Uma ação para lucrar com a crise hídrica, Bolsonaro eleva IOF, dividendos da Vale e outras notícias do dia

Não é de hoje que o Brasil sofre com risco de apagão e racionamento de energia. Em 2001, o país precisou recorrer a blecautes programados e obrigar famílias e empresas a economizarem energia elétrica sob pena de aumentos pesados na conta de luz.
Quem viveu a época lembra bem das trocas de lâmpadas incandescentes por frias e do hábito de tirar tudo que é aparelho elétrico das tomadas - costumes que, por sinal, permaneceram na vida do brasileiro.
A crise foi um dos algozes da popularidade do então presidente Fernando Henrique Cardoso e deixou algumas lições para o Brasil.
Desencadeado pela falta de investimento e planejamento, bem como a falta de chuvas e a extrema concentração da matriz energética brasileira na geração hidrelétrica, o “Apagão”, como ficou conhecido, nos ensinou que:
- 1) não é legal o governo ignorar os sinais e
- 2) colocar todos os ovos na mesma cesta quando se trata de geração de energia e ficar dependendo da Mãe Natureza não é lá muito inteligente.
Afinal, não tem Cacique Cobral Coral para encher reservatório de país tão grande.
Um dos efeitos da crise foi o fato de que o Brasil começou a diversificar mais a sua matriz energética, investindo em termelétricas e outras fontes renováveis, como a eólica e a solar. O investimento em termelétricas, no entanto, parece ir na contramão da tendência deste século de se tentar reduzir as emissões de carbono e poluir menos.
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Parece uma saia justa: é fato que a geração de energia precisa depender menos do regime das chuvas, e termelétricas são de fácil instalação. É a elas que recorremos em períodos de seca, e essa é uma das razões do forte aumento na conta de luz (no mês passado, por exemplo, tomamos um susto ao abrir a fatura!).
Por outro lado, não seria o caso de investir mais em energias sustentáveis e menos poluentes e menos nas termelétricas? Pode parecer intuitivo, mas não é bem assim que funciona um processo de transição energética.
Se você acompanha outras iniciativas de geração de energia, pode já ter notado que existe um meio termo importante - não tão limpo quanto as alternativas mais sustentáveis, mas bem menos poluente que as fontes tradicionais que dependem de combustíveis fósseis.
Na sua coluna de hoje, o Ruy Hungria aborda a questão da crise hídrica e explica por que simplesmente investir em energia eólica, por exemplo, não é a solução de todos os problemas quando o assunto é diversificação da matriz energética.
E ele ainda destaca a ação de uma empresa que está justamente nesse “meio termo interessante” e que pode se beneficiar dessa necessidade que o Brasil tem. Recomendo a leitura!
O que você precisa saber hoje
POR DECRETO
Bolsonaro eleva alíquota do IOF até dezembro para bancar novo Bolsa Família. Em 2022, o financiamento do programa terá como fonte a recriação do Imposto de Renda sobre lucros e dividendos, que está em discussão no Senado Federal.
ESQUENTA DOS MERCADOS
Aumento de IOF pega investidor de surpresa e vencimento de opções no exterior deve movimentar bolsa hoje. O dia deve contar com alta volatilidade nos mercados internacionais, com o "quadruple witching" e o investidor de olho na nova medida do governo.
EM CIMA DO LAÇO
CCJ da Câmara aprova PEC dos precatórios por 32 a 26. A admissibilidade analisa se a matéria está de acordo com os princípios da constituição; o texto agora irá para comissão especial para que sejam feitas alterações.
MENOR TAXA DO MERCADO
Mesmo com Selic em alta, Caixa reduz juros do crédito imobiliário atrelado à poupança. Banco agora tem as melhores condições do mercado para esta modalidade de financiamento.
BOLADA PARA O ACIONISTA
Vale (VALE3) paga R$ 40,2 bilhões em dividendos; veja condições. Pagamento da remuneração ocorre em 30 de setembro; cifra diz respeito ao primeiro semestre de 2021 e equivale a R$ 8,10 por ação.
APÓS O IPO
TC (TRAD3) desembolsa R$ 6,5 milhões pela RIWeb e fecha segunda aquisição em uma semana. A escolhida da vez é uma plataforma de comunicação com foco em relação com os investidores e surgida a partir da cisão parcial do Grupo Comunique-se.
OPORTUNIDADE?
No pós-Raízen, ação da Cosan (CSAN3) é ponte para investimentos pouco acessíveis, diz BTG. Para analistas do banco, mercado ignora capacidade da empresa de buscar oportunidades que muitas vezes não estão disponíveis para investidores comuns.
PAPO CRIPTO #002
Por que as criptomoedas são uma coisa e o bitcoin agora é outra, segundo o CFO da Ripio. Em entrevista ao Papo Cripto, programa do Seu Dinheiro no YouTube, o diretor financeiro da Ripio diz que espera das criptomoedas e os principais eventos que movimentaram o mercado na semana.
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Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
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A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
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