À espera da Americanas (AMER3), varejistas perdem fôlego na bolsa; bancos também recuam
Com a ajuda do exterior, a bolsa brasileira subia 0,33%, aos 112.890 pontos, por volta das 13h31 (horário de Brasília)
O rombo bilionário da Americanas (AMER3) é o principal destaque em dia, predominantemente, negativo para o Ibovespa — com peso maior sobre as varejistas. Com a ajuda do exterior, a bolsa brasileira subia 0,33%, aos 112.890 pontos, por volta das 13h31 (horário de Brasília).
A varejista informou ao mercado, ontem (11) após o fechamento, uma "inconsistência contábil" na ordem de R$ 20 bilhões na rubrica "redutores da conta fornecedores", com data-base de 30 de setembro de 2022. Como consequência, o presidente Sergio Rial e o diretor financeiro André Covre renunciaram aos cargos — 10 dias depois da posse.
Na outra ponta, o alívio nos juros futuros, com a desvalorização do dólar à vista, não é suficiente para dar fôlego à Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), por exemplo. Isso porque os investidores seguem incertos quanto à prática da Americanas — como ação comum — e gestão das contas das empresas do setor.
"É difícil sabermos se outras empresas do setor também realizavam a mesma prática, mas fica um alerta para empresas com crescimento acelerado, com faturamento alto e margens baixas, pois elas podem acabar tendo um incentivo de realizar as mesmas práticas contábeis criativas como a apresentada pela Americanas", afirma Fernando Ferrer, analista da Empiricus, em relatório.
Mas, além das varejistas, o "Risco Americanas" contamina também o setor de bancos. As instituições financeiras com maior exposição ao varejo caem no Ibovespa — como as ações de BTG Pactual e Santander que possuem cerca de 7% das posições no setor. Confira a cobertura completa de mercados.
Confira as maiores quedas do dia:
Leia Também
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
VIIA3 | Via ON | R$ 2,46 | -5,38% |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 1,14 | -5,00% |
IRBR3 | IRB ON | R$ 1,15 | -4,17% |
BPAC11 | BTG Pactual units | R$ 22,88 | -3,95% |
ALPA4 | Alpargatas PN | R$ 14,77 | -2,38% |
Commodities dão alívio ao Ibovespa
O cenário de terra arrasada no Ibovespa é amenizado pela valorização das commodities no mercado internacional, com as expectativas de melhora na demanda no exterior e o arrefecimento da inflação nos EUA.
O petróleo tipo Brent avança 1,90%, com o barril cotado a US$ 84,24 e o minério de ferro fechou as negociações, em Dalian (China), com alta de 1,36%, com a tonelada a US$ 126,70.
Além das commodities, os investidores também trocam posições na "fuga" dos papéis de varejo no setor de transportes e frigoríficos — beneficiados pela queda do dólar.
Confira as maiores altas do Ibovespa:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CCRO3 | CCR ON | R$ 11,80 | 3,87% |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 45,80 | 3,13% |
CSAN3 | Cosan ON | R$ 17,82 | 2,41% |
RAIL3 | Rumo ON | R$ 18,98 | 2,43% |
BRFS3 | BRF ON | R$ 8,66 | 2,36% |
Um início à moda antiga: Ibovespa reage a serviços em meio ao começo da temporada de balanços nos EUA
Enquanto os números dos serviços saem por aqui, mercado também repercute inflação na porta das fábricas nos EUA
Eneva (ENEV3) levanta R$ 3,2 bilhões em oferta subsequente de ações na B3; veja os detalhes do follow-on
Oferta da Eneva saiu a R$ 14 por ação e foi destinada exclusivamente a investidores profissionais
IPO da Moove cancelado: o que esse episódio ensina para os investidores sobre a compra e a venda de ações?
Se tem uma lição que podemos aprender com a Cosan, controladora da Moove, é que este não é o momento de vender ativos
A ação da Vale (VALE3) voltou a ser uma oportunidade de ganho? Saiba o que muda com o novo CEO no comando
O Goldman Sachs avaliou a sucessão na mineradora após dez dias sob nova gestão e diz se é uma boa opção adquirir os papéis neste momento
Santander (SANB11) anuncia pagamento de R$ 1,5 bilhão em dividendos e JCP no mês que vem; veja quem terá direito
A maior parte da soma, ou R$ 1,3 bilhão, corresponde ao JCP, enquanto o restante contará como dividendos intercalares
BB Asset e JGP unem forças e lançam gestora focada em investimentos sustentáveis; Régia Capital nasce com patrimônio de R$ 5 bilhões
Com produtos de crédito líquido e estruturado, ações, private equity e agronegócio, a estimativa da Régia é atingir R$ 7 bilhões em ativos sob gestão até o fim deste ano
Um dos maiores fundos imobiliários da B3 quer captar até R$ 2,5 bilhões na bolsa; saiba mais sobre a oferta do KNCR11
Com mais de 370 mil cotistas e um patrimônio líquido de R$ 7 bilhões, o Kinea Rendimentos Imobiliários já é um dos três maiores fundos imobiliários de papel do Brasil
Crise climática faz pressão nas ações da Rumo (RAIL3) — mas BofA revela por que você ainda deveria estar animado com a gigante de logística
Os analistas mantiveram recomendação de compra para RAIL3, mas reduziram o preço-alvo de R$ 33 para R$ 31 para os próximos 12 meses
Dasa (DASA3) fecha venda do negócio de corretagem e consultoria de seguros por até R$ 255 milhões
Com a operação, a Dasa Empresas será transferida para os fundadores originais do Grupo Case Benefícios e Seguros
Vamos ao que interessa: Depois de perder o suporte de 130 mil pontos, Ibovespa tenta recuperação em dia de inflação nos EUA
Além dos números da inflação ao consumidor norte-americano, o Ibovespa também reage hoje aos dados do varejo no Brasil
Mercado Livre (MELI34) tem “bilhões de dólares para conquistar” com receita de mídia nos próximos cinco anos, diz diretor
Na avaliação de Mario Meirelles, diretor sênior do Mercado Ads Brasil, a parceria com players externos, como o Disney+, será essencial para o crescimento da divisão de publicidade
Na nova ‘corrida do ouro’ do varejo, Mercado Livre larga na frente no ‘retail media’, mas as concorrentes brasileiras prometem reagir
O mercado de publicidade é visto como uma nova fonte de receita para o varejo — mas as brasileiras encontram-se ainda muitos passos atrás na busca por território no mercado local
O Brasil está arriscado demais até para quem é grande? Por que a Cosan (CSAN3) desistiu do IPO da Moove, mantendo a seca de ofertas de ações
Na época da divulgação da operação, a unidade de negócios de lubrificantes informou que mirava uma cotação entre US$ 14,50 e US$ 17,50 na oferta, que seria precificada nesta quarta-feira (09)
Google na mira: EUA consideram separação da Alphabet após decisão de monopólio da big tech — e analistas estão cada vez mais pessimistas
Se a cisão forçada da gigante de buscas acontecer, será a maior de uma empresa norte-americana desde que a AT&T foi desmantelada, na década de 1980
Quanto os juros vão cair agora? O que a ata não contou sobre a próxima decisão do Fed em novembro
O documento divulgado nesta quarta-feira (09) mostrou a divisão entre os membros do comitê de política monetária sobre o corte de 50 pontos-base e a incerteza sobre o futuro da economia, mas escondeu pontos importantes para a decisão do mês que vem
É hora de comprar a ação da Hapvida? BB Investimentos inicia cobertura de HAPV3 e vê potencial de quase 40% de valorização até 2025; entenda os motivos
Entre as razões, BB-BI destacou a estratégia de verticalização da Hapvida, que se tornou a maior operadora de saúde do país após fusão com a NotreDame Intermédica
Por que o fundo Verde segue zerado em bolsa brasileira? Time de Stuhlberger acredita que as ações locais tem pouco a ganhar com o pacote de estímulos chinês
O fundo teve um desempenho positivo de 1,7% em setembro, contra 0,83% do CDI. Já o acumulado no ano é de 6,39%, abaixo dos 7,99% registrados pelo benchmark
Naufrágio na bolsa: Ibovespa perde os 130 mil pontos e o dólar encosta nos R$ 5,60; saiba o que mexeu com os mercados aqui e lá fora
Em Nova York, as bolsas operaram em alta — com o S&P 500 renovando máxima intradia logo depois da abertura
MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) recuam após as prévias, mas analistas elogiam números e veem espaço para alta de até 100% das ações
As ações de ambas as companhias chegaram a abrir o dia em alta, com acionistas reagindo a números considerados sólidos pelos especialistas do setor
Oi (OIBR3): Credores aprovam venda para empresa de internet V.tal — em mais um passo rumo ao fim da recuperação judicial
No entanto, diante da “complexidade dos termos e condições descritos na proposta”, alguns desses credores pediram mais informações sobre determinados pontos do acordo