OCDE projeta PIB brasileiro crescendo 3,7% em 2021 e 2,5% em 2022
Segundo a análise, o agravamento do coronavírus nos últimos meses complicou os prospectos para as políticas fiscal e monetária
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,7% em 2021 e 2,5% em 2022, impulsionados pela recuperação do consumo das famílias e de investimentos. Em relatório sobre perspectivas econômicas, a entidade também prevê que a inflação ao consumidor avançará a 6,2% este ano, antes de desacelerar a 4% no próximo.
Segundo a análise, o agravamento do coronavírus nos últimos meses complicou os prospectos para as políticas fiscal e monetária. O documento cita a falta de coordenação na resposta à doença, que tem feito a crise sanitária piorar, em meio a um processo lento de distribuição de vacinas. De qualquer forma, "dados recentes apontam para efeito mais fraco da pandemia sobre a atividade econômica em comparação com um ano atrás", destaca.
A OCDE acredita que a atividade ficará "deprimida" no primeiro semestre, mas deve registrar forte retomada a partir da segunda metade do ano. Para a Organização, o volume considerável de poupança das famílias ajudará a limitar o impacto do desemprego alto na renda. "No geral, a taxa de atividade permanecerá significativamente abaixo dos níveis pré-crise, mantendo milhões trabalhadores fora do mercado de trabalho", ressalta.
Na seara comercial, as exportações se beneficiarão do ambiente global favorável à demanda por alimentos e minerais, diz a OCDE. Já as importações dependerão da melhora na demanda doméstica.
Reformas
A OCDE também avalia que o Brasil deve implementar reformas nos gastos obrigatórios e nas regras de indexação para criar espaço fiscal, com objetivo de financiar políticas que acelerem o crescimento econômico de longo prazo.
No relatório, a Organização afirma que o País pode estender os gastos sociais por meio do redirecionamento das despesas atuais, entre elas subsídios a crédito e desoneração da folha de pagamentos para alguns setores.
Leia Também
Para a entidade, as medidas sociais devem ser prolongadas até que a pandemia esteja sob controle. "Encontrar o equilíbrio certo entre proteger os pobres e garantir finanças públicas sustentáveis será o principal desafio político em 2021", considera.
A OCDE acrescenta que a melhora das regulações internas e uma maior integração com as cadeias globais de valores teriam potencial para otimizar a competição e reduzir os custos com bens intermediários e de capitais. Ressalta ainda que, para melhorar o desempenho do mercado de trabalho, é importante expandir acesso à educação infantil e aumentar recursos para cursos de treinamento.
"Em relação ao apoio às empresas, o crédito bancário vem aumentando devido aos baixos níveis de taxas de juros e medidas emergenciais que mitigaram os efeitos da crise da covid-19", destaca.
O documento pontua que o endividamento das empresas e famílias seguem moderadas e que os níveis de capitalização dos bancos estão adequados. "No entanto, dada a provável crise prolongada, pode ser necessário prolongar as medidas de apoio financeiro às empresas e aumentar ou manter o relaxamento", aponta.
Teto e medidas contra a covid
A exclusão das medidas relacionadas à covid-19 da regra do teto fiscal deve ser usada com cautela no Brasil, porque pode elevar a volatilidade nos mercados financeiros e as incertezas políticas, avalia a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
O governo, portanto, deve tornar a flexibilização temporária e estritamente relacionada às despesas da covid-19, na visão da OCDE. "A credibilidade das políticas públicas será importante para continuar atraindo investimentos estrangeiros e limitar a depreciação da taxa de câmbio", destaca.
Segundo a Organização, a situação social no País é "frágil", em meio ao agravamento da crise sanitária. "No lado positivo, uma rápida implementação do pacote infraestrutura e de estímulos fiscais no Estados Unidos vão impulsionar as exportações brasileiras e acelera a recuperação", prevê.
Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade
Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira
Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque
Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar
A economia depende 100% da natureza, mas menos de 1% do PIB global é investido em iniciativas voltadas à conservação – e a Fundação Grupo Boticário quer mudar isso
No episódio da semana do Touros e Ursos, o gerente de economia da biodiversidade Guilherme Karam fala sobre os impactos do investimento em sustentabilidade e conservação e o que falta para a agenda ambiental avançar
Dólar a R$ 6,00: moeda norte-americana amplia o rali após Haddad confirmar isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil
O salto do dólar vem na esteira da confirmação da ampliação da isenção do IR e do anúncio do pacote de corte de gastos do governo
Nunca é tarde para diversificar: Ibovespa continua à espera de pacote em dia de revisão de PIB e PCE nos EUA
Haddad pretende começar hoje a apresentação do pacote fiscal do governo aos líderes do Congresso Nacional
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado
Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil
China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos
Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março
É a economia, estúpido? Como Trump venceu Kamala mesmo com o PIB dos EUA bombando e o desemprego baixo
Percepção dos eleitores norte-americanos é de que a economia dos EUA não vai tão bem quanto alguns indicadores sugerem
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Felipe Miranda: O Brasil vai virar a Argentina?
Em conversas raras que acontecem sempre, escuto de grandes investidores: “nós não olhamos para o macro. Somos buffettianos e, portanto, só olhamos para o micro das empresas.”
O que falta para a Selic voltar a cair? Campos Neto responde o que precisa acontecer para os juros baixarem no Brasil
O presidente do Banco Central também revelou as perspectivas para a questão fiscal mundial e os potenciais impactos das eleições dos EUA no endividamento norte-americano
Campos Neto vai estourar a meta de inflação? Projeções para o IPCA ficam acima do teto pela primeira vez em 2024; veja os números da Focus
Se as projeções se confirmarem, Gabriel Galípolo herdará de Campos Neto a missão de explicar ao CMN os motivos da inflação fora da meta
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
FMI eleva projeção de crescimento do Brasil neste ano, mas corta estimativa para 2025; veja os números
Projeções do FMI aparecem na atualização de outubro do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado hoje
O que falta para o gringo voltar a investir no Brasil? Só a elevação do rating pela Moody’s não é o suficiente, diz chairman da BlackRock no país
À frente da divisão brasileira da maior gestora de investimentos do mundo, Carlos Takahashi falou sobre investimento estrangeiro, diversificação e ETFs no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Inteligência artificial pode alavancar crescimento global, mas não é bala de prata; veja o que mais deveria ser feito, segundo a diretora do FMI
Antecipando-se às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional na semana que vem, Kristalina Georgieva falou da necessidade de regular a IA, fazer reformas e ter cautela com a dívida pública
O que divide o brasileiro de verdade: Ibovespa reage a decisão de juros do BCE e dados dos EUA em dia de agenda fraca por aqui
Expectativa com o PIB da China e novas medidas contra crise imobiliária na segunda maior economia do mundo também mexem com mercados