Mesmo com inflação surpreendente, Ibovespa sobe e retoma os 110 mil pontos; dólar cai a R$ 5,20
Bolsas americanas fecharam em alta e juros futuros locais viram alívio, impulsionando sobretudo as ações de varejo

Brasília ainda lida com o rastro de destruição deixado por radicais no último domingo (08) e encaminha os procedimentos legais para encontrar e punir os responsáveis pelos ataques, mas o mercado financeiro já parece ter virado a página.
Desde ontem (09), a leitura de que o governo federal conseguiu impedir uma crise institucional e deve seguir tentando trabalhar para manter o ritmo de normalidade na apresentação das metas e planos do novo governo dão fôlego ao Ibovespa.
O cenário internacional também fez a sua parte. Os investidores seguem animados com a reabertura chinesa, injetando capital no mercado de commodities, e Jerome Powell, presidente do banco central americano, não deu sinais de que a instituição pode voltar a acelerar o seu ritmo de elevação de juros.
Nem mesmo dados de inflação muito acima do esperado seguraram a recuperação dos ativos locais. O Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,55%, aos 110.816 pontos, e o dólar à vista foi ao menor nível desde dezembro, ao recuar 1,06%, a R$ 5,2020. A curva de juros também viveu um dia de alívio.
Surpresas indesejadas
A inflação oficial no Brasil fechou 2022 em 5,79%, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) pelo segundo ano consecutivo.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados consolidados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022. O IPCA registrou avanço de 0,62% em dezembro — bem acima da mediana de 0,42% projetada pelo mercado.
Leia Também
Apesar dos números, a curva de juros voltou a operar em queda, mais uma vez se acomodando após os estresses fiscais recentes e os últimos acontecimentos em Brasília. O movimento, mais pronunciado nos vencimentos mais longos, serviu para impulsionar ativos do setor de varejo.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,60% | 13,58% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 12,70% | 12,79% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 12,52% | 12,70% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 12,52% | 12,71% |
Sem surpresas
Um dos grandes destaques do dia para o mercado financeiro era o aguardado pronunciamento de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Mas ao invés de surpresas, o mercado recebeu um discurso protocolar do presidente.
Powell falou sobre a importância da independência do Federal Reserve (Fed) sobre assuntos políticos, como as mudanças climáticas, como forma de perseguir sua meta de inflação, mas foi a falta de sinalização de que o Fed possa voltar a endurecer o seu modus operandi na política monetária que fez o mercado se animar.
Sem sinais que deteriorassem o cenário, as bolsas americanas fecharam em alta, acompanhando uma acomodação da curva de juros americana. Confira o fechamento dos principais índices americanos:
- Nasdaq: +1,01%
- S&P 500: +0,70%
- Dow Jones: +0,56%
Sobe e desce do Ibovespa
O alívio na curva de juros foi mais uma vez importante para que empresas do setor de varejo e consumo voltassem a brilhar.
No caso das ações do GPA (PCAR3), os investidores repercutiram a redução de capital promovida pela companhia como forma de viabilizar a cisão do Grupo Éxito da sua base acionária. Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
PCAR3 | GPA ON | R$ 18,37 | 8,76% |
MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 3,05 | 7,77% |
AMER3 | Americanas S.A | R$ 11,91 | 7,49% |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,59 | 6,58% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 4,54 | 6,57% |
Na ponta contrária, o setor de energia, principalmente representado pela Eletrobras (ELET6), repercutiu as notícias que mostram que torres de energia e transmissão foram derrubadas em tentativas de sabotagem.
Apesar de os episódios não terem refletido na falta de energia elétrica em nenhuma região do país, o governo federal instalou um gabinete de crise. Confira também as maiores quedas da sessão:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ELET6 | Eletrobras PNB | R$ 42,19 | -1,63% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 23,05 | -1,45% |
CPFE3 | CPFL Energia ON | R$ 31,74 | -1,28% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 49,98 | -1,24% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 27,10 | -1,24% |
BRPR Corporate Offices (BROF11) estabelece novo contrato de locação com a Vale (VALE3) e antecipa R$ 44 milhões
O acordo, no modelo atípico, define que a mineradora passará a ser responsável por todos os encargos referentes ao empreendimento localizado em Minas Gerais
XP aponta seis ações defensivas para enfrentar o novo choque de 50% imposto pelos EUA — e duas possíveis beneficiadas
Enquanto a aversão a risco toma conta do mercado, a XP lista seis papéis da B3 com potencial para proteger investidores em meio ao tarifaço de Trump
Ibovespa escapa da sangria após tarifas de Trump, mas cai 0,54%; dólar sobe a R$ 5,5452
Após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1 de agosto, algumas ações conseguiram escapar de uma penalização dos mercados
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar