A gasolina vai subir? Por que o barril do petróleo está cada vez mais perto dos US$ 100 – e as consequências disso no seu bolso
Redução na oferta mundial com o corte da produção, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as quedas nos estoques estão entre os motivos

O barril do petróleo tem ficado cada vez mais caro. Os preços do óleo bruto, matéria-prima dos combustíveis, operam no nível mais alto em mais de um ano no mercado internacional. Caso a tendência se mantenha, é provável que a disparada se reflita no preço da gasolina em algum momento.
Mas, afinal, o que acontece com o petróleo? Basicamente, a redução na oferta mundial com o corte da produção, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e as quedas nos estoques em importantes centros de armazenamento são os principais fatores que explicam a crescente elevação dos preços da commodity.
Nesta semana, por exemplo, a disparada dos preços acontece após os estoques do óleo caírem para 22 milhões de barris em Oklahoma (EUA), nível próximo ao mínimo operacional, segundo dados da Administração de Informação de Energia do país.
Somado a isso, o Departamento de Energia norte-americano (DoE, na sigla em inglês) já havia divulgado uma baixa além do esperado dos estoques do petróleo no país, na última quarta-feira (27).
Ou seja, se os níveis seguirem em ritmo de queda e a oferta continuar apertada, os preços do barril tendem a subir ainda mais — e permanecer em níveis elevados até o final do ano.
De olho nesse movimento, o Goldman Sachs elevou as projeções para os preços dos barris de petróleo: de US$ 93 para US$ 100 para o petróleo tipo Brent até o final de 2023. Para o ano seguinte, as estimativas são de que o barril deve operar entre US$ 80 e US$ 105.
Leia Também
Por fim, a Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+) prevê um déficit global de 3,3 milhões de barris entre setembro e dezembro.
Redução na oferta de petróleo
Nos últimos meses, a redução da oferta de petróleo foi um reflexo dos constantes cortes na produção da commodity realizados pela Organização dos Países Produtores de Petróleo e Aliados (Opep+), a fim de “calibrar” os preços no mercado internacional.
Vale lembrar que em outubro do ano passado, os membros do cartel anunciaram a redução na oferta em 2 milhões de barris por dia, o que foi considerado o maior corte desde o início da pandemia.
Contudo, a forte alta também tem uma contribuição recente da Arábia Saudita e da Rússia. Os dois rivais neste mercado anunciaram cortes voluntários — ou seja, independentes da Opep+ — no início de setembro.
A Arábia Saudita, um dos maiores produtores mundiais de petróleo e líder da Opep, prorrogou a decisão de corte voluntário de produção do óleo em 1 milhão de barris por dia até o final do ano, segundo a mídia estatal.
A decisão estendeu o movimento de junho, quando o país árabe “deu um passo” unilateral para evitar maiores quedas dos preços internacionais do petróleo. Inicialmente, a redução de oferta seria encerrada em setembro.
A Rússia, por sua vez, acompanhou a Arábia Saudita e também deve estender o corte na produção até dezembro. No caso de Moscou, a redução será de 300 mil barris por dia, segundo o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak.
Além disso, o país de Vladimir Putin está enfrentando uma crise de combustível, que tem provocado disputas entre o Kremlin e as companhias locais do setor.
Segundo a Reuters, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, afirmou que o governo está considerando medidas adicionais para conter os preços do petróleo no país, o que inclui restrições de exportações “paralelas” de combustíveis — como produtos inicialmente para uso doméstico — e o aumento no imposto de exportação de combustíveis.
- [RENDA FIXA PREMIUM] Esses títulos são capazes de pagar retornos gigantescos mesmo com a queda da taxa Selic; acesse aqui
E o preço da gasolina?
Em um breve respiro, as cotações do petróleo operaram em queda na quinta-feira (28), em meio ao temor de inflação crescente nas principais economias do globo. Contudo, a realização já deu espaço para a retomada dos ganhos.
Os contratos mais líquidos do petróleo tipo WTI sobem 1,36%, com o barril negociado próximo a US$ 93,00. Já os futuros do petróleo tipo Brent registram alta de 0,98%, com o barril a US$ 94 — mas acumulam uma alta de mais de 20% nos últimos três meses.
Em linhas gerais, a alta dos preços do petróleo, pela constante redução da oferta e aumento da demanda na outra ponta, provocam um efeito “dominó” na economia.
O petróleo mais caro encarece também os preços dos combustíveis — que afetam os preços gerais em uma economia, ou seja, elevam a inflação.
Aqui no Brasil, a gasolina que sai das refinarias da Petrobras hoje é vendida R$ 0,27 (8%) abaixo do preço de paridade de importação (PPI), de acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) do dia 28. O diesel opera com uma defasagem ainda maior, de R$ 0,75 (16%).
Mas vale lembrar que a estatal não pretende usar o PPI como única variável na hora de definir os preços dos combustíveis.
Seja como for, se o petróleo se mantiver nos níveis atuais, e o dólar também se valorizar em relação ao real, a turbulência internacional em algum momento deverá se refletir nos preços dos combustíveis na bomba.
*Com informações de CNBC, Reuters e Wall Street Journal
Proposta de reforma administrativa prevê fim de férias de 60 dias e limite ao teletrabalho
Texto que deve ser levado a deputados ainda esta semana mira também verbas indenizatórias, que muitas vezes acabam por duplicar os vencimentos de alguns servidores públicos
Mega-Sena 2903 pode pagar R$ 65 milhões hoje; Lotofácil 3472 e Quina 6803 acumulam
Mega-Sena não tem vencedor há cinco concursos e prêmio é capaz de resolver a vida de qualquer um; Lotofácil e Quina acumuladas também correm hoje
Bolsa Família hoje: Caixa libera pagamento para NIS final 2; veja detalhes
Beneficiários com NIS final 2 recebem a parcela de agosto nesta terça-feira; valor mínimo é de R$ 600, mas adicionais podem elevar a renda familiar
“O Brasil está desandando, mas a culpa não é só do Lula”. Gestores veem sede de gastos no Congresso e defendem Haddad
Gestores não responsabilizam apenas o governo petista pelo atual nível da pública e pelo cenário fiscal do país — mas querem Lula fora em 2026 mesmo assim
Caixa começa a pagar Bolsa Família de agosto; confira o calendário
Cerca de 19,2 milhões de famílias receberão o benefício em agosto; valor mínimo é de R$ 600, com adicionais que podem elevar a renda mensal
Um colchão mais duro para os bancos e o que esperar para os mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam negociações sobre um possível fim da guerra na Ucrânia; no local, Boletim Focus, IGP-10 e IBC-Br
Agenda econômica: reta final da temporada de balanços, Jackson Hole e Fed nos holofotes; confira os principais eventos da semana
XP fecha a temporada de balanços enquanto dados-chave no Brasil, Fed, China e Europa mantém agenda da semana movimentada
Lotofácil 3472 pode pagar quase R$ 2 milhões hoje; Quina, Lotomania e Dupla Sena oferecem prêmios maiores
Lotofácil e Quina têm sorteios diários; Lotomania, Dupla Sena e Super Sete correm às segundas, quartas e sextas-feiras
O colchão da discórdia: por que o CEO do Bradesco (BBDC4) e até a Febraban questionam os planos do Banco Central de mudar o ACCP
Uma mudança na taxa neutra do ACCP exigiria mais capital dos bancos e, por consequência, afetaria a rentabilidade das instituições. Entenda o que está na mesa do BC hoje
Reformas, mudanças estruturais e demográficas podem explicar resiliência do emprego
Mercado de trabalho brasileiro mantém força mesmo com juros altos e impacto de programas sociais, apontam economistas e autoridades
Carteira dos super-ricos, derrocada do Banco do Brasil (BBAS3) e o sonho sem valor dos Jetsons: confira as notícias mais lidas da semana
A nostalgia bombou na última semana, mas o balanço financeiro do Banco do Brasil não passou despercebido
Quanto vale um arranha-céu? Empresas estão de olho em autorizações para prédios mais altos na Faria Lima
Incorporadoras e investidores têm muito apetite pelo aval Cepac, com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região
Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais: confira o line-up, os horários e tudo o que você precisa saber sobre o Farraial 2025
A 8° edição do Farraial ocorre neste sábado (16) na Arena Anhembi com Luan Santana, Ana Castela, Belo e mais
Brics acelera criação do ‘Pix Global’ e preocupa Trump; entenda o Brics Pay e o impacto no dólar
Sistema de liquidação financeira entre países do bloco não cria moeda única, mas pode reduzir a dependência do dólar — e isso já incomoda os EUA
Mega-Sena 2901 acumula em R$ 55 milhões; Quina 6800 premia bolão; e Lotofácil 3469 faz novo milionário — veja os resultados
Bolão da Quina rende mais de R$ 733 mil para cada participante; Mega-Sena acumula e Lotofácil premia aposta de Curitiba.
Governo busca saída para dar mais flexibilidade ao seguro e crédito à exportação, diz Fazenda
As medidas fazem parte das estratégias para garantir o cumprimento das metas fiscais frente às tarifas de 50% de Donald Trump
“Brasil voa se tiver um juro nominal na casa de 7%”, diz Mansueto Almeida — mas o caminho para chegar lá depende do próximo governo
Inflação em queda, dólar mais fraco e reformas estruturais dão fôlego, mas juros ainda travam o crescimento — e a queda consistente só virá com ajuste fiscal firme
As armas de Lula contra Trump: governo revela os detalhes do plano de contingência para conter o tarifaço
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta quarta-feira (13) a medida provisória que institui o chamado Programa Brasil Soberano; a MP precisa passar pela Câmara e pelo Senado
Lotofácil 3467 tem 17 ganhadores, mas só dois ficam milionários; Mega-Sena 2900 acumula
A sorte bateu forte na Lotofácil 3467: três apostas cravaram as 15 dezenas, mas só duas delas darão acesso ao prêmio integral
Plano de contingência está definido: Lula anuncia hoje pacote de R$ 30 bilhões para empresas atingidas pelo tarifaço; confira o que se sabe até agora
De acordo com Lula, o plano de contingência ao tarifaço de Trump dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis