ETF que paga dividendos vem aí: bolsa libera listagem de fundos de índices de ações que pagam proventos
A partir de segunda-feira (30), ETFs de ações que pagam proventos poderão ser listados na bolsa brasileira; fundos que já existem, porém, não poderão passar a pagar dividendos
![gráfico da bolsa](https://media.seudinheiro.com/uploads/2021/09/ETFs-628x353.jpg)
Uma das frustrações de quem investe em ETFs de ações é o fato de que, no Brasil, esses fundos não distribuem aos cotistas os dividendos pagos pelos ativos que compõem as suas carteiras. Mas isso deve mudar em breve.
A partir da próxima segunda-feira (30), ETFs de ações locais e internacionais que pagam proventos (dividendos e juros sobre capital próprio) poderão ser listados e negociados na bolsa brasileira.
- 11 ações para buscar lucros neste ano: conheça a lista de empresas consideradas as melhores ‘apostas’ para 2023, segundo especialistas do mercado ouvidos pelo Seu Dinheiro. ACESSE AQUI.
O gestor do fundo poderá estabelecer, em regulamento, uma periodicidade para que a distribuição aconteça. Ela pode ser mensal, semestral, anual ou outro período, desde que não seja inferior a 30 dias.
Isso significa que novos fundos de índices de ações que sejam listados sob essa regra atualizada poderão distribuir proventos aos seus cotistas, o que não vale para os ETFs que já existem. Estes continuarão sem pagar dividendos.
Com a nova possibilidade, os ETFs de ações poderão ser não apenas alternativas para aumentar o patrimônio do investidor, como também para gerar renda, como já ocorre com outros tipos de fundos listados em bolsa, como os FI-Infra (fundos de debêntures de infraestrutura) e os fundos imobiliários (FIIs).
Os proventos distribuídos por ETFs, no entanto, não serão isentos de imposto de renda, como os dividendos que os acionistas recebem das empresas das quais são sócios. Eles estarão sujeitos a tributação por uma alíquota de 15%, retida na fonte pelo administrador do fundo.
O que é um ETF
Os ETFs, sigla para Exchange Traded Funds, são fundos com cotas negociadas em bolsa que buscam replicar o desempenho de um índice de mercado - um índice de ações, como o Ibovespa, de renda fixa ou de criptomoedas, por exemplo.
Para isso, eles investem em uma cesta de ativos equivalente à composição do índice de referência, o que faz com que sejam investimentos bastante diversificados. E, por serem fundos passivos - isto é, que apenas se limitam a seguir um indicador - suas taxas de administração costumam ser bem baixas.
Assim, o investimento em ETFs é uma maneira de comprar uma carteira amplamente diversificada por um baixo custo. Para investir, é preciso ter uma conta aberta em corretora de valores e adquirir as cotas na bolsa, como se fossem ações. Da mesma forma, para se desfazer do investimento, é preciso vender as cotas durante o pregão da B3.
Hoje, é possível negociar na B3 91 ETFs, sendo 80 de renda variável (33 locais e 47 internacionais) e 11 de renda fixa. No ano passado, a negociação desses fundos movimentou quase R$ 1,5 bilhão e contou com 536 mil investidores, sendo 532 mil pessoas físicas.
Leia também:
Ações da Usiminas (USIM5) despencam 23% após balanço; é hora de fugir dos papéis ou aproveitar o desconto?
A performance reflete números abaixo do previsto pelo mercado para o segundo trimestre de 2024
Alívio para a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3)? Brasil vai declarar fim do foco da doença de Newcastle no RS — mas há obstáculos no caminho
Apesar do fim do foco da doença no Rio Grande do Sul, as exportações não devem ser imediatamente retomadas; entenda o que está em jogo para o Brasil agora
Fundo imobiliário TRXF11 entra para o setor de saúde com acordo de R$ 621 milhões para construir novo hospital para o Einstein
O FII comprou um imóvel localizado no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo, que deve ser locado para o Einstein por 20 anos
PIB americano alimenta apetite do mercado por risco; confira o que o dado provocou na cotação do ouro em Nova York
Valorização do iene e do franco suíço contribuíram para o desempenho do metal precioso
Retorno de até 200% e dividendos isentos de IR: cinco fundos imobiliários que renderam mais do que imóveis residenciais nos últimos anos
Os FIIs se consolidaram como uma alternativa para lucrar com imóveis com mais liquidez e menos burocracia
R$ 570 milhões por uma fatia de um prédio: por que o fundo imobiliário KNRI11 aceitou desembolsar milhões por pouco mais da metade de um edifício corporativo em SP
O FII anunciou na última quarta-feira (24) a compra de 57% da Torre Crystal por R$ 570,8 milhões
Não vejo excesso de otimismo no mercado americano hoje, diz Howard Marks, o ‘guru’ de Warren Buffett
Em evento em São Paulo, gestor da Oaktree disse que euforia se concentra em um punhado de ações de tecnologia e que ações estão um pouco caras, mas nada preocupante
S&P 500 e Nasdaq têm o pior desempenho em dois anos e arrastam a Nvidia (NVDC34) — quem é o culpado por esse tombo?
Os vilões das baixas foram duas gigantes norte-americanas, que causaram um efeito dominó e pressionaram todo um setor; por aqui, dólar renovou máxima e Ibovespa terminou o dia em baixa
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre
Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora
Fiagro salta mais de 30% e registra o maior retorno do ano; confira o ranking dos fundos agro mais rentáveis de 2024 até agora
De acordo com um levantamento da Quantum FInance, oito fundos da classe acumulam um retorno positivo neste ano