Enquanto alguns perderam dinheiro com a FTX, quem comprou tokens de carteiras digitais se deu bem: veja as criptomoedas que dispararam 90%
O Trust Wallet Token (TWT), o utility token da carteira de criptomoedas descentralizada Trust Wallet, disparou 81,40% em uma semana
Nunca é fácil assistir à queda de um titã — muito menos quando sua decadência parece levar um mercado inteiro junto com ela. A derrocada da FTX instaurou um verdadeiro mar vermelho no universo das criptomoedas, com tensões crescentes rondando as operações de outras exchanges.
Porém, como em todos os aspectos da vida, há quem encontre oportunidade na dificuldade — e os ganhos foram robustos, devo dizer.
O principal exemplo foi o Trust Wallet Token (TWT), que disparou 81,40% em uma semana enquanto o mercado de ativos digitais em maioria ainda se recuperava lentamente das duras perdas acumuladas no período.
Nas máximas da semana, a criptomoeda chegou a dar um salto de mais de 100%.
Por volta das 12h35, o bitcoin (BTC), por exemplo, acumula baixa de 5,08% em sete dias, acompanhado pelo ethereum (ETH), que recua 8,03% no mesmo período.
O TWT funciona como um utility token — um ativo que representa o acesso a um produto ou serviço — para a carteira de criptomoedas (wallet) descentralizada Trust Wallet, que permite que os usuários controlem totalmente os próprios fundos. Esse tipo de token viabiliza, entre outras coisas, o acesso a benefícios dentro do próprio app da carteira.
Leia Também
A janela de oportunidade do token se abriu no momento em que os investidores tiveram a confiança abalada após a quebra da segunda maior corretora de criptomoedas do mundo, e passaram a retirar seus fundos das exchanges.
De acordo com dados da plataforma de análise Glassnode, os investidores de criptomoedas retiraram em torno de US$ 3 bilhões em bitcoins na semana encerrada em 13 de novembro — o maior volume desde abril do ano passado.
Já segundo informações do site Coinglass, o saldo de bitcoin nas exchanges centralizadas caiu em torno de 10% desde o dia 07 de novembro, ao passar de 2,1 milhões para os atuais 1,89 milhão.
Assim, o apetite por carteiras de autocustódia, como é o caso da Trust Wallet, passou a crescer entre quem investe em ativos digitais.
A Binance e as carteiras descentralizadas
Não bastasse o simples fato de a Trust Wallet servir como alternativa às corretoras cripto centralizadas, o apoio do CEO da Binance, Changpeng ‘CZ’ Zhao, à wallet renovou a aceitação dos investidores de criptomoedas ao token, impulsionando seus ganhos recentes.
O executivo foi ao Twitter conversar com quem utiliza exchanges centralizadas ou carteiras de autocustódia.
“A autocustódia é um direito humano fundamental. Você é livre para fazê-lo a qualquer momento. Apenas certifique-se de fazê-lo direito. Recomendo começar com pequenas quantidades para aprender as tecnologias/ferramentas primeiro. Erros aqui podem custar muito caro”, disse CZ.
Em outro tweet no fio da rede social, o CEO da Binance mencionou a Trust Wallet com a frase “suas chaves, suas moedas”. Após a publicação, o token TWT disparou 39% em relação ao dia anterior na máxima do dia.
As “chaves” citadas por CZ são nada mais do que a origem do endereço das carteiras de criptomoedas — a informação mais sensível e necessária para realizar transações com ativos digitais.
Isso porque qualquer pessoa que possua acesso às chaves poderia movimentar a carteira — no caso das exchanges, a custódia dessas informações sensíveis está em poder da corretora, o que permite que a empresa realize transações em nome do usuário.
“Os investidores entendem que, com a quebra da FTX, esses tokens podem se valorizar, mas, no longo prazo, isso não reflete uma verdade, visto que esses tokens não capturam receita ou qualquer valor das empresas e plataformas”, destacou Felipe Medeiros, analista de criptomoedas e sócio da Quantzed Cripto.
“A disparada na venda de wallets acontece pela desconfiança que agora paira sobre todas as corretoras de cripto. Os investidores estão procurando um lugar seguro para manter seus ativos e, no momento, estão migrando para custódia própria em wallets”, explicou o analista.
A busca por carteiras físicas de criptomoedas
O apoio às corretoras de criptomoedas descentralizadas (DEX) e à autocustódia não veio apenas do CEO da Binance, porém: o cofundador da exchange Polygon, Sandeep Nailwal, o criador da Shapeshift, Erik Vorhees, e a corretora Uniswap também deram seus votos de confiança nos últimos dias.
O movimento de migração das exchanges centralizadas para descentralizadas não impulsionou apenas as cotações do token da Trust Wallet. O SafePal (SFP) subiu 92,1% na última semana.
A busca por carteiras físicas (as chamadas cold wallets), como a Ledger e a Trezor também disparou desde a crise da corretora FTX.
Os fundadores destas wallets registraram um aumento nas vendas no período, enquanto os investidores de criptomoedas buscam soluções para manter seus ativos em segurança.
“A semana passada foi a semana de vendas mais alta da história da Ledger. Domingo foi nosso maior dia de vendas de todos os tempos. Até segunda-feira, quando batemos nosso recorde novamente”, disse o CEO da Ledger, Pascal Gauthier, por e-mail ao Decrypt.
As carteiras de criptomoedas físicas armazenam as chaves privadas dos usuários de modo offline — ao contrário das carteiras de software, que estão sujeitas a ataques hacker. Vale destacar, porém, que as cold wallets também possuem suas vulnerabilidades, e já foram alvo de ataques de phishing.
