Eleições 2022: Ipec mostra empate técnico entre Bolsonaro e Lula em São Paulo; confira dados da pesquisa

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, demonstrou pouca disposição em dar, no Senado, o mesmo andamento que o presidente da Câmara, Arthur Lira, pretende dar a um projeto voltado a punir institutos de pesquisa que divulgarem números diferentes dos verificados nas urnas.

Na Câmara, o projeto pode ser votado nos próximos dias. Mas, assim que chegar ao Senado, a tendência é por uma discussão mais ampla.

Pacheco considerou o trecho do projeto referente às penas previstas “absolutamente inadequado”. 

“Eu antevejo que o texto desse projeto, com todo respeito, é um texto, especialmente na parte penal, absolutamente inadequado. Porque pune muito severamente um eventual erro”, afirmou Pacheco. 

Segundo ele, não faz sentido punir com quatro a dez anos de prisão os responsáveis por um instituto que divulgou uma pesquisa cujo resultado não se confirmou dias depois, nas urnas.

“Pena, inclusive, superior a peculato, corrupção. Evidentemente que isso não é adequado juridicamente. Por isso vamos ter a cadência necessária”, acrescentou. 

O presidente do Senado acredita que o tema, chegando à Casa, deve ser discutido antes na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

O texto é de autoria do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Barros afirmou que a intenção é punir quem “especula no jogo eleitoral e no mercado financeiro” a partir de eventuais “mudanças de humor” dos eleitores reveladas em pesquisas. 

A proposta de Barros foi motivada pelo ocorrido no primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. O resultado final mostrou um desempenho do atual presidente, Jair Bolsonaro, superior, inclusive à margem de erro, ao mostrado nas pesquisas eleitorais do dia anterior.

Mais ministros no STF

Na conversa, Pacheco também tratou da proposta de ampliação do número de ministros do Supremo Tribunal Federal. O assunto foi levantado recentemente por Bolsonaro como uma possibilidade de mudança legislativa caso seja reeleito.

“As discussões relativas a toda e qualquer reforma do Judiciário devem ser feitas com muita prudência, responsabilidade e envolvendo, inclusive, o Poder Judiciário”, disse o presidente do Senado. 

Ele acredita ser importante ouvir também ministros atuais do STF, bem como ex-ministros, para saber a opinião deles sobre o tema. 

Além disso, ele considera “incoerente” a ideia da ampliação do STF em um cenário onde governistas defendem a redução da competência do STF e o enxugamento do Estado. (Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) está tecnicamente empatado dentro da margem de erro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, de acordo com pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira (11). 

O levantamento mostra Bolsonaro com 45% dos votos e Lula com 44% no estado, empate técnico entre ambos dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Brancos e nulos somam 8%. Não sabe ou não respondeu, 3%.

Considerando os votos válidos — que excluem votos nulos, brancos e indecisos — Bolsonaro soma 51%, e o petista tem 49% no maior colégio eleitoral do País. 

No primeiro turno, Bolsonaro venceu em São Paulo, assim como ocorreu nas eleições de 2018. O atual presidente e candidato à reeleição recebeu 47,7% dos votos contra 40,8% de Lula no estado.

O Ipec ouviu 2.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de outubro em 84 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

Ontem, o instituto divulgou um levantamento nacional. Nele, Lula segue liderando a disputa ao Palácio do Planalto com 51% das intenções de voto contra 42% de Jair Bolsonaro (PL). Confira a pesquisa completa.

Tarcísio Freitas (Republicanos) lidera a disputa do segundo turno ao governo de São Paulo, com 46% das intenções de votos, contra 41% de Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira (11).  

O primeiro levantamento do instituto para o Estado após o primeiro turno das eleições mostra ainda que brancos e nulos somam 9%. Não sabem ou não opinaram são 4%. 

Considerando os votos válidos — que desconsideram nulos e brancos — Tarcísio tem 53% e Haddad, 47%. 

Na última simulação de segundo turno divulgada pelo Ipec, em 1 de outubro, Haddad liderava com 42% e Tarcísio tinha 38%.

O Ipec ouviu 2.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de outubro em 84 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.

De olho em reverter os votos dos cariocas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu retomar investimentos do governo federal no estado caso seja eleito. 

O petista, que participou de uma caminhada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, afirmou ainda que pretende investir em programas de inclusão social. 

O Rio de Janeiro é considerado estratégico para o bolsonarismo e recebeu pelo menos uma visita do chefe do Executivo a cada semana da campanha eleitoral de 2022. 

Ao contrário do que indicavam as pesquisas eleitorais, Lula terminou o primeiro turno atrás do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro. O petista teve 40,68% dos votos válidos, enquanto o presidente teve 51,09%. 

Reverter esse quadro é importante para o candidato do PT, dado que ele também perdeu em outros dois Estados do Sudeste, Espírito Santo e São Paulo, e venceu com margem apertada (563 mil votos) votos em Minas Gerais.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a defender o sistema eleitoral brasileiro, em meio à possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltar a aumentar o discurso contra as urnas neste segundo turno. 

“Você nunca viu uma fala minha que questiona as urnas eletrônicas. Eu fui eleito agora ao nono mandato, sete em urnas eletrônicas”, disse.

“Eu sempre defendi o sistema democrático, sempre defendi o sistema eleitoral, e sempre disse que o resultado eleitoral seria obedecido”, acrescentou Lira durante entrevista ao UOL.

