Nova fase do projeto piloto do real digital tem Nubank, Microsoft, Itaú e BTG entre selecionados que simularão compra de título público com criptomoeda brasileira
Nessa nova fase do Piloto RD serão testadas funcionalidades de privacidade, programabilidade e interoperabilidade através da implementação de um caso de uso específico
O Banco Central recebeu 36 propostas de interesse na participação no projeto piloto do real digital (Piloto RD), a criptomoeda brasileira.
Entre candidaturas individuais e consórcios de entidades, são mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros que querem buscar aplicações para a Central Bank Digital Currency (CBDC, ou moeda virtual de Banco Central).
Nessa nova fase do Piloto RD serão testadas funcionalidades de privacidade (por meio da troca de informação entre os vários participantes da plataforma), programabilidade e interoperabilidade através da implementação de um caso de uso específico.
O BC quer testar um protocolo de entrega contra pagamento, também chamado de DvP (delivery versus payment).
Para isso, será feita uma simulação de venda de título público entre clientes de instituições diferentes, passando por todos os serviços que compõem essa transação. Dessa forma, o BC conseguirá avaliar os níveis de segurança na troca de informações e capacidade da rede.
O Comitê Executivo de Gestão (CEG) do Piloto RD selecionou 14 interessados, entre candidaturas individuais e consórcios de entidades:
- Bradesco
- Nubank
- Banco Inter, Microsoft e 7Comm
- Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM
- Itaú Unibanco
- Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin
- SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred
- XP, Visa
- Banco BV
- Banco BTG
- Banco ABC, Hamsa, LoopiPay
- Banco B3, B3 e B3 Digitas
- ABBC: bancos Brasileiro de Crédito, Ribeirão Preto, Original, ABC, BS2 e Seguro; ABBC, BBChain, Microsoft e BIP
- Banco do Brasil
Com base na seleção final, o BC iniciará a incorporação dos participantes à plataforma do Piloto do Real Digital até meados de junho de 2023.
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O que é o real digital, a CBDC brasileira?
O real digital nada mais é do que a representação virtual da moeda corrente brasileira. Ele foi criado pelo Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) do Banco Central, em uma edição especial chamada LIFT Challenge.
Essa moeda funciona com base na tecnologia que criou as criptomoedas, uma rede de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology, ou DLT em inglês). Esse é o nome chique usado para blockchain.
De acordo com o cronograma estabelecido pelo próprio BC, uma versão piloto do real digital deve ser lançada em 2023. A expectativa é de que os testes durem cerca de 18 meses. O lançamento oficial da “criptomoeda brasileira” deve ficar para o período entre o fim de 2024 e início de 2025.
Para saber mais sobre o real digital, não deixe de conferir a nossa matéria especial com 7 perguntas e respostas — com direito a falas do Fábio Araújo, coordenador dos trabalhos sobre a CDBC.
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