Binance x Reuters: reportagem acusa corretora de escapar de reguladores e expõe intimidade da vida de CEO da empresa, que responde a críticas; veja
Ainda na matéria, a Reuters expôs que CZ, CEO da Binance, tem um filho com um dos principais nomes da corretora atualmente

Uma reportagem da Reuters publicada na manhã desta segunda-feira (17) expõe um suposto esquema da Binance para escapar da regulação sobre a empresa nos Estados Unidos e no Reino Unido. De acordo com a matéria, a maior corretora de criptomoedas (exchange) do mundo usou empresas como “boi de piranha” para continuar operando nos países.
A publicação aponta que o CEO da empresa, Changpeng Zhao, conhecido como CZ, teria autorizado a criação de um braço da corretora — a Binance.US — para desviar a ação dos reguladores sobre a Binance.
Vale ressaltar que a exchange foi proibida de operar nos EUA desde 2019, mas seguiu com algumas operações no país.
A Reuters teve acesso a trocas de mensagens, e-mails e documentos da empresa de 2017 até 2022.
Entretanto, um ponto principal gerou a revolta de CZ, que se pronunciou por meio de um post no blog da Binance.
Isso porque foi revelado que o CEO da corretora teve um filho com a co-fundadora da empresa, Yi He, com quem mantém um relacionamento discreto desde antes da fundação da Binance em 2017. Não, não é um caso extraconjugal: ambos vivem juntos, mas preferem manter a discrição em virtude do trabalho de ambos.
Leia Também
A resposta de CZ foi incisiva ao dizer que "por enquanto, gostaria de reiterar meu desejo de ter relacionamentos sólidos e abertos com repórteres em todos os meios e, mais importante, manter minha família segura. Sem garantias do segundo, não posso me comprometer com o primeiro”.
Confira os pontos mais importantes:
Histórico da Binance X EUA
Com pouco mais de um ano após sua fundação na China — vale ressaltar que CZ é canadense, mas estudou e mantém laços com o país —, a Binance começou a expandir seu negócio para outros países em 2018.
Mas fazer negócios envolvendo criptomoedas era mais difícil naquela época do que é hoje. O pouco conhecimento sobre o setor e muitos rumores sobre se tratar de “dinheiro de tráfico” fez com que muitas entidades governamentais não dessem muita bola para o bitcoin (BTC).
Nessa mesma época, a Binance criou a Binance.US como uma “entidade totalmente independente”. O que acontecia de fato é que essa nova empresa estava sujeita às diretrizes da exchange.
Do outro lado da mesa
Sem mencionar o caso, a nota de CZ afirma que a Binance foi “a primeira grande exchange fora dos EUA a realizar o KYC (Know Your Costumer, ou conheça seu cliente) de todos os nossos usuários para garantir que possamos cumprir os padrões internacionais”.
“Para fortalecer a credibilidade de todo o ecossistema de criptomoedas, incentivamos todas as exchanges de criptomoedas do mundo a fazerem o mesmo”, diz.
Instituições de pagamento no Reino Unido
Assim como ocorreu no Brasil, a Binance precisa de uma instituição de pagamentos para auxiliar o suporte de negociação entre moeda corrente de um país e criptomoedas.
A parceira da Binance no Reino Unido era a Checkout.com, que pediu à corretora para deixar explícita a participação da empresa nos negócios — algo “completamente padrão no mundo de pagamentos e comércio”, disse um porta-voz da instituição.
Entretanto, a unidade britânica precisou pedir à central para que fosse feita uma divulgação discreta da parceria. Zoe Wei, executiva de estratégia da Binance, afirmou que o anúncio “não entrará em conflito com nossa política não regulamentada”, segundo a reportagem.
Essa foi uma aparente referência ao objetivo da Binance, estabelecido em um documento de conformidade da empresa publicado naquele mesmo mês, de “proteger os negócios de escrutínio regulatório desnecessário”, segundo a reportagem.
De volta aos EUA: Binance e o “Tai-Chi” regulatório
Em outubro daquele mesmo 2018, o grupo de executivos do alto escalão da Binance entrou em contato com o empresário Harry Zhou. Segundo a reportagem, Zhou seria responsável por um método de entrada da corretora nos EUA, chamado de Tai Chi entity.
E aqui vale um esclarecimento: CZ afirmou que a apresentação não passava de uma consultoria externa.
“Ele [o Tai Chi entity] nunca foi implementado. O powerpoint inteiro tem apenas sete slides, não tem nenhum direcionamento executável e parece que foi montado por um aluno da 5ª”, escreve.
A reportagem da Reuters ainda diz que a Binance processou a revista Forbes após um artigo de 2020 sobre o Tai Chi entity, alegando difamação e que a proposta nunca foi implementada. Mais tarde, a corretora desistiu do processo.
O drible na SEC
Nos e-mails analisados pela reportagem, Zhou continuou a trabalhar com a Binance por mais um tempo, chegando a sugerir um novo plano chamado Binance US Entry.
Uma nova plataforma seria criada com um número menor de tokens para escapar da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
A Binance restringiria o acesso dos clientes à plataforma principal nos Estados Unidos, dizia a apresentação.
Ainda, a corretora poderia inclusive permitir o uso de VPN — softwares que permitem o acesso à internet sem rastreio — como estratégia para que os traders acessem a plataforma principal da Binance, afirma a reportagem.
Os debates para a entrada da Binance nos EUA seguiram até junho de 2019.
Em julho daquele mesmo ano, a corretora começava a se retirar do país visando “um esforço contínuo de medidas de compliance”, segundo nota da época.
Binance e um mercado ainda pouco regulado
É preciso ponderar uma série de informações em casos como o da Binance.
O mercado de criptomoedas cresceu mais rápido do que sua reputação e seus mecanismos de controle e regulação.
Vale lembrar que a maior e principal moeda digital do mundo — o bitcoin — tem pouco mais de 13 anos.
Mesmo o Brasil, que é considerado avançado nesse ponto, ainda não tem uma regulação específica para o mercado de criptomoedas.
Grandes economias da Zona do Euro, bem como Estados Unidos e China, também contam com poucas diretrizes para legislar sobre este universo.
Já a corretora
O caráter exponencial dos ativos digitais permitiu o crescimento de empresas do setor ao mesmo tempo que se multiplicaram preconceitos e informações equivocadas sobre esse novo universo.
Sabendo disso, a Binance — que teve um início de vida conturbado nesse mercado, como admitiu CZ — vem expandindo suas operações e tenta se adequar à realidade dos países.Recentemente, a empresa lançou um time para auxiliar com a regulação crescente em seus principais locais de atuação.
Bitcoin (BTC) atinge recorde, mas altcoins roubam a cena; mercado de criptomoedas alcança US$ 4,2 trilhões
Bitcoin alcança a nova máxima histórica, mas são as altcoins como o ethereum e a solana lideram as altas desta quarta-feira (13)
Itaú (ITUB4) expande sua oferta de altcoins e adiciona 5 novas criptomoedas ao seu app
Aave (AAVE), Avalanche (AVAX), Chainlink (LINK), Polygon (POL) e Litecoin (LTC) entram na lista do banco, que ampliou de duas para dez opções de criptomoedas em 2025
Bitcoin (BTC) encosta nos US$ 122 mil: novos recordes à espreita ou o retorno da volatilidade ao mercado?
Alta recente do BTC reflete otimismo com cortes de juros nos EUA, mas avanço da volatilidade e dados de inflação prometem testar o fôlego do mercado
Trump toca e o mercado dança: bitcoin (BTC) volta aos US$ 117 mil e impulsiona altas de quase 10%
Decreto do republicano abre caminho para a inclusão de criptomoedas nos planos de aposentadoria 401(k); medida mira mercado trilionário e anima investidores
Tempestade macroeconômica: sem corte de juros e com tarifas, bitcoin (BTC) cai para US$ 113 mil e arrasta outras criptos
Com cenário macro ainda adverso nos EUA, os ativos digitais seguem pressionados enquanto o mercado busca gatilhos positivos em meio a tarifas e sinais de desaceleração econômica
Nem o céu nem o inferno: Bitcoin (BTC) e outros tokens cambaleiam após decisão do Fed e relatório que promete “Era de Ouro” das criptomoedas
Com juros mantidos nos EUA e sinalizações mistas de Washington, criptomoedas operam no vermelho, ainda que com volatilidade reduzida
Empresa de vape aposta em modelo de negócio da Strategy e entra no jogo das ‘crypto treasury’
Negociada na Nasdaq sob o ticker “VAPE”, a CEA Industries levantou US$ 1,25 bilhão para montar a maior tesouraria corporativa em BNB no mundo
Criptomoedas recuam e bitcoin (BTC) estagna, mas duas altcoins ganham os holofotes em semana de decisão do Fed
Alta histórica, tesourarias bilionárias e apostas institucionais em meio a uma semana tensa para o mercado. BNB e ethereum brilham enquanto mercado aguarda decisão de juros nos EUA
Alta do Bitcoin: com lucro no bolso, brasileiros buscam porto seguro na renda fixa e stablecoins
Alta recorde do bitcoin movimentou o mercado e surpreendeu quem acha que o investidor brasileiro ainda ‘compra na alta e vende na baixa’.
