Reino Unido inicia teste de semana de 4 dias úteis, sem cortes de salários; saiba mais
O programa de redução de jornada de trabalho envolve mais de 3 mil funcionários de 70 empresas; os Emirados Árabes Unidos foram os primeiros a adotar a semana de 4 dias úteis
O sonho de trabalhar 4 dias úteis por semana está cada dia mais próximo da realidade europeia. O Reino Unido começou a testar a jornada de trabalho reduzida, sem cortes de salários, nesta segunda-feira (6).
De volta aos trabalhos, após o feriado prolongado do jubileu de platina da Rainha Elizabeth II, o teste-piloto envolve mais de 3 mil colaboradores de 70 empresas — de diversos setores que vão desde as companhias de tecnologia até restaurantes — e durará até dezembro.
O programa está sendo conduzido pelas universidades de Oxford e Cambridge, em parceria com a Boston College nos EUA, além da contribuição das organizações sem fins lucrativos 4 Day Week Global Autonomy e 4 Day Week UK Campaign.
A ideia é medir os novos padrões de jornada de trabalho acompanhando os níveis de produtividade, igualdade de gênero, meio ambiente e bem-estar do colaborador com um dia de trabalho a menos na semana.
- Leia também: Reino Unido lança programa para atrair talentos do mundo todo, mas Brasil está fora; entenda
Reino Unido não é o único
Irlanda, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia também devem testar a jornada reduzida de 4 dias úteis nas próximas semanas.
O anúncio de teste-piloto mais recente é o de Portugal. O governo anunciou na semana passada que mais de 100 empresas pretendem adotar a iniciativa.
O projeto está em discussão na Comissão Permanente de Concertação Social — com membros de todos os setores econômicos: agricultura e comércio, por exemplo — do Ministério do Trabalho português.
Além disso, a iniciativa integra a chamada Agenda do Trabalho Digno que, entre outras medidas, tem o objetivo de promover a valorização dos jovens no mercado de trabalho e a promoção do emprego sustentável.
Por que adotar a semana de 4 dias úteis?
O movimento de reduzir a semana e manter os salários é uma tendência mundial no pós-pandemia. Ainda mais no contexto de altos níveis de desemprego e ondas de demissões voluntárias, que surgiram nos EUA no final do ano passado.
A flexibilidade e o trabalho remoto trouxeram à tona discussões quanto ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal e a melhoria das condições de trabalho em todo o mundo.
A questão do momento é se, de fato, reduzir o número de horas semanais mantendo níveis de produtividade funciona.
Países que já adotaram
Os Emirados Árabes Unidos foram o primeiro país do mundo a adotar, integralmente, a semana de 4 dias úteis. A jornada de trabalho de 36 horas semanais entrou em vigor em janeiro deste ano, para todos os órgãos públicos, inclusive o banco central; para as empresas privadas, a iniciativa é facultativa.
A Bélgica já considera que a jornada de quatro ou cinco dias deve ser uma opção do trabalhador, desde fevereiro - os belgas trabalham por 38 horas semanais, com a possibilidade de fazer 45 horas em uma semana e reduzir a jornada na seguinte.
Outro que adota esse modelo de trabalho é a Islândia. O país fez testes de jornada reduzida com cerca de 2.500 trabalhadores durante os anos de 2015 e 2019. O estudo realizado pela Associação de Sustentabilidade e Democracia (Alda) e pela instituição britânica Autonomy concluiu que o bem-estar dos funcionários melhorou — e a produtividade permaneceu a mesma ou até aumentou.
Escócia, País de Gales e Suécia também já testaram a redução da jornada de trabalho.
Aqui no Brasil, a iniciativa de adotar a semana de 4 dias úteis ainda não é uma pauta do governo. Mas, algumas empresas já seguem essa tendência mundial de jornada reduzida.
Um exemplo é a empresa de produtos pet Zee.Dog, que adotou a medida desde março de 2020. Os colaboradores têm uma pausa no meio da semana, às quartas-feiras.
A startups Winnin, AAA Inovação e Crawly e Shoot implantaram também a semana de quatro dias úteis.
*Com informações de BBC, CNN e DN
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