🔴 JAVIER MILEI PODE FAZER AÇÃO BRASILEIRA DISPARAR; SAIBA QUAL

Cotações por TradingView
Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
Ricardo Gozzi
SEGREDOS DA BOLSA

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais e criptomoedas recuam antes da Super Quarta; Ibovespa acompanha queda de commodities

Antes do dia da decisão dos Bancos Centrais dos EUA e do Brasil, os investidores adotam uma postura mais defensiva frente aos ativos de risco

Renan Sousa
Renan Sousa, Ricardo Gozzi
19 de setembro de 2022
7:47
piores fundos de investimento gráfico queda
Confira o que movimenta a bolsa, o dólar e o Ibovespa esta semana. Imagem: Adobe Stock

Sempre que uma Super Quarta se aproxima, a reação dos participantes dos mercados financeiros é a mesma. Os investidores se revestem de camadas adicionais de cautela à espera da próxima ação dos banqueiros centrais e os ativos de risco — como bolsas e criptomoedas — reagem em queda.

Além disso, a ausência de negócios na City Londrina afeta a liquidez na manhã desta segunda-feira (19). A bolsa de valores de Londres está fechada hoje como parte da operação que envolve os funerais da rainha Elizabeth II. O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, encontra-se em Londres para a cerimônia.

E enquanto os britânicos despedem-se da monarca, os mercados acionários da Europa e os índices futuros de Nova York começam a semana com o pé esquerdo e em queda. No campo das criptomoedas, o bitcoin (BTC) perdeu o suporte de US$ 19 mil e é negociado a US$ 18.400, cotação que não era vista desde 2020. 

Os investidores mantêm a cautela observada desde a semana passada com a reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Analistas acreditam que os diretores do Fed se decidirão pela terceira elevação seguida de 75 pontos-base na taxa básica de juro nos Estados Unidos. Há quem entenda, porém, que o BC norte-americano pode desembainhar uma alta ainda maior de 100 pontos-base, mas essa projeção seria um choque demasiado para o mercado. 

De qualquer modo, os investidores esperam um impacto negativo da elevação dos juros sobre o desempenho dos ativos de risco. Isso porque o medo que surge é de que o aperto monetário passe da conta e lance a economia norte-americana em recessão.

O resultado da reunião será conhecido às 15h de quarta-feira apenas. Com isso, a expectativa é de que o tom de cautela continue predominando até lá.

Também na quarta-feira, mas depois do fechamento do mercado por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia sua decisão de juro.

E se até alguns dias atrás, os analistas contavam com o fim do aperto monetária por aqui, a expectativa agora é de uma alta residual de 25 pontos-base.

Quem jogou água no chope dos investidores foi o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Segundo ele, a batalha contra o dragão da inflação ainda não acabou. Diante disso, abriu-se uma janela para que a Selic chegue aos 14% ao ano na quarta-feira.

No pregão da última sexta-feira (16), o Ibovespa caiu 0,61%, aos 109.280 pontos. A queda acumulada foi de 2,69%. 

Já o dólar à vista encerrou o dia em alta de 0,38%, a R$ 5,2592, mas chegou a encostar na casa dos R$ 5,30 na máxima. Na semana, os ganhos foram de 2,17%.

Confira o que movimenta as bolsas, o dólar e o Ibovespa nesta semana:

Um pulo na China

Enquanto isso, na contramão dos bancos centrais ocidentais, a autoridade monetária chinesa anunciou hoje uma nova injeção de liquidez na economia.

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) injetou cerca de 12 bilhões de yuans diante da desaceleração econômica enfrentada pelo país. Vale lembrar que as medidas da política de covid zero pressionaram as atividades por lá. 

Esses mais de US$ 1,7 trilhão de dólares podem limitar as perdas do dia e animar os negócios nos emergentes — e o Brasil está nessa lista. 

Ibovespa e a corrida eleitoral

Os investidores também estão de olho no cenário eleitoral. A duas semanas das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a abrir vantagem sobre Bolsonaro (PL), desta vez na pesquisa BTG/FSB.

Lula subiu de 41% para 44% entre a rodada anterior, divulgada na semana passada, e a atual, publicada hoje. Bolsonaro, por sua vez, ficou estável em 35%.

Ao mesmo tempo, Ciro Gomes (PDT) caiu de 9% para 7% e Simone Tebet (MDB) recuou de 7% para 5%.

Em um eventual segundo turno, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro segue estável em 13 pontos porcentuais pela quinta rodada seguida da BTG/FSB, agora em 52% a 39% a favor do ex-presidente.

Commodities e a bolsa brasileira

A expectativa da desaceleração da economia global com risco de recessão também reflete no desempenho das matérias-primas antes da Super Quarta. 

O barril do petróleo Brent, referência internacional de preços, é negociado em queda de 1,73%, cotado a US$ 89,82 — faixa de preço que não era vista desde o começo do mês. 

Enquanto isso, o minério de ferro negociado no porto de Dalian, na China, também recua  1,40%, cotado a US$ 100,51. 

Com isso, a expectativa é de que gigantes da bolsa — como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4) — reajam negativamente à queda das commodities e pressionem o índice local. 

