Fraude cibernética, de valores mobiliários e violações das leis de financiamento de campanha. Essas são apenas algumas das acusações contra Sam Bankman-Fried, o SBF, ex-CEO da falida corretora de criptomoedas FTX.
O homem que chegou a ser um dos maiores bilionários do setor de criptomoedas antes dos 30 anos vive seus piores momentos. Após ser extraditado das Bahamas, SBF enfrenta um julgamento que pode resultar em uma sentença de mais de 115 anos de prisão nos Estados Unidos.
Testemunhas que acompanhavam a audiência no Tribunal do Distrito Sul de Nova York em 3 de janeiro relataram que os advogados de Bankman-Fried haviam declarado seu cliente inocente.
Outros membros da FTX são culpados
Apesar dos esforços dos advogados, os demais membros da FTX não dão esperanças para Bankman-Fried. O co-fundador da corretora, Gary Wang, e a ex-CEO da Alameda, Caroline Ellison, já se declararam culpados de acusações.
A FTX foi acusada de usar fundos dos clientes para financiar operações de alto risco da Alameda, o setor de investimento do mesmo grupo da corretora. Quando a exchange entrou com pedido de chapter 11 — o primeiro passo para decretar falência —, ambas empresas ruíram.
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SBF livre — por enquanto
A poucos dias do Natal do ano passado, Sam Bankman-Fried pagou fiança no valor de US$ 250 milhões, mas saiu da audiência usando tornozeleira eletrônica e com uma ordem de prisão domiciliar a ser cumprida na casa de seus pais em Palo Alto, Califórnia.
Na mesma audiência, o juiz acatou o pedido da equipe jurídica da SBF para restringir informações de identificação de quem pagou a fiança.
A defesa alega que poderia ocorrer o mesmo que acontece com a família de SBF, que teria sido "alvo de intenso escrutínio da mídia, assédio e ameaças". Uma nova audiência do caso está marcada para 2 de outubro deste ano.