‘Ilegal e inviável’: credores contestam plano de recuperação judicial da Samarco
O grupo, formado por fundos estrangeiros, é detentor de R$ 21 bilhões do total da dívida da empresa e formalizou sua posição contrária à proposta

Os credores da Samarco formalizaram sua posição contrária ao plano de recuperação judicial da mineradora.
Em novo pedido feito à Justiça, o grupo formado por fundos estrangeiros - entre eles, York e Ashmore -, detentores de R$ 21 bilhões do total de R$ 50 bilhões da dívida da empresa, afirma que o atual plano Samarco é "ilegal e inviável".
Na prática, dizem os fundos, a Samarco pede o perdão de dívidas aos seus credores e beneficia apenas seus sócios, a brasileira Vale a australiana BHP Billiton. A mineradora esteve no centro da tragédia de Mariana (MG), em 2015, e ficou vários anos sem operar.
Sem negociações
No documento, que foi apresentado ontem, os credores dizem não ter sido procurados pela companhia para negociar os termos e condições de pagamento propostas no plano
"Apesar da interação entre os credores e o devedor ser o ponto nevrálgico para o sucesso de qualquer recuperação judicial, a Samarco preferiu um voo solo, apresentando proposta unilateral que só beneficia as acionistas - verdadeiras responsáveis pela crise que culminou no pedido", aponta a petição.
"O plano não serve como base para uma negociação", afirma Paulo Padis, sócio da Padis Mattar Advogados, que representa o grupo de credores que concentra 80% das dívidas, sem contar os débitos com BHP e Vale. Por isso, os fundos pedem a realização de assembleia dos credores sobre o plano.
Leia Também
O advogado explica que o plano força os credores a serem acionistas da Samarco. Isso porque a outra alternativa - que envolve a redução de 85% no pagamento da dívida, com o restante parcelado em vários anos - não teria condições de ser aprovada por "nenhum credor consciente".
Conforme fonte próxima à Samarco, a nova petição dos credores seria uma tentativa de "gerar tumulto". A fonte disse ainda que uma antecipação da assembleia fora do prazo processual "não tem a menor chance de ocorrer".
Briga pública
O contra-ataque dos credores ocorre duas semanas depois de a Samarco chamar a estratégia dos fundos de "chantagem".
Em resposta, Marcos Pitanga, do escritório Ferro Castro Neves, que também representa os credores, diz que existe um desalinhamento entre Vale e BHP e os demais credores.
Isso, segundo ele, porque as duas gigantes mundiais de mineração têm pouco interesse na Samarco, ao contrário do grupo, que precisa que ela volte a operar para ser ressarcido.
Para os credores, as condições do plano são abusivas e evidenciam "postura ardilosa das acionistas, que abusam de sua condição de controladoras para (...) extraírem dela valor em detrimento da coletividade de credores". Segundo Padis, os advogados da Samarco trabalham em prol dos acionistas, e não da companhia em si.
Procurada, a Samarco disse que responderá nos autos do processo. Vale e BHP não comentaram.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Reag Investimentos (REAG3) elege novo presidente do conselho e diretor financeiro
As mudanças ocorrem na esteira das turbulências internas provocadas pela Operação Carbono Oculto e da troca de controle da gestora
Depois de ter compra barrada, Fitch rebaixa rating do Banco Master e revisa perspectiva do BRB para negativa
A decisão ocorreu após o Banco Central vetar a transação proposta entre os bancos, na noite da última quarta-feira (3)
Derrota de Milei na Argentina e expansão da Amazon (AMZO34) são riscos para o Mercado Livre (MELI34)
Argentina tem desempenhado um papel central no desempenho do Mercado Livre, e o segmento de entregas utrarrápidas pode ser a nova frente de batalha no varejo on-line
JP Morgan eleva Eztec (EZTC3) e corta recomendação de Cury (CURY3) e Direcional (DIRR3), mas outro papel é o favorito dos analistas
Cenário macroeconômico e ciclo eleitoral motivam ajustes do JP Morgan em ações de incorporadoras, e papéis revisados se encontram entre as maiores altas e baixas do Ibovespa
Mais fino e mais resistente: iPhone Air rouba a cena no lançamento do iPhone 17
Apple apresenta linha iPhone 17, novo Apple Watch e AirPods Pro 3; destaque fica para o inédito iPhone Air, o mais fino da história
Pão de Açúcar (PCAR3) sobe mais de 10% e ação entra em leilão em meio à visita do CEO do Casino ao Brasil; saiba o que está em jogo
O grupo francês abriu mão do controle do GPA no ano passado, mas ainda detém uma fatia de 22,5% na rede de supermercados brasileira
PetroReconcavo (RECV3) lidera ganhos entre petroleiras mesmo após BTG cortar preço-alvo. Vale a pena comprar?
