Black Sabbath e o carrossel veloz da bolsa; Paulo Guedes, Campos Neto, Sinqia e outros destaques do dia
O Black Sabbath já nos ensinou: o mundo é como um carrossel — e ele gira rápido.
Em alguns momentos, o passeio é agradável e a música é alegre: todo mundo sai com um sorriso no rosto. Mas, se alguém apertar o botão errado ou puxar demais a alavanca…
Bem, aí o sobe e desce fica um pouco frenético demais. Quem está fora não quer mais entrar, quem está dentro quer sair de qualquer jeito. Num piscar de olhos, a alegria vira pânico.
Mas, ora essas, essa newsletter não é sobre metáforas da vida ou sobre o Ozzy Osbourne. Então, escolham seus cavalos porque a bolsa vai dar mais uma volta hoje — e esse carrossel não é uma atração para crianças.
As voltas do mercado de ações têm deixado os desavisados com náusea. Até outro dia, havia fila para dar uma voltinha na B3. Só que aí veio o PIBinho, o risco fiscal, a instabilidade política, a tributação de dividendos, o risco de apagão e mais uma infinidade de coisas.
O giro, de repente, ficou rápido demais. E se você não se segura direito, acaba levando um tombo daqueles.
Por isso, é importante pensar bem o que fazer: o carrossel tem cavalos e cavalos — e alguns são mais seguros que outros. É uma questão de saber procurar os mais adequados para esse passeio turbulento.
Na coluna desta sexta-feira, o Ruy Hungria escreve sobre as voltas que o mercado dá e como você, investidor pessoa física, pode se proteger nos momentos mais difíceis. Recomendo demais a leitura.
A bolsa, veja só, é como o Black Sabbath: alguns se divertem pra valer, outros morrem de medo — e tem quem sinta as duas coisas ao mesmo tempo.
O que você precisa saber hoje
ESQUENTA DOS MERCADOS
Em dia de payroll, o cenário local deve pesar na bolsa brasileira mais uma vez, com Campos Neto e Paulo Guedes no radar. Os dados de emprego dos Estados Unidos devem calibrar as apostas de retirada de estímulos, enquanto o Brasil vive sua própria história.
NÃO É ESTABILIDADE
Além do PIB negativo: veja três razões por que o desempenho da economia preocupa. O ministro Guedes defende que o PIB e a atividade permaneceram estáveis, mas os detalhes do número divulgado ontem deixam os economistas apreensivos sobre o futuro.
NOVAS FUSÕES NO RADAR
Sinqia (SQIA3) com dinheiro no caixa: oferta de ações sai a R$ 23,00 e movimenta R$ 400 milhões. A empresa vai usar o capital da oferta de ações para continuar com a expansão inorgânica. Na bolsa, SQIA3 tem leve baixa no ano.
ESG NOS CÉUS
Rota Recife – Fernando de Noronha da Gol (GOLL4) é a primeira com carbono neutro no Brasil; veja como é feita a compensação. A iniciativa compõe o projeto “Meu Voo Compensa” e surgiu por meio da parceria entre a Gol e a MOSS, uma das maiores plataformas ambientais de créditos de carbono do mundo.
DE QUEM É A CULPA?
Bolsonaro admite que inflação “está complicada” e gasolina cara, mas joga responsabilidade no “fique em casa”. O chefe do executivo ainda culpou a ex-presidente Dilma Rousseff por um desequilíbrio no setor de energia elétrica e o agravamento da crise hídrica.
TELES INSATISFEITAS
Operadoras criticam reforma do IR e dizem que texto compromete a implementação do 5G no Brasil; Entenda. Em nota, a Conexis Brasil Digital defende que o setor deveria ser desonerado.
Imposto de 25% para o aço importado: só acreditou quem não leu as letras miúdas
Antes que você entenda errado, não sou favorável a uma maior taxação apenas porque isso beneficia as ações das siderúrgicas brasileiras – só que elas estão em uma briga totalmente desigual contra as chinesas
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