O “patinho feio” dos investimentos em 2022 começa a ganhar uma plumagem diferente neste ano. No primeiro mês de 2023, o bitcoin (BTC) se consolidou disparado com a melhor performance entre os ativos analisados pelo Goldman Sachs.
O banco de Wall Street divulgou recentemente um ranking com os melhores investimentos de 2023. A maior criptomoeda do mundo superou ativos como o índice S&P 500, o ouro, investimentos no Tesouro etc..
O segundo lugar ficou para o índice MSCI de mercados emergentes (MSCI Emerging Markets), que teve ganhos na casa dos 10,55%.
Bitcoin com o melhor risco-retorno
Em contrapartida, a maior criptomoeda do mundo segue como um investimento arriscado. Mas a relação risco-retorno do bitcoin atingiu uma razão de 3 por 1, sendo também o campeão nesse quesito.
O mercado de criptomoedas perdeu mais de 60% do seu valor de mercado em 2022 e só recentemente voltou a acumular mais de US$ 1 trilhão. O BTC chegou a tocar os US$ 16.400 nas mínimas de 2023 — contra US$ 15.800 no ano passado.
Otimismo demais do Goldman Sachs?
Para um ativo que caiu mais de 66,5% desde as máximas históricas e perdeu 64% do valor em 2022. A história demonstra que cantar vitória antes da hora pode fazer com que o investidor dê com a cara no muro.
O primeiro mês do ano pode caminhar para um fechamento positivo, mas existem outros 11 pela frente e muita água pode rolar debaixo da ponte de 2023.
Só para citar alguns fatores de risco: a guerra na Ucrânia, que ainda não acabou, uma possível recessão global e a continuidade da alta dos juros nos Estados Unidos podem pressionar as cotações do bitcoin.
Por isso, os analistas ainda indicam que os investidores devem manter uma parcela de no máximo 5% dos seus investimentos em ativos digitais, já que são de altíssimo risco.