Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais aguardam inflação da zona do euro e PMI dos EUA; Ibovespa repercute aprovação da PEC dos Auxílios pelo Senado
Investidores ainda acompanham a divulgação da balança comercial de junho e do índice gerente de compras no Brasil

Se os investidores esperavam que o início deste novo semestre traria novos ânimos aos mercados internacionais depois de seis meses negativos para os investimentos, esta sexta-feira veio para decepcionar ainda mais. A palavra ideal para definir a sessão de hoje é novamente “cautela”.
Após dados indicarem que a economia dos Estados Unidos já está apresentando sinais de fraqueza, os investidores devem manter no radar hoje a divulgação de novos indicadores econômicos importantes no mundo inteiro.
Por aqui, a agenda interna reserva a publicação da confiança empresarial, do indicador de preços aos produtores e do índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de junho agora pela manhã. Durante a tarde, o Ministério da Economia ainda divulgará a balança comercial de junho.
Os investidores ainda devem repercutir no cenário interno a aprovação da PEC dos Auxílios pelo Senado.
Já no exterior, o foco está para a divulgação do PMI industrial dos Estados Unidos e para a inflação ao consumidor da Zona do Euro de junho.
Inflação na Zona do Euro
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro renovou os recordes vistos em maio e chegou à máxima histórica de 8,6% em junho, de acordo com a agência de estatística da União Europeia, a Eurostat.
Leia Também
O número superou as projeções dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam uma taxa de 8,4%.
O núcleo da CPI, que desconsidera setores mais voláteis como alimento e energia, chegou a 3,7% em junho, menor que as estimativas de 3,9% do mercado.
Os dados indicam que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia segue causando impactos sobre a economia europeia e aumentam o receio de que o Banco Central Europeu (BCE) possa ter que ser ainda mais rigoroso no aperto monetário.
PEC dos Auxílios
Na noite de ontem, o Senado aprovou a PEC (proposta de emenda constitucional) que institui estado de emergência até o final do ano.
Se passar na Câmara, o pagamento de uma série de benefícios sociais (PEC 1/2022) será ampliado.
A PEC prevê R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos até o fim do ano para:
- Expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás de cozinha;
- Criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas;
- Financiar a gratuidade de transporte coletivo para idosos;
- Compensar os estados que concederem créditos tributários para o etanol; e
- Reforçar o programa Alimenta Brasil.
Bolsas pelo mundo
Com temores crescentes de que a economia mundial está ameaçada, os mercados globais deixaram de lado qualquer otimismo e amargaram fortes perdas na última sessão. Nos Estados Unidos, o S&P 500 teve o pior desempenho do semestre em mais de 50 anos.
No Brasil, a queda de 11,50% em junho só não superou a performance da bolsa em março de 2020. O Ibovespa ainda repercutiu um recuo das principais commodities e fechou em baixa de 1,08%, aos 98.541 pontos.
O dólar à vista avançou 0,80%, a R$ 5,2348, um avanço mensal de 10,15%.
O mau humor de Wall Street contaminou até mesmo as bolsas asiáticas, que estenderam o negativismo para o pregão desta sexta-feira (01) e encerraram o primeiro semestre deste ano em queda.
A situação não foi muito diferente na Europa ontem. Com o medo de que a possibilidade de recessão esteja cada vez mais próxima, os mercados tiveram o pior desempenho trimestral desde 2020.
Hoje, as bolsas europeias ensaiam recuperação após abrir em baixa, à espera dos dados de inflação da Zona do Euro.
Em Nova York, os futuros dos principais índices de Wall Street sugerem uma renovação de perdas antes da abertura dos mercados, com os investidores no aguardo da divulgação do PMI industrial dos Estados Unidos em junho.
Commodities hoje
Depois de dar indícios de que estenderia as quedas superiores a 3% de ontem, os contratos futuros do petróleo voltam a operar em alta hoje.
Por volta das 08h15, os contratos do Brent, referência no mercado internacional, para setembro subiam 2,21%, negociados a US$ 111,44 o barril.
