Um brinde de pai: o que levou o bilionário Marcel Telles a doar toda a participação na AB InBev para o filho
A AB InBev é dona de marcas como Budweiser e Stella Artois e está avaliada em mais de US$ 112 bilhões, ou R$ 540,7 bilhões no câmbio atual

Há quem ganhe uma lembrancinha e há quem ganhe presentes inesquecíveis de Natal — e esse foi o caso de Max Herrmann Telles, filho do bilionário brasileiro Marcel Telles, cofundador da empresas de aquisições 3G Capital e um dos acionistas de referência da Americanas (AMER3).
E Max nem precisou esperar o papai Noel passar pelas chaminés e deixar presentes nas árvores de Natal no dia 25 de dezembro. Ele recebeu a sua caixinha no último dia 15 e dentro dela tinha toda a participação do pai na maior cervejaria do mundo, a AB InBev.
Para passar sua fatia adiante, Telles doou ao filho as ações que detinha em uma entidade que exerce o controle da BRC — através da qual ele e os sócios Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira detêm participação indireta na gigante de bebidas.
A BRC possui 50% de um veículo que, por sua vez, detém 33,47% das ações da AB InBev, segundo o site da companhia.
A AB InBev se originou da compra da então Anheuser-Busch pela InBev, em 2008. A companhia é dona de marcas como Budweiser e Stella Artois e está avaliada em US$ 112,1 bilhões, ou cerca de R$ 540,7 bilhões no câmbio atual.
A empresa é parte do bloco de controle da brasileira Ambev, formada em 1999 pela fusão da Antarctica e da Brahma. A compra da Brahma por Lemann, em 1989, é considerada o marco inicial do processo que levaria à criação da AB InBev décadas depois.
Leia Também
- Leia também: Aí tem? Por que Israel decidiu doar US$ 3,2 bilhões para a Intel no meio da guerra contra o Hamas
Por que Telles fez essa doação?
Essa não é a primeira vez que Telles faz doação desse tipo para os filhos.
O bilionário já transferiu algumas de suas participações para seus descendentes, a exemplo das ações na imobiliária São Carlos Empreendimentos e Participações, que passaram para as mãos de Max e Christian em 2017.
Essa prática também é comum entre os membros da 3G. Lemann e Sicupira transferiram ações dessa empresa para seus familiares na mesma época.
A doação da fatia de Telles para o filho Max agora, no entanto, é encarada como um passo importante em direção ao planejamento sucessório do bilionário.
Telles, de 73 anos, é o mais jovem do trio que comanda a 3G e também é o que mais passou tempo trabalhando em cervejarias — ele dirigiu a Brahma depois que a empresa foi adquirida pelo antigo banco de investimentos Garantia no final dos anos 1980 e depois ajudou a criar a Ambev, em 1999.
IBOVESPA FEZ 1 ANO DE CDI EM 30 DIAS: AÇÃO DE BANCO PODE SURFAR RALI DA BOLSA E SUBIR ATÉ 87%; VEJA
Os bilhões de Telles
Marcel Telles é dono da quarta maior fortuna do País, de acordo com a revista Forbes, com patrimônio estimado em US$ 11,2 bilhões (R$ 54 bilhões). Ele ocupa a 178ª colocação no ranking global. Ele foi um dos personagens retratados na série “Rota do Bilhão feita pelo Seu Dinheiro no ano passado.
Junto com os dois sócios, Telles é um dos acionistas de referência da Americanas, que entrou em recuperação judicial neste ano após a descoberta de fraudes contábeis de R$ 25,2 bilhões. O trio fará um aporte de R$ 12 bilhões na varejista, e deve ficar com quase 50% do negócio.
Vale lembrar que as participações dos três na AB InBev e na Americanas se dão por veículos diferentes e, portanto, não estão relacionadas.
“Desinteresse dos jovens pela faculdade é papo de redes sociais, não realidade”, diz CEO da Cogna (COGN3), dona da Anhanguera e outras
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, o CEO da Cogna, Roberto Valério, questina a narrativa de que a Geração Z estaria “largando a faculdade” e fala sobre o avanço da inteligência artificial no mercado de trabalho
“Se não fosse pela nova regulação do EaD, a ação da Cogna (COGN3) teria subido mais”, diz CEO da empresa — que triplicou na bolsa em 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Roberto Valério falou sobre o impacto do novo marco regulatório para o ensino à distância (EaD), as avenidas de crescimento e preocupações do mercado sobre a recente aquisição da Faculdade de Medicina de Dourados
Azul (AZUL4) apresenta plano de reestruturação à Justiça dos EUA, e audiência de confirmação ganha data; veja os objetivos da aérea
Empresa brasileira pretende eliminar US$ 2 bilhões em dívidas em tempo recorde
Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) avançam 3% com rumores de venda de ativos na Argentina
A venda faz parte da estratégia de reduzir a dívida da holding; no entanto, há o temor de que a instabilidade argentina possa adiar ou desvalorizar a negociação
JHSF (JHSF3) dispara mais de 10% na B3 após anunciar veículo de investimento bilionário; entenda o que pode mudar para as ações
A iniciativa prevê a venda de ativos já entregues ou em desenvolvimento em seus principais empreendimentos nos complexos Cidade Jardim e Boa Vista
Vale (VALE3) avança no controle de risco, e S&P eleva rating de crédito da mineradora
A agência indica que a companhia melhorou consideravelmente sua supervisão e seus controles nos últimos anos
Carros voadores colidem durante ensaio para show aéreo; veja o vídeo
Acidente durante preparação para o Changchun Air Show reacende debate sobre segurança dos carros voadores; ao menos uma pessoa ficou ferida
Cogna (COGN3) inicia processo de saída da Vasta da Nasdaq — e BTG enxerga pontos positivos na jogada
Caso a oferta seja bem-sucedida, a Vasta deixará de ser registrada na SEC e passará por deslistagem na Nasdaq
Nova bolsa de derivativos A5X capta R$ 200 milhões em terceira rodada de investimentos. O que isso significa para a B3 (B3SA3)?
Valor arrecadado pela plataforma será usado para financiar operações e ficar em dia com exigência do BC
Itaú BBA inicia cobertura das construtoras brasileiras de baixa renda e já tem sua favorita
Para o banco, as construtoras estão em seus melhores dias devido à acessibilidade no nível mais alto já registrado
99 Food acelera investimentos no Brasil e intensifica batalha com iFood pelo delivery de comida brasileiro
A companhia agora prevê investir R$ 2 bilhões no primeiro ano de operação. O que está por trás da estratégia?
Prio (PRIO3) recebe aval final do Ibama e obtém licença para instalação dos poços de Wahoo, no Espírito Santo
Com a autorização, a petroleira iniciará a interligação submarina (tieback) de até onze poços à unidade flutuante de Frade
BTG eleva preço-alvo da Vale (VALE3) e prevê dividendos extraordinários, mas não muda recomendação; é hora de comprar?
Estratégia comercial e redução de investimentos contribuem para elevação do preço-alvo do ADR para US$ 11, enquanto valuation e fluxo de caixa fazem o banco “pensar duas vezes”
Itaú BBA sobre Eletrobras (ELET3): “empresa pode se tornar uma das melhores pagadoras de dividendos do setor elétrico”
Se o cenário de preços de energia traçado pelos analistas do banco se confirmar, as ações da companhia elétrica passarão por uma reprecificação, combinando fundamentos sólidos com dividend yields atrativos
O plano do Google Cloud para transformar o Brasil em hub para treinamento de modelos de IA
Com energia limpa, infraestrutura moderna e TPUs de última geração, o Brasil pode se tornar um centro estratégico para treinamento e operação de inteligência artificial
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?