Empresa da China que deu ‘calote’ em investidores é colocada contra parede com mais de US$ 31 bilhões em dívidas
O grupo Zhongzhi vem apresentando dificuldades para honrar com os pagamentos prometidos aos investidores, o que deixou Pequim em alerta

As autoridades da China estão tomando medidas mais rigorosas para conter os crescentes problemas financeiros dos maiores credores que compõem o sistema bancário paralelo, ou shadow banking, do país.
A polícia de Pequim disse, no fim de semana, que tomou "medidas coercitivas criminais" contra vários funcionários da Zhongzhi Enterprise Group (ZEG), incluindo um identificado pelo sobrenome Xie.
Xie Zhikun, o fundador do grupo, morreu de ataque cardíaco em dezembro de 2021, mas alguns de seus familiares ocupam cargos importantes no grupo, de acordo com a mídia estatal chinesa.
A polícia, sem entrar em detalhes sobre os crimes, pediu aos investidores que cooperem com a investigação e forneçam pistas às autoridades para recolha de provas.
Vale ressaltar que, segundo a Lei Processual Penal da China, "medidas coercitivas criminais" podem indicar desde fiança enquanto se aguarda julgamento ou prisão domiciliar até detenção ou prisão.
O caso da Zhongzhi Enterprise
O grupo é um dos maiores conglomerados privados da China e controla quase uma dúzia de empresas de gestão de ativos e fortunas, que vendem produtos de investimento para pessoas e companhias ricas no país asiático. No entanto, por meses envolve dificuldades para honrar com os pagamentos prometidos aos investidores.
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A investigação da polícia é uma escalada da resposta da China aos problemas da Zhongzhi. Sediada em Pequim, a empresa toma recursos de investidores para emprestar a empresas.
O problema é que a Zhongzhi tem uma alta exposição ao setor imobiliário chinês, que está passando por um momento delicado.
Na última quarta-feira (22), a empresa comunicou aos investidores que está “gravemente insolvente” e que tinha pelo menos US$ 31 bilhões a mais em passivos do que em ativos.
Em comunicado, a Zhongzhi disse que era altamente dependente da tomada de decisões de Xie Zhikun, seu fundador e maior acionista, e que desde sua morte tem lutado com uma gestão interna “ineficaz”.
Os primeiros indícios de que o grupo já não ia bem surgiram em agosto, quando o Zhongrong International Trust, que faz parte do conglomerado, deixou de pagar rendimentos de seus produtos, alimentando medos de contágio da turbulência no setor imobiliário chinês. Em setembro, duas grandes estatais entraram para prestar assistência à Zhongrong.
O suporte financeiro da China para o setor privado da economia
Em meio aos problemas do setor imobiliário e à retomada frustrante da economia após a pandemia, autoridades da China anunciaram nesta segunda-feira (27) novas medidas para ampliar o suporte financeiro para o setor privado. As medidas incluem propostas para ferramentas de política monetária, incentivos fiscais, garantias de seguro, entre outras.
Em comunicado, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) afirmou que autoridades de diversos departamentos se comprometem em aumentar o suporte para empresas privadas, aumentando gradualmente a proporção de empréstimos e reformas estruturais para melhorar o desempenho do setor.
“Vamos ampliar o apoio para áreas cruciais, como inovação tecnológica, transição verde, projetos de reestruturação industrial, assim como suporte para micro, pequenas e médias empresas”, detalhou o banco central chinês.
Para atender às necessidades do setor, as autoridades pretendem desbloquear canais de financiamento diversos, entre eles: crédito, títulos e ativos. O PBoC esclareceu ainda que os bancos não devem suspender, suprimir, retirar ou cortar empréstimos “de maneira cega”, ao mesmo tempo em que mantém a prevenção de riscos financeiros.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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