Criptos sobem com expectativa sobre juros do Fed e liquidação bilionária de “baleia”
Venda de mais de 80 mil BTC reportada pela Galaxy Digital seria uma das maiores transações nominais já registradas no mercado de criptomoedas.
B3 amplia estratégia para criptoativos e anuncia negociação das 8h às 20h; confira os detalhes
A B3 está apostando no mercado de criptoativos para atrair investidores de varejo — novatos e veteranos — para a bolsa brasileira, afirmou Marcos Skistymas, diretor de produtos da B3, nesta sexta-feira (25). Durante o painel “B3 virou cripto? O que está por trás dos contratos futuros na Bolsa”, no evento Expert XP 2025, o […]
Strategy emite US$ 2,4 bilhões em ações que pagam dividendos com o objetivo de comprar mais bitcoin (BTC)
Strategy amplia oferta de ações preferenciais de US$ 500 mi para US$ 2 bi e deve usar os recursos para comprar mais bitcoin; empresa já detém mais de US$ 72 bi em BTC
Bitcoin (BTC) patina abaixo dos US$ 120 mil e mercado olha para altcoins como alternativa
O amadurecimento de criptomoedas como ethereum (ETH), XRP e solana (SOL) chama a atenção — mas a tão esperada altseason pode ainda não estar tão próxima quanto parece
Bitcoin (BTC) cai, ethereum (ETH) e XRP disparam: o mercado na semana em que Trump assinou a primeira lei cripto da história dos EUA
Mercado de criptomoedas encerra a semana com altas de até 25% e a sanção do Genius Act por Donald Trump; veja o balanço da Crypto Week
Crypto Week volta com tudo nos EUA e XRP atinge novo status; bitcoin (BTC) oscila nos US$ 120 mil
XRP se consolida como terceira maior criptomoeda do mercado no mesmo dia que Genius Act e Clarity Act são aprovados na Câmara norte-americana; confira as principais notícias do mundo cripto desta quinta-feira (17)
Bitcoin (BTC) flerta com os US$ 120 mil, mas ethereum (ETH), solana (SOL) e XRP que empurram o mercado de criptomoedas hoje
Com altas de dois dígitos e impulso da BlackRock, o ethereum deixa o vermelho em 2025 e testa resistência crítica em meio à retomada das altcoins
Semana Cripto na berlinda: dissidência republicana desafia Trump e trava votação do Genius Act
Pressão política, dissidência republicana e incertezas no Congresso derrubam o clima otimista da “Crypto Week”
Ressaca do recorde: Bitcoin (BTC) chega a cair 6% em meio às correções; veja preços nesta terça-feira (15)
Correção técnica, dados macroeconômicos dos EUA e incerteza pressionam o mercado após sequência de máximas históricas
Bitcoin (BTC) ultrapassa US$ 123 mil com Crypto Week nos EUA e entrada institucional bilionária
Entradas bilionárias em ETFs, debate regulatório no Congresso norte-americano e avanço do dólar ajudam a sustentar novas máximas do BTC neste início de semana
Após os US$ 118 mil e com a Crypto Week no horizonte, saiba o que o futuro reserva para o bitcoin (BTC)
Combinando euforia regulatória e macroeconomia favorável, o BTC disparou para perto dos US$ 119 mil, enquanto o setor aguarda definições cruciais no Congresso dos EUA