“A mensagem é clara: as pessoas estão percebendo que devemos voltar à descentralização e à autocustódia. ‘Não são suas chaves, não são suas moedas’. Um ditado tão antigo quanto a própria criptomoeda, mas nunca foi tão relevante”, encerrou Pascal.
*Com informações de Cointelegraph e Decrypt
Bitcoin (BTC) ‘físico’ de quase R$ 1 bilhão tem lacre rompido após 13 anos
Duas moedas físicas criadas em 2011 e 2012, quando o bitcoin valia centavos, reaparecem e somam R$ 975 milhões
O bitcoin morreu (de novo)? Depois de 450 mortes da criptomoeda, quem ignorou os alarmistas se deu bem
Com a recente forte correção do bitcoin, analistas voltam a prever o fim da criptomoeda — e o contador de “mortes” já chega a 450
Bitcoin (BTC) volta a negociar em US$ 87 mil após forte queda dos últimos dias; veja os preços das criptomoedas neste domingo (23)
Mercado global de criptomoedas perdeu cerca de US$ 1 trilhão desde o pico de preços nos últimos dias
Não é só você que está perdendo com a queda do bitcoin (BTC): em competição de trading, quase 90% dos participantes acabam no prejuízo
Queda expressiva do Bitcoin derrubou o desempenho da competição da Synthetix, onde quase 90% dos participantes terminaram no prejuízo
Clima de medo nos mercados atinge bitcoin (BTC), que cai mais de 10% em 24 horas com dado dos EUA
Dado forte nos EUA reduziu apostas de corte de juros, elevou a aversão ao risco e pressionou a criptomoeda
Receita Federal aperta o cerco contra irregularidades em operações com criptomoedas; veja o que vai mudar
Leão atualizou prestação de informações relativas a operações com criptoativos a fim de intensificar o combate à evasão, à lavagem de dinheiro e ao financiamento de atividades criminosas
Ações das ‘Bitcoin Treasuries’ caem mais de 30% e desvalorização já é maior do que a do próprio bitcoin (BTC)
Enquanto a maior criptomoeda do mundo registra uma queda da ordem de 13,6% em 30 dias, empresas como a Strategy, a OranjeBTC e o Méliuz têm desempenhos mais fracos
Potencial de retorno com molho especial? Por que a volta de um lanche do McDonald’s é vista como ‘prenúncio’ de uma disparada do bitcoin
Sempre que um determinado lanche do Mc volta para o cardápio, o Bitcoin dispara. Será que esse fenômeno vai se repetir agora?
Bitcoin (BTC) segue em ritmo de recuperação e se mantém acima de US$ 100 mil
Analista técnica e trader parceira da Ripio diz que a próxima faixa de resistência para o bitcoin está entre US$ 106,7 mil e US$ 112,5 mil
Bitcoin (BTC) recupera US$ 102 mil após semana negativa; confira o que mexe com as criptomoedas hoje
A maior criptomoeda do mundo chegou a romper o chamado “suporte psicológico” dos US$ 100 mil na sexta-feira (7), o que ampliou o sentimento de medo extremo entre investidores.
O bitcoin (BTC) está derretendo: maior criptomoeda do mundo cai abaixo de US$ 100 mil pela 1ª vez desde junho e perde 20% do valor
O bitcoin acabou arrastando com ele outros ativos digitais — o ethereum (ETH), por exemplo, chegou a cair quase 10%, com muitos tokens registrando perdas superiores a 50%
O bitcoin está morto? Se você investisse um dólar a cada vez que profetizaram a morte da criptomoeda, estaria milionário
De Warren Buffett a Peter Schiff, o Bitcoin já foi declarado ‘morto’ mais de 400 vezes — mas quem investiu em cada uma dessas previsões estaria milionário hoje
Uptober vermelho: Bitcoin encerra outubro em queda acumulada pela primeira vez em 7 anos
O bitcoin até começou outubro em alta, mas turbulências macroeconômicas pesaram sobre o mercado de criptomoedas, especialmente a guerra comercial
Robô fica milionário com criptomoedas — e agora quer “ser gente”
Rico, famoso e compositor musical: robô da inteligência artificial compartilha memes, investe e deseja ter direitos, além da própria voz
Youtuber mais bem-sucedido do planeta se prepara para lançar a própria corretora de criptomoedas
O youtuber mais famoso do mundo agora pretende expandir seu império com um registro de marca voltada a serviços e pagamentos com criptomoedas; veja quem é
Abate de porcos: A relação do Camboja com a maior apreensão de bitcoin (BTC) da história
Maior apreensão de bitcoin da história dos EUA expõe rede criminosa ligada ao Camboja, que usava trabalho forçado e mineração para lavar dinheiro.
Méliuz (CASH3) deve ter bom resultado no 3T25, prevê BTG; após queda de 40% desde o meio do ano, vale a pena comprar as ações?
Analistas projetam que a plataforma de cashback vai ter um Ebitda de R$ 20 milhões no terceiro semestre deste ano
Bitcoin (BTC) renova máxima histórica impulsionado por investidores de varejo
Criptomoeda superou os US$ 125 mil em meio ao feriado na China e ao “shutdown” nos EUA
Com recorde atrás de recorde do bitcoin, número de bilionários (e milionários) relacionados a criptomoedas salta forte de um ano para cá
Alta histórica do bitcoin impulsiona número de milionários e bilionários ligados a criptomoedas; estudo mostra salto expressivo em apenas um ano
Campos Neto sobre stablecoins: redução da intermediação bancária será o grande tema do universo dos criptoativos no curto prazo
Além disso, o ex-presidente do BC explica que a política monetária também está ameaçada com essa desintermediação
