Goldman Sachs rebaixa Qualicorp de neutro para venda e corta preço-alvo pela metade; ações QUAL3 caem mais de 5%
Se, antes, o impasse envolvendo a Qualicorp se dava pela participação da Rede D’Or, agora, segundo o banco, o cenário macroeconômico é um dos fatores que pesam sobre os resultados da companhia

As mudanças na gestão anunciadas no primeiro dia útil do ano não foram suficientes para conter o mau desempenho das ações da Qualicorp (QUAL3) — e o Goldman Sachs está mais pessimista com os papéis.
O banco rebaixou a recomendação das ações da companhia, de neutro para venda, e cortou o preço-alvo da ação de R$ 12,00 para R$ 6,00 — o que representa uma alta de 1,3% em relação ao fechamento anterior.
Como reação, os papéis da Qualicorp (QUAL3) recuavam 5,57%, a R$ 5,59 por volta das 16h (horário de Brasília). Acompanhe a cobertura completa de mercados.
Se, antes, o impasse envolvendo a Qualicorp se dava pela participação da Rede D’Or — que deve transferir 70% da sua fatia na empresa para uma holding e ficará com apenas 6% do capital social da operadora — agora, segundo o banco, o cenário macroeconômico é um dos fatores que pesam sobre os resultados da companhia.
Na avaliação do banco, “o momento de ganhos de curto prazo [da companhia] está prestes a enfrentar ventos contrários".
Soma-se a isso a percepção de que os resultados trimestrais de 2022 — com exceção do quarto trimestre, que ainda não foram divulgados — foram fracos e, na visão dos analistas do Goldman Sachs, o desempenho deve se manter assim até a segunda metade de 2023.
Leia Também
Vale lembrar que, no começo do ano, a Qualicorp mudou o quadro de conselheiros. O presidente do conselho de administração, Heráclito de Brito Gomes Júnior, além de Mauro Teixeira Sampaio e Martha Maria Soares Savedra, renunciaram aos seus cargos.
Em paralelo, foi anunciado que Elton Carlucci será o novo CEO da companhia. Na ocasião, as mudanças resultaram em um avanço de 20% nas ações QUAL3.
O encanto com Qualicorp (QUAL3) se perdeu?
Apesar de ser considerada uma companhia de fundamentos sólidos — com margens elevadas, retorno do investimento dos acionistas e conversão de caixa livre —, o Goldman Sachs atribuiu o rebaixamento da recomendação e o corte de 50% no preço-alvo à quatro fatores:
- Cenário macroeconômico mais desfavorável e uma inflação persistente, que impacta as adições brutas aos planos;
- Provável concorrência ainda elevada com os planos das pequenas e médias empresas;
- Pressão sobre o capital de giro decorrente de condições comerciais desafiadoras, à medida que os custos médicos continuam em alta;
- Crescimento modesto do ticket médio em provável aceleração no downgrade de planos de saúde.
Os analistas ainda destacam que a alta dos preços dos planos de saúde, combinada com a inadimplência acima do esperado, resultou no avanço da taxa de cancelamento (churn) em 2022, o que deve se repetir neste ano — ainda que em um ritmo menor.
Logo, mais um ano de reajuste de preço de dois dígitos pode impulsionar a taxa de cancelamento novamente e limitar os ganhos da companhia.
- 11 ações para buscar lucros neste ano: conheça a lista de empresas consideradas as melhores ‘apostas’ para 2023, segundo especialistas do mercado ouvidos pelo Seu Dinheiro. ACESSE AQUI
“A principal conclusão, a nosso ver, é que vemos uma capacidade limitada para o crescimento da receita, já que a base de saúde financeira da empresa continua apresentando adições líquidas negativas — ou seja, desaceleração das adições brutas —, mais do que a potencial compensação pelo crescimento do ticket médio”, escrevem os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira, que assinam o relatório.
Por fim, a Qualicorp (QUAL3) já não era a preferida do Goldman Sachs no setor de saúde.
"Quando iniciamos a cobertura do QUAL3 em junho de 2022 com uma classificação neutra, observamos nossas expectativas de que o ímpeto dos ganhos de curto prazo poderia ser comprimido. (...) No entanto, também fomos surpreendidos negativamente por uma desaceleração nas adições brutas, uma dinâmica de capital de giro mais fraca, pressão nas comissões ainda altas para corretores terceirizados", escreveram os analistas.
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
O que está derrubando Wall Street não é a fuga de investidores estrangeiros — o JP Morgan identifica os responsáveis
Queda de Wall Street teria sido motivada pela redução da exposição dos fundos de hedge às ações disponíveis no mercado dos EUA
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
OPA do Carrefour (CRFB3): com saída de Península e GIC do negócio, o que fazer com as ações?
Analistas ouvidos pelo Seu Dinheiro indicam qual a melhor estratégia para os pequenos acionistas — e até uma ação alternativa para comprar com os recursos
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
Desempenho acima do esperado do Nubank (ROXO34) não justifica a compra da ação agora, diz Itaú BBA
Enquanto outras empresas de tecnologia, como Apple e Google, estão vendo seus papéis passarem por forte desvalorização, o banco digital vai na direção oposta, mas momento da compra ainda não chegou, segundo analistas
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
A decisão de Elon Musk que faz os investidores ignorarem o balanço ruim da Tesla (TSLA34)
Ações da Tesla (TSLA34) sobem depois de Elon Musk anunciar que vai diminuir o tempo dedicado ao trabalho no governo Trump. Entenda por que isso acontece.
Embraer (EMBR3) divulga carteira de pedidos do 1º tri, e BTG se mantém ‘otimista’ sobre os resultados
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (23), o BTG Pactual afirmou que continua “otimista” sobre os resultados da Embraer
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Tenda (TEND3) sem milagres: por que a incorporadora ficou (mais uma vez) para trás no rali das ações do setor?
O que explica o desempenho menor de TEND3 em relação a concorrentes como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Plano & Plano (PLPL3) e por que há ‘má vontade’ dos gestores
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
É recorde: preço do ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano
Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na manhã desta segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos
A última ameaça: dólar vai ao menor nível desde 2022 e a culpa é de Donald Trump
Na contramão, várias das moedas fortes sobem. O euro, por exemplo, se valoriza 1,3% em relação ao dólar na manhã desta segunda-feira (21)