Super Quarta fora de época, as melhores ações de atacarejo e o que pensa o Credit Suisse sobre o Nubank; confira os destaques do dia

Não estamos na quarta-feira e nem houve decisão dupla de política monetária, mas o dia (07) foi marcado por uma inegável energia de Super Quarta. No Brasil e nos Estados Unidos só se falou sobre os juros e o que esperar do futuro.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, agradou Wall Street ao não dar sinais de que a instituição irá elevar a taxa básica muito acima do que o mercado financeiro espera.
Na realidade, o chefe do BC americano disse que o ano deve ser marcado pelo arrefecimento da inflação e que a instituição seguirá reagindo aos dados de preço e trabalho, sem um plano definitivo traçado.
As bolsas em Nova York fecharam no azul, mas os ativos brasileiros tiveram mais um dia de pressão. O dólar à vista encerrou em alta de 0,50%, a R$ 5,1998, e o Ibovespa terminou em queda de 0,82%, aos 107.829 pontos.
A origem da tensão segue sendo a mesma dos últimos dias: comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de membros do governo sobre a insistência do Banco Central em manter os juros na casa dos 13,75% ao ano, sem uma “colher de chá” para a nova gestão — em um dia que começou com a ata da última reunião do Copom detalhando as preocupações do BC brasileiro de forma mais extensa que o normal.
Um gestor contou que a tensão gerada é menos por um temor de que a independência do BC seja revertida e mais sobre uma falta de previsibilidade do futuro, desvirtuando a discussão sobre a real agenda econômica de 2023 — algo que impacta diretamente nas expectativas de inflação e, consequentemente, na forma como o Copom conduz a política monetária do país.
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"É desnecessário, bem na hora que a gente precisa levantar pautas como a reforma tributária, o arcabouço fiscal e mostrar as opções que o mercado tem para trabalhar nos próximos anos em termos de dívida", explica.
Veja tudo o que movimentou os mercados terça-feira, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa.
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RECALCULANDO A ROTA
MRV (MRVE3) corta operações e reduz metas de crescimento para recuperar rentabilidade; confira os planos da companhia para os próximos três anos. A mudança de foco da empresa foi anunciada pelo copresidente Rafael Menin durante um encontro com investidores e analistas.
JOGANDO PARA FRENTE
Ultraleve: Gol (GOLL4) renegocia dívidas de curto prazo e tira um peso das asas. A aérea vai trocar títulos de dívida com vencimento até 2026 por outros mais longos, com prazo para 2028, numa operação com o Grupo Abra.
A CAMPEÃ
Na corrida do atacarejo, quem leva a melhor: Assaí (ASAI3) ou Carrefour (CRFB3)? Saiba qual ação é a medalha de ouro de Bradesco BBI e JP Morgan. Resultado da disputa muda dependendo da estratégia — curto ou longo prazo. Em um dos cenários, o potencial de valorização chega a 70%.
FAVORITISMO
Saiba o que está fazendo os olhos dos analistas do Credit Suisse brilharem quando falam sobre Nubank. Para a casa, o banco digital é menos afetado pelos problemas que atingem as grandes instituições financeiras, como a inadimplência corporativa.
UNS PERDEM, OUTROS GANHAM
Tráfego nos sites da Americanas (AMER3) despenca 57% desde o início da crise — e uma rival pode ter capturado o fluxo. De acordo com relatório do Itaú BBA, a Via (VIIA3) foi a única empresa de e-commerce a registrar aumento de visitas no período.
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Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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Rodolfo Amstalden: Não existem níveis seguros para a oferta de segurança
Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
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