Bolsonaro foge de perguntas sobre a economia e ataca Lula: ‘a esquerda é sinônimo do fracasso, da corrupção, do atraso’
Além do rival político, presidente voltou a direcionar sua metralhadora de críticas para os ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) e questionar as urnas eletrônicas

Apesar de afirmar que, ao contrário de outros políticos, não está em campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou sua participação na CEO Conference, evento promovido pelo BTG Pactual, para atacar o pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Luiz Inácio Lula da Silva.
Acompanhados dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, Bolsonaro foi breve ao responder perguntas ligadas à economia, mas não poupou palavras contra o adversário: “A esquerda é sinônimo do fracasso, da corrupção, do atraso”, declarou para a plateia de empresários e investidores.
Referindo-se a Lula e ao PT como “o outro lado”, Bolsonaro iniciou a palestra desta quarta-feira (23) listando uma série de medidas que, segundo ele, são defendidas pelo rival:
- Revogar a autonomia do Banco Central e as reformas trabalhista e da previdência;
- Retomar o imposto sindical;
- Reestatizar empresas privatizadas;
- Acabar com o teto de gastos;
- Interferir na política de preços da Petrobras;
- Fortalecer o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);
- Recolher armas dos cidadãos;
- Desmilitarizar as polícias militares;
- Extinguir os colégios militares;
- Liberar as drogas;
- Legalizar o aborto;
- Reaproximar-se de Cuba.
Reforçando a importância das pautas de costume e a defesa do militarismo que foram as marcas de sua campanha em 2018, o presidente, visivelmente exaltado, afirmou que as eleições não são apenas sobre quem será o novo chefe do executivo.
“O que está em jogo no Brasil? A nossa liberdade. O que está em jogo no Brasil? A nossa economia. Para onde estávamos indo nos últimos governos? Vamos flertar com isso novamente, ficar a beira do abismo?”, questionou.
Leia Também
Felipe Miranda: Recuperação técnica?
Acabou a paz com o STF?
Além do rival político, Bolsonaro também voltou a direcionar sua metralhadora de críticas para os ministros do Supremo Tribunal Eleitoral (STF) e questionar as urnas eletrônicas.
“Temos um sistema eleitoral que não há como comprovar que é ‘fraudável’ mas também não há como comprovar que não é ‘fraudável’”, disse.
Ao comentar ações do STF, como a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ), o presidente subiu ainda mais o tom: “ Vocês vão ter que vir para dentro das quatro linhas. Afinal de contas, todos temos limites”.
“Ficam brincando o tempo todo de nos controlar, de desrespeitar a nossa Constituição, de ferir a nossa liberdade de expressão, de prender deputado”, acusou.
E a economia, Bolsonaro?
Quando o rumo das perguntas voltou para os temas econômicos, os discursos do presidente tornaram-se mais curtos e menos inflamados.
Perguntado sobre o avanço das reformas econômicas no Congresso ainda este ano, Bolsonaro disse que a hora é de “aprovar o que pode ser aprovado”.
“Nós sabemos que em anos eleitorais algumas propostas têm dificuldade em ir para frente. O parlamento é muito sensível nesse momento”.
Amparado pela presença de Guedes para responder questões sobre inflação e desemprego, Bolsonaro destacou a cotação atual do dólar. “Se eu não me engano, Paulo Guedes, janeiro foi o mês que mais entrou dólar no Brasil”, disse ele antes de deixar que o ministro assumisse à frente da conversa.
Guedes explicou que a inflação é um fenômeno global causado por um choque adverso de oferta. Por aqui, o cenário foi agravado pela falta de chuva e a alta do petróleo, que pressionou os preços de energia e combustíveis no ano passado.
Para conter a alta inflacionária, o ministro afirma que o primeiro passo já foi dado, relembrando a aprovação da autonomia do Banco Central. “Nós sabemos que a garantia de um controle inflacionário é um BC independente. O estelionato eleitoral através da politização da moeda foi varrido”.
No tópico de criação de empregos, Guedes também destacou uma iniciativa do governo que poderia gerar dois milhões de empregos, mas foi barrada pelo Senado. “Mandamos o programa, com o apoio do Arthur Lira [presidente da Câmara], e esse projeto caiu no Senado. Pretendemos reapresentá-lo”.