Alta do petróleo impulsiona petroleiras na bolsa e leva PetroReconcavo a subir mais de 4%, mesmo após o BTG reduzir o preço-alvo das ações de R$ 21 para R$ 19
Família Murdoch chega a acordo sobre futuro de império de mídia; veja quem vai comandar a News Corp na ausência do patriarca
O império Murdoch tem seu novo “rei trust” e encerra disputa pela herança bilionária entre os irmãos
Apple lança hoje o iPhone 17; veja o que esperar do evento, horários e onde assistir
Saiba como acompanhar o lançamento da Apple e fique por dentro do que pode mudar na linha de iPhones
Problemas no home office do Itaú (ITUB4)? Por que o banco cortou funcionários em trabalho remoto
Os desligamentos foram revelados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que publicou uma nota de repúdio às demissões do banco
Mubadala adquire 22,8 milhões de ações para fechar capital da Zamp (ZAMP3), dona do Burger King e do Starbucks no Brasil
A empresa já havia informado que a controladora avaliava uma OPA pelas ações da companhia, mas a transação havia sido questionada por acionistas minoritários
Casamento confirmado: Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) divulgam data de mudança nas ações e aprovam distribuição de R$ 5,6 bi
Após o casamento ter sido aprovado sem restrições pelo Cade, a Marfrig (MRFG3) e a BRF (BRFS3) informaram ao mercado que a data de fechamento está marcada para 22 de setembro de 2025
Raízen (RAIZ4): ações disparam com rumores de aportes; empresa não nega negociação
Na última semana, o Pipeline afirmou que a empresa conversa com os controladores da Suzano (SUZB3) e com o banqueiro André Esteves do BTG Pactual
Nubank (ROXO34) ensina, Mercado Livre (MELI34) aprende: analistas do Itaú BBA escolhem qual ação colocar na carteira agora
Relatório do Itaú BBA compara o desempenho do Mercado Livre e do Nubank e indica qual ação deve ter melhor performance no 3T25
Giant Steps e Dao Capital: o negócio na Faria Lima que chega a R$ 1,2 bilhão sob gestão
Processo de incorporação da Dao conclui o plano estratégico de três anos da Giant Steps e integra o pilar final da iniciativa “Foundation”, lançada em 2023, que busca otimizar a combinação de sinais de alpha, custos de execução e governança de risco
Ação da Azul (AZUL4) chega a saltar mais de 60% nesta segunda (8); o que explica a disparada?
O movimento forte das ações do setor aéreo hoje dá sequência ao fluxo de compra dos últimos dias em ativos de risco e papéis “baratos” da bolsa brasileira, segundo analista
Petrobras avalia aquisição no mercado de etanol de milho, diz jornal, mas Raízen (RAIZ4) não aparece no radar da estatal
Estatal mira o etanol de milho em meio à pressão por diversificação e sustentabilidade, mas opções de aquisição no mercado ainda levantam dúvidas entre analistas
MBRF: o que já se sabe sobre a ‘nova’ dona de Sadia, Perdigão e Montana — e por que copiar a JBS é o próximo passo
Nova gigante multiproteína une Sadia, Perdigão e Montana sob o guarda-chuva da MBRF e já mira o mercado internacional. Veja o que se sabe até agora
Sem BRB, fundos de pensão e banco público correm risco de calote de até R$ 3 bilhões com investimentos em títulos do Master
Segundo pessoas próximas à operação entre o Master e o BRB, o Banco de Brasília carregaria no negócio R$ 2,96 bilhões de letras financeiras do Master. Isso significa que, caso o BC tivesse aprovado o negócio, esses papéis seriam pagos pelo BRB
Reag Investimentos (REAG3): fundador João Carlos Mansur deixa a companhia, após operação Carbono Oculto
Os atuais controladores da Reag Investimentos (REAG3) fecharam acordo de venda de ações com a Arandu Partners — entidade detida pelos principais executivos da gestora — por cerca de R$ 100 milhões