria algumas “aberrações”, como jovens e adolescentes que se expõem de forma quase pornográfica em danças que viralizam, fórmulas para deixar seu amado “obcecado em 7 dias”, receitas para perder peso em um mês e assim por diante.
Um caso específico que me chamou a atenção foi o da “professora do TikTok”, que realmente ensina inglês em uma escola particular, mas decide usar o tempo da aula para fetichizar a profissão e até os alunos menores de idade.
Com 7,5 milhões de seguidores, Cibelly Ferreira se esforça em criar vídeos em que dança com estudantes e simula alguma tensão sexual com os próprios alunos na sala de aula.
É um circo de horrores, mas funciona. Resta saber por que o aplicativo que vem tentando deixar de ser conhecido como um antro de banalidades ainda permite que coisas assim viralizem.
E o Seu Dinheiro com isso?
Mesmo que as regras do jogo pareçam não favorecer o jornalismo, o Seu Dinheiro está presente no TikTok diariamente com uma série de conteúdos que podem realmente fazer diferença na sua vida.
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