Bolsonaro já demonstrou insatisfação com a lisura que aliados e militares comprovaram no processo das eleições de domingo (2). O presidente impediu, inclusive, que qualquer conclusão fosse encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A ex-ministra da Agricultura do governo Dilma e senadora Kátia Abreu (PP-TO) declarou apoio à eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Em vídeo divulgado no Twitter, o qual classifica como “alerta ao agronegócio brasileiro”, Kátia Abreu diz que o voto em Lula é pragmático e não se trata de uma questão ideológica. 

Alerta ao agronegócio brasileiro! pic.twitter.com/fB2YygRPgt

— Senadora Kátia (@KatiaAbreu) October 10, 2022

A senadora cita a aprovação recente pelo Parlamento Europeu da lei ambiental, que deve entrar em vigor em 2024, que proíbe a importação de produtos agropecuários oriundos de áreas de desmatamento, seja ele ilegal ou legal. 

A senadora, embora apontada como aliada de Lula, não declarou publicamente seu apoio ao candidato petista no primeiro turno, mas vem fazendo demonstrações de alinhamento neste segundo turno. 

Na semana passada, ela esteve com Lula e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin em São Paulo em encontro com outros governadores e senadores aliados. Kátia Abreu não foi reeleita e deixará o Congresso em janeiro de 2023.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo nesta terça-feira (11) em Balneário Camboriú (SC) pelo apoio de prefeitos que compareceram a um ato político com o candidato à reeleição. 

A campanha aposta no engajamento de líderes regionais para tentar atrair para o chefe do Executivo os votos de eleitores indecisos. Depois de reunir em torno de sua candidatura os governadores dos três maiores colégios eleitorais do País, Bolsonaro agora foca nas lideranças municipais.

Bolsonaro desembarcou hoje no Sul do País para tentar manter o apoio conquistado no primeiro turno da eleição e reforçar a campanha de aliados. 

No Paraná, o governador Ratinho Júnior (PSD) foi reeleito na primeira etapa da corrida eleitoral. Mas a disputa no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina será decidida no dia 30 de outubro. 

Em solo gaúcho, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) enfrenta o ex-governador Eduardo Leite (PSDB). No Estado catarinense, o senador Jorginho Mello (PL) concorre contra o ex-deputado federal Décio Lima (PT).

Mello subiu ao palco com o presidente em Balneário Camboriú, assim como o senador eleito Jorge Seif (PL-SC) e o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan. (Estadão Conteúdo)

A primeira pesquisa Ipespe/Abrapel após o primeiro turno das eleições foi divulgada nesta terça-feira (11) e mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na liderança da corrida ao Palácio do Planalto. 

De acordo com o levantamento, o petista tem 54% dos votos válidos — aqueles que desconsideram brancos, nulos e indecisos — contra 46% do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Na última pesquisa, divulgada no dia 1 de outubro, as simulações de segundo turno mostravam que Lula venceria Bolsonaro por 59% a 41%.

Na pesquisa espontânea, Lula aparece 47% contra 42% de Bolsonaro. Votos branco e nulos somam 6% e não respondeu, 5%. 

Na estimulada, o petista tem 50% e o atual presidente, 43%. Votos brancos e nulos somam 4% e não respondeu, 2%.

O Ipespe, contratado pela Associação Brasileira dos Pesquisadores Eleitorais (Abrapel), ouviu 1.100 eleitores de todo o País entre os dias 8 e 10 de outubro. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. 

Muito barulho fez o campo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a supostas falhas no sistema brasileiro de urnas eletrônicas. Aparentemente, muito barulho por nada.

A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, informa que a fiscalização realizada pelas Forças Armadas no processo de votação não resultou na descoberta de nenhum indício de irregularidade no primeiro turno das eleições de 2022.

As conclusões do trabalho foram descritas a Bolsonaro pelo Ministério da Defesa. Entretanto, o presidente desautorizou a divulgação dos resultados, disseram fontes em altos postos da caserna à colunista.

Bolsonaro teria pedido aos militares envolvidos que “se esforcem mais” na fiscalização do segundo turno.

O debate envolveu os candidatos ao governo do Estado de São Paulo. Entretanto, as propostas e mensagens levadas ao público pelo ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) e pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ontem à noite no debate da Band eram constantemente associadas à disputa presidencial.

Assuntos como orçamento secreto e decretos presidenciais sob sigilo de 100 anos, sem nenhuma relação com os temas estaduais, foram discutidos insistentemente pelos candidatos.

Isso não ocorreu sem razão. Além do enfrentamento direto pelo Palácio dos Bandeirantes, os desempenhos de Haddad e Tarcísio nas urnas podem ser decisivos para o confronto entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

Confira aqui os principais lances do debate.

Confira a agenda dos candidatos qualificados para a disputa do segundo turno da eleição deste ano à Presidência da República nesta terça-feira, 11 de outubro.

Jair Bolsonaro (PL): às 10h30, o candidato à reeleição participa de encontro com prefeitos de municípios catarinenses em Balneário camboriú (SC). Em seguida, o presidente fala com populares no local. Às 14h30, Bolsonaro terá uma reunião com prefeitos e lideranças da zona sul no mezanino do pavilhão da Fenadoce, em Pelotas (RS)

Lula (PT): candidato participa do Ato Brasil da Esperança, em Belford Roxo (RJ).