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Renan Sousa

Renan Sousa

É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.

QUE BOLADA!

Veja o que a Eletrobras (ELET3) pretende fazer após captação de R$ 7 bilhões em debêntures, uma das maiores da história

A demanda total pelos títulos da nova emissão foi de R$ 13 bilhões — 1,8 vez o book, o que indica uma demanda dos investidores pelo mercado de dívida

Renan Sousa
Renan Sousa
16 de setembro de 2023
11:30 - atualizado às 11:03
eletrobras elet6 elet3
Eletrobras - Imagem: Reprodução

A Eletrobras (ELET3) anunciou na noite da última sexta-feira (16) que captou R$ 7 bilhões com debêntures — títulos de dívida emitidos por empresas.

A emissão foi feita em duas séries: a primeira, de títulos incentivados — que somaram R$ 4 bilhões — tem vencimento em oito anos; a segunda tem prazo de cinco anos. 

Com isso, a Eletrobras protagonizou uma das maiores emissões de debêntures da história do país. Os valores atualizados do pagamento da remuneração dos investidores ficaram da seguinte forma: 

  • 1ª série (debênture de infraestrutura):
    • Prazo: Oito anos (vencimento em setembro de 2031);
    • Rendimento: taxa do Tesouro IPCA com vencimento em 2030 + 1,00% ao ano (a expectativa anterior era de 1,30% ao ano ou IPCA +6,50 ao ano)
  • 2ª série (debênture sem incentivo):
    • Prazo: Cinco anos (vencimento em setembro de 2028)
    • Rendimento: CDI + 1,55% ao ano (a expectativa era de CDI +2,15% ao ano)

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A demanda total pelos títulos da nova emissão foi de R$ 13 bilhões — 1,8 vez o book, o que indica uma demanda dos investidores pelo mercado de dívida.

Além disso, o investidor que quiser investir nessas debêntures pode pagar menos imposto: a legislação concede benefícios fiscais aos investidores de títulos cujos recursos são usados para financiar projetos de infraestrutura.

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E é exatamente para isso que a Eletrobras quer usar essa bolada: investir em projetos de infraestrutura, além de "títulos verdes" (green bonds) — ou seja, a usar o dinheiro dos investidores para financiar projetos ligados à sustentabilidade.

Os coordenadores da oferta foram o BTG Pactual, UBS BB, Santander e Bradesco BBI

Mesmo assim, BTG não elege Eletrobras (ELET3) a preferida

A empresa brasileira de eletricidade foi privatizada em junho de 2022, com grandes expectativas dos investidores — e muitos percalços pelo caminho.

Afinal, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre foi contra a desestatização da companhia, que reconheceu os riscos de ter a transição revertida.

Entretanto, mesmo com números sólidos após a privatização, o mercado ainda olha com ceticismo para a Eletrobras. Ao menos é o que pensam os analistas do BTG Pactual — que elegeram a Copel (CPLE6) como a ação preferida no ramo de energia.

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