🔴 HERANÇA EM VIDA? NOVO EPISÓDIO DE A DINHEIRISTA! VEJA AQUI

Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: exterior mantém fôlego mesmo com ‘Super Quarta’ e bolsa brasileira deve ficar de olho em precatórios e reforma do Imposto de Renda

A divulgação da política monetária do BC americano deve movimentar os negócios, enquanto no cenário local, a autoridade brasileira pode elevar ainda mais a Selic

Renan Sousa
Renan Sousa
22 de setembro de 2021
7:54 - atualizado às 7:59
Corrida de rua bolsa fôlego curto