O urso de hoje é o touro de amanhã? Ibovespa tenta manter bom momento em dia de feriado nos EUA e IBC-Br
Além do índice de atividade econômica do Banco Central, investidores acompanham balanços, ata do Fed e decisão de juros na China
Em meio a transição de modelo, China luta contra a desaceleração do crescimento do PIB no novo Ano da Serpente
Depois de décadas de forte expansão econômica, o crescimento do PIB da China vem desacelerando nos últimos anos e desafia o otimismo do governo Xi Jinping
Selic abaixo dos 15% no fim do ano: Inter vai na contramão do mercado e corta projeção para os juros — mas os motivos não são tão animadores assim
O banco cortou as estimativas para a Selic terminal para 14,75% ao ano, mas traçou projeções menos otimistas para outras variáveis macroeconômicas
Ex-GetNinjas, Reag vai entrar no Novo Mercado da B3 e detalha cisão parcial; confira o que muda para os investidores
O avanço na cisão da Reag Investimentos faz parte das condições necessárias para a ex-GetNinjas entrar no seleto grupo da B3
Duas faces de uma mesma moeda: Ibovespa monitora Galípolo para manter recuperação em dia sem Trump
Mercados financeiros chegam à última sessão da semana mostrando algum alívio em relação à guerra comercial norte-americana
Até os franceses estão comprando ação brasileira e você não! O caso do Carrefour Brasil mostra as enormes oportunidades da bolsa
Há uma mensagem importante para os investidores nesta operação: as ações brasileiras — não só as do Carrefour — ficaram extremamente baratas
Trump derrubou a bolsa de Moscou? Por que a negociação das ações russas foi suspensa hoje
As operações ainda não têm data para voltar ao normal, de acordo com a operadora da Bolsa de Valores de Moscou
Totvs (TOTS3) impressiona com salto de 42% do lucro no 4T24 — mas a joia da coroa é outra; ação sobe forte após o balanço
Os resultados robustos colocaram os holofotes na Totvs nesta quinta-feira (13): os papéis da companhia figuram entre as maiores altas do dia, mas quem roubou a cena foi um segmento da companhia
O jogo virou na bolsa? Por que Wall Street acelerou a alta e o Dow Jones subiu 350 pontos após as tarifas recíprocas de Trump
A política tarifária do republicano pode facilmente sair pela culatra se acelerar a inflação e reduzir o crescimento, mas o mercado viu as medidas desta quinta-feira (13) com outros olhos
Honda e Nissan confirmam o fim das negociações para a fusão dos negócios — e uma dessas montadoras enfrenta futuro incerto
As negociações para a fusão da Honda e da Nissan foram anunciadas no fim do ano passado e, caso fossem concluídas, criariam a terceira maior montadora do mundo
Da ficção científica às IAs: Ibovespa busca recuperação depois de tropeçar na inflação ao consumidor norte-americano
Investidores monitoram ‘tarifas recíprocas’ de Trump, vendas no varejo brasileiro e inflação do produtor dos EUA
Tarifas recíprocas, inflação, juros e guerra: nada passa batido por Trump
Presidente norte-americano usa a mesma estratégia da primeira gestão e faz pressão em temas sensíveis à economia norte-americana e ao mundo
BofA mantém recomendação de comprar Brasil com 19 ações da B3 na carteira — ação de elétrica ‘queridinha’ da bolsa é novidade
Em um relatório de estratégia para a América Latina, o Bank of America (BofA) decidiu manter o Brasil em overweight (exposição acima da média) na comparação com o índice de referência para a região, o MSCI LatAm. A preferência do banco americano se dá por empresas que demonstram resiliência em vista dos juros elevados. Nesse […]
Volatilidade em alta: inflação dos EUA derruba bitcoin (BTC), mas apenas por um instante; veja o que move o mercado cripto hoje
A inflação nos EUA cresceu mais que o esperado em janeiro, mas após um choque inicial no início do dia, grande parte do mercado conseguiu reverter as perdas e seguiu em alta
‘O barco vai balançar’: Galípolo prevê mercado mais agitado com fim do guidance do BC e indica inflação fora da meta
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participou do primeiro evento desde a posse no cargo e comentou sobre a rota dos juros no Brasil
‘É a hora de fazer a reserva em dólar’: sócio-fundador da Armor Capital explica a queda recente da moeda, mas faz alerta para os próximos meses
Em episódio do Touros e Ursos, Alfredo Menezes fala sobre as perspectivas para a moeda americana e revela as principais posições dos fundos da Armor
Brasil não vive crise como a de 2016, mas precisa largar o ‘vício em gasto público’ se quiser que os juros caiam, diz Mansueto Almeida, do BTG
Comentários do economista-chefe do banco foram feitos durante evento promovido pelo BTG Pactual na manhã desta quarta-feira em São Paulo
Bolsa ladeira abaixo, dólar morro acima: o estrago que o dado de inflação dos EUA provocou nos mercados
Os investidores ainda encararam o segundo dia de depoimentos do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso e uma declaração polêmica de Trump sobre os preços
Mais uma chance na vida: Ibovespa tenta manter bom momento em dia de inflação nos EUA e falas de Lula, Galípolo e Powell
Investidores também monitoram reação a tarifas de Trump sobre o aço e o alumínio; governo brasileiro mantém tom cauteloso
Dança das cadeiras da Vivara: saída de diretor piora o sentimento de instabilidade na gestão e VIVA3 tomba na B3
A saída vem depois de, em novembro de 2024, a varejista de joias destituir o CEO Otavio Lyra com apenas 9 meses no cargo – Santander chama atenção para humor dos investidores