CoinEx sofre ataque hacker de US$ 28 milhões em carteiras online; ethereum (ETH), Polygon (MATIC) e Tron (RX) foram criptomoedas mais roubadas
A corretora de criptomoedas ainda suspendeu as negociações em criptomoedas para avaliar os danos causados à plataforma
A corretora de criptomoedas (exchange) CoinEx anunciou que sofreu um ataque hacker nas suas chamadas “carteiras quentes” (hot wallets, aquelas com conexão com a internet) na manhã desta terça-feira (12). Até a conclusão desta reportagem, foram drenados aproximadamente US$ 28 milhões (R$ 138,32 milhões) em ativos digitais desses endereços.
A corretora fez o anúncio oficial por meio de sua conta no X, antigo Twitter.
“Em 12 de setembro de 2023, nosso Sistema de Controle de Risco detectou saques anômalos de vários endereços de carteiras quentes usadas para armazenar ativos da CoinEx. Reconhecendo prontamente a gravidade da situação, estabelecemos imediatamente uma equipe especial de investigação para investigar o assunto”, diz a postagem.
Até o momento, foram transferidos cerca de 4.946 unidades de Ethereum (ETH) e 354.762 de Tron (TRX), segundo dados on-chain. A lista de criptomoedas é grande e conta com nomes como Polygon (MATIC), Uniswap (UNI), Graph Token (GRT), The Sandbox (SAND), entre outras.
“Garantimos a todos os usuários: seus ativos estão seguros e intocados. As partes afetadas receberão 100% de compensação por qualquer perda devido a esta violação. Para maior segurança, os serviços de depósito e retirada estão temporariamente suspensos e serão retomados após uma análise completa”, afirma a CoinEx.
Por volta das 15h, o token da corretora, o CoinEx Token (CET), recuava cerca de 12%, negociado a US$ 0,02738. O ataque não afetou as cotações das principais criptomoedas do mundo: o bitcoin (BTC) seguia a tendência de alta de 3% no mesmo horário, cotado a US$ 25.993,15.
A CoinEx é uma das cem maiores exchanges do mundo, estando na 57ª posição em volume negociado, de acordo com o CoinMarketCap. Com mais de 4 milhões de usuários, a corretora tem cerca de US$ 32,7 milhões em ativos, segundo sua mais recente prova de reservas (proof-of-reserves ou PoR).
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Como armazenar criptomoedas e evitar ataques hacker
Ataques hacker são comuns no universo das criptomoedas. O universo em construção abre brechas para golpes financeiros clássicos, como esquemas de pirâmide e sequestro de dados, mas encontrar falhas de segurança também é um dos pontos explorados pelos criminosos.
A seguir, confira maneiras seguras de armazenar criptomoedas e evitar ataques do tipo hacker:
- Cold wallets: As carteiras frias, também chamadas de ledger, são o método mais seguro de armazenar suas criptomoedas. Elas se parecem com pen-drives maiores e não possuem conexão com a internet, sendo necessário conectá-las a um dispositivo para comprar ou vender moedas. O usuário precisa ter cuidado para não perder as chaves de segurança e o acesso aos seus tokens, caso opte por uma carteira fria. O problema é que elas costumam ser bem caras.
- Hot wallets: As carteiras quentes são interessantes porque permitem que o usuário faça transações a qualquer momento. A conexão com a internet, porém, é um ponto de insegurança e este tipo de carteira está mais suscetível ao ataque do tipo hacker. A autenticação em dois fatores e outros métodos de proteção de dados são indicados para este tipo de armazenamento.
- Exchanges: Este é o método menos seguro de armazenamento de criptomoedas. Apesar da facilidade para comprar e vender os tokens, as exchanges estão sujeitas aos ataques hackers e ao chamado “risco institucional” — a empresa pode falir ou sofrer sanções governamentais, o que pode colocar em risco as moedas dos usuários.
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