Para o cobre, não existe otimismo que salve a commodity das fortes perdas desta sexta-feira.
Em Londres, os contratos futuros chegaram a ser negociados no menor nível desde fevereiro do ano passado, com o temor da recessão impactando a demanda pelo metal.
Já no caso do minério de ferro, as quedas foram ainda maiores. O minério negociado na bolsa de Dalian caiu 6,85%, cotado a US$ 131,95.
Agenda econômica
- Zona do Euro: Inflação ao consumidor (CPI) em junho (6h)
- Brasil: Índice de Confiança Empresarial em junho (8h)
- Brasil: Índice de Preços ao Produtor (IPP) em maio (9h)
- Brasil: PMI industrial de junho (10h)
- Estados Unidos: PMI industrial em junho (10h45)
- Estados Unidos: Índice ISM de manufaturas (11h)
- Brasil: Balança comercial em junho (15h)
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Dividendos da Petrobras (PETR4) podem cair junto com o preço do petróleo; é hora de trocar as ações pelos títulos de dívida da estatal?
Dívida da empresa emitida no exterior oferece juros na faixa dos 6%, em dólar, com opções que podem ser adquiridas em contas internacionais locais
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Vai dar para ir para a Argentina de novo? Peso desaba 12% ante o dólar no primeiro dia da liberação das amarras no câmbio
A suspensão parcial do cepo só foi possível depois que o governo de Javier Milei anunciou um novo acordo com o FMI no valor de US$ 20 bilhões
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Guerra comercial: 5 gráficos que mostram como Trump virou os mercados de cabeça para baixo
Veja os gráficos que mostram o que aconteceu com dólar, petróleo, Ibovespa, Treasuries e mais diante da guerra comercial de Trump
A lanterna dos afogados: as 25 ações para comprar depois do caos, segundo o Itaú BBA
Da construção civil ao agro, analistas revelam onde ainda há valor escondido
Ibovespa é um dos poucos índices sobreviventes de uma das semanas mais caóticas da história dos mercados; veja quem mais caiu
Nasdaq é o grande vencedor da semana, enquanto índices da China e Taiwan foram os que mais perderam
Trump virou tudo do avesso (várias vezes): o resumo de uma das semanas mais caóticas da história — como ficaram dólar, Ibovespa e Wall Street
Donald Trump virou os mercados do avesso várias vezes, veja como ficaram as bolsas no mundo todo, as sete magníficas, Ibovespa e dólar
Dólar livre na Argentina: governo Milei anuncia o fim do controle conhecido como cepo cambial; veja quando passa a valer
Conhecido como cepo cambial, o mecanismo está em funcionamento no país desde 2019 e restringia o acesso da população a dólares na Argentina como forma de conter a desvalorização do peso
Bitcoin (BTC) em tempos de guerra comercial: BTG vê janela estratégica para se posicionar na maior criptomoeda do mundo
Relatório do BTG Pactual analisa os impactos das tarifas no mercado de criptomoedas e aponta que ainda há espaço para investidores saírem ganhando, mesmo em meio à volatilidade
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Bank of America projeta recuperação das empresas de educação e tem uma ação preferida do setor; saiba qual é
Para o BofA, a tendência é que a valorização continue, especialmente após desempenho que superou o Ibovespa em 35 pontos percentuais
Mercados disparam e dólar cai a R$ 5,84 com anúncio de Trump: presidente irá pausar por 90 dias tarifas de países que não retaliaram
Em sua conta na Truth Social, o presidente também anunciou que irá aumentar as tarifas contra China para 125%
Outro dia de pânico: dólar passa dos R$ 6 com escalada da guerra comercial entre EUA e China
Com temor de recessão global, petróleo desaba e ações da Europa caem 4%
Taxa sobre taxa: Resposta da China a Trump aprofunda queda das bolsas internacionais em dia de ata do Fed
Xi Jinping reage às sobretaxas norte-americanas enquanto fica cada vez mais claro que o alvo principal de Donald Trump é a China