Os clássicos da B3 no topo do ranking, efeitos da reforma do IR nas ações e outros destaques do Seu Dinheiro

Como um livro se transforma num clássico da literatura? Por que as obras do Machado de Assis e do Dostoievski têm essa classificação solene, mas os textos de um escritor moderno qualquer, por melhor que seja, ainda não?
Bem, como quase tudo na vida, esse é um debate de critérios subjetivos. Há o estilo, a relevância do tema, a captura do espírito da época — mas não há uma tabela de pontos que sirva como base para um ‘ranking de clássicos’.
Também há uma questão temporal: ora essas, somente livros que sobrevivem ao crivo dos anos e continuam sendo relevantes podem receber o título — e, sendo assim, obras mais novas não poderiam ser clássicos.
Mas, então, o que fazer com livros como ‘Torto Arado’ ou ‘O Sol na Cabeça’? Eles já nascem clássicos, ou, por enquanto, são apenas hype da comunidade literária?
Bem, é uma conversa que pode se estender por horas e horas, e esse não é o objetivo desta newsletter, que certamente não é um clássico da língua portuguesa. A ideia, aqui, é falar sobre investimentos.
Pensemos na bolsa de valores: há algumas ações que são clássicos inquestionáveis — Itaú, Petrobras, Vale, Ambev, Bradesco e muitas outras empresas gigantes da B3. Há, também, uma nova geração de companhias abertas, como as empresas de tecnologia, cujo talento salta aos olhos.
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O debate vai longe aqui também: há quem não largue mão das boas e velhas blue chips, há quem defenda com unhas e dentes as teses de crescimento acelerado. Mas, ao menos para setembro, o mercado está pendendo mais para o primeiro grupo.
Após a forte turbulência vista na bolsa no mês passado, as principais casas de análise reforçaram as apostas nos bons e velhos clássicos, cada um com seus atrativos — e todos com uma solidez de fazer inveja.
A Larissa Vitória compilou as indicações das corretoras para este mês, chegando à conclusão de que os clássicos seguem em alta na bolsa. A lista completa está aqui.
O que você precisa saber hoje
SEGREDOS DA BOLSA
Esquenta dos mercados: semana mais curta é marcada por medo da inflação e Livro Bege no exterior. Com feriados no Brasil e nos EUA, o investidor terá uma semana mais curta, com risco político no radar e bolsas da Europa no campo positivo hoje.
DINHEIRO NO CAIXA
Compass, da Cosan (CSAN3), capta R$ 1,44 bi em nova rodada de investimentos.O aporte é liderado pela Bradesco Seguros; a Compass, que concentra os ativos de óleo e gás da Cosan (CSAN3), já captou R$ 2,25 bi desde maio.
AGRO EM ALERTA
Confirmados casos de ‘vaca louca’ no MT e MG; exportações à China são suspensas. As ações sanitárias de alívio de risco foram concluídas antes mesmo do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
A BOLSA COMO ELA É
Acabou a molezinha: como a reforma do IR e a tributação dos dividendos afetam as ações na bolsa. Ponto positivo para as ações de empresas que atendem públicos de baixa renda, e negativo para aquelas que dependem de muletas tributárias, como a isenção dos dividendos.
IMPÉRIO FENTY
Hitmaker, empresária e bilionária: como Rihanna se tornou a cantora mais rica do mundo ao diversificar os seus negócios. A artista de Barbados não se contentou com os palcos e colocou o seu nome também no mundo dos negócios de moda e beleza. Hoje acumula uma fortuna avaliada em US$ 1,7 bilhão.
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Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
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A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
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Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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Em tese, o forward guidance é tanto mais necessário quanto menos crível for a atitude da autoridade monetária. Se o seu cônjuge precisa prometer que vai voltar cedo toda vez que sai sozinho de casa, provavelmente há um ou mais motivos para isso.
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