Bolsa nos próximos dias: agenda da semana

Segunda-feira (19)

  • Bolsas no Japão e no Reino Unido fechadas em virtude de feriados locais
  • FGV: Monitor do PIB em julho (10h15)
  • Economia: Balança comercial semanal (15h)
  • China: PBoC divulga taxas de referência para empréstimos de 1 a 5 anos (22h15)

Terça-feira (20)

  • FGV: IGP-M de setembro (8h)
  • CNI: Sondagem da indústria e construção de setembro (10h)
  • Estados Unidos: Estoques de petróleo (17h30)
  • Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)

Quarta-feira (21)

  • Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
  • Estados Unidos: Fed divulga decisão de política monetária (15h)
  • Estados Unidos: Coletiva sobre a decisão de política monetária do Fed com o presidente da instituição, Jerome Powell (15h30)
  • Banco Central: Decisão do Copom sobre juros (após 18h30)
  • Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)

Quinta-feira (22)

  • Japão: Decisão de política monetária (00h)
  • Turquia: Decisão de política monetária (8h)
  • Reino Unido: Decisão de política monetária (08h)
  • Estados Unidos: Pedidos de auxílio-desemprego (9h30)
  • Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)

Sexta-feira (23)

  • Japão mantém bolsas fechadas devido ao feriado local
  • Zona do Euro: PMI industrial, composto e de serviços (5h)
  • Reino Unido: PMI industrial, composto e de serviços (5h30)
  • Estados Unidos: 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas (sem horário definido)

Compartilhe

A VOLTA DO FLUXO POSITIVO

Gringos encerram jejum de Brasil e injetam R$ 21 bilhões na bolsa em novembro, maior volume em quase dois anos 

4 de dezembro de 2023 - 13:17

Esse é o maior aporte para um mês de novembro desde 2020 e contribuiu para o salto de 12,5% do Ibovespa no mês

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa realiza lucros na esteira de Wall Street e recua 1%; dólar avança e se aproxima de R$ 5

4 de dezembro de 2023 - 6:59

RESUMO DO DIA: Com a desvalorização do mercado de commodities e fraqueza das bolsas internacionais, o Ibovespa realizou os ganhos recentes nesta segunda-feira (4). Por aqui, a agenda mais esvaziada permitiu que os investidores acompanhassem as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Mas, para a frustação do mercado, RCN não fez novas […]

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Relatórios de emprego nos EUA dominam primeira semana de dezembro enquanto Congresso brasileiro opera em ‘bandeira dois’ e PIB do trimestre domina cenário local

4 de dezembro de 2023 - 6:15

Os parlamentares devem começar a focar na campanha para as prefeituras de olho nas eleições de 2024

PROJEÇÃO DO BANCO

As quatro estações do Ibovespa: Inter projeta alta do índice no próximo ano e revela qual é o melhor momento para comprar bolsa

3 de dezembro de 2023 - 15:47

Considerando a precificação ainda conservadora do mercado, o banco projeta o índice a 142 mil pontos em 2024

PRÉVIA DO IFIX

Estes três fundos imobiliários podem deixar a carteira do principal índice de FIIs da B3 em breve

2 de dezembro de 2023 - 15:43

Confira as mudanças previstas na primeira prévia da nova carteira do IFIX, que entra em vigor no início do próximo ano

RANKING DO ÍNDICE

Por que as ações do Magazine Luiza (MGLU3) saltaram mais de 51% e registraram a maior alta do Ibovespa no mês?

2 de dezembro de 2023 - 11:01

Outros nomes do varejo também registraram fortes ganhos em novembro, em meio às expectativas com a Black Friday e alívio nas taxas de juros nos Estados Unidos

ADEUS, CASAS BAHIA?

Plano para manter Casas Bahia na “elite” da B3 dá errado (por enquanto), indica primeira prévia do Ibovespa — veja quem entra e quem sai do principal índice da B3

1 de dezembro de 2023 - 12:10

Casas Bahia (BHIA3) ficou de fora da primeira prévia da carteira teórica do Ibovespa, mas empresa de energia consegue vaga no índice

DINHEIRO NOVO

Aeris (AERI3) reforça caixa em R$ 400 milhões com oferta de ações garantida pelo BTG

1 de dezembro de 2023 - 9:21

Com o dinheiro novo que entra no caixa, a Aeris vai reduzir a dívida líquida, que encerrou o terceiro trimestre em pouco mais de R$ 1 bilhão

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa fecha na máxima aos 128 mil pontos e avança 2% na semana; dólar recua e fica abaixo de R$ 4,90 após Powell

1 de dezembro de 2023 - 7:40

RESUMO DO DIA: O Ibovespa conseguiu manter o ritmo de ganhos de novembro e seguiu renovando máximas ao nível dos 128 mil pontos. Com a agenda local mais esvaziada, o mercado acionário brasileiro acompanhou o desempenho de Wall Street, em meio a novas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O presidente do banco […]

DESTAQUES DA BOLSA

Por que Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) caem forte na bolsa mesmo com a alta do dólar 

30 de novembro de 2023 - 16:28

As companhias de papel e celulose, em geral, têm o desempenho das ações atrelado à movimentação da moeda norte-americano, mas hoje é exceção

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies