Quando o assunto é o Cruzeiro, uma das primeiras coisas que vem à cabeça é o ex-atacante Ronaldo. O fenômeno voltou ao clube de origem, agora como gestor, em uma tentativa de devolver a ele os momentos de glória. Agora, os cruzeirenses terão outro retorno para comemorar: o pagamento de mais de R$ 500 mil em dividendos aos detentores do Cruzeiro Token.
O valor está ligado a duas novas vendas de jogadores e será distribuído proporcionalmente de acordo com a alocação de cada holder. Se for considerada mais uma venda recente de atleta, os dividendos ultrapassam R$1 milhão.
A distribuição foi anunciada pela Liqi, plataforma de token e criptomoedas baseada em blockchain. “Este é só mais um exemplo de como a tecnologia blockchain pode transformar ativos ilíquidos em líquidos e dar acesso de forma fragmentada, segura e transparente a todos os tipos de investidores”, disse o CEO da Liqi, Daniel Coquieri.
Cruzeiro e a venda dos jogadores
O token Cruzeiro teve primeiro a venda do zagueiro Murilo Cerqueira para o Palmeiras. Agora, as negociações envolvem a ida do jogador Ederson para a Salernitana, da Itália.
A transação do volante que atuava no Corinthians não teve o valor divulgado, mas fontes indicam que o pagamento deve ser de 6,5 milhões de euros.
Além deles, o zagueiro Fabrício Bruno, que defendeu o Bragantino, foi vendido para o Flamengo por cerca de R$ 15 milhões. Todos foram revelados pelo Cruzeiro.
Segundo a Liqi, o token faz parte do mecanismo de solidariedade, que consiste em retornar ao clube a negociação dos jogadores que foram relevados.
O Cruzeiro Token está lastreado em mais de 270 jogadores que passaram pela categoria de base do clube. Até 2026, toda negociação envolvendo qualquer um destes atletas irá gerar retorno aos investidores.
Token e a popularização entre times brasileiros
No mês passado, o Santos anunciou que os detentores do Token da Vila também receberam dividendos após a negociação do atacante Yuri Alberto — revelado pelo clube, mas que estava no Internacional — para o Zenit, da Rússia.
Além do Santos, clubes como Corinthians, Flamengo e São Paulo lançaram os chamados fan tokens como uma forma de arrecadar recursos.
Os fan tokens são criptomoedas que funcionam como figurinhas digitais que permitem ao torcedor ter alguma participação no time, como prioridade na hora de comprar ingressos, decisão sobre a escolha da camisa e direitos na negociação de jogadores na forma de dividendos.
Graças à tecnologia que permitiu o surgimento das criptomoedas, a emissão de fan tokens é limitada. Com isso, os investidores-torcedores que adquiriram os seus podem eventualmente vendê-los no futuro por um valor maior, caso os direitos atrelados a eles se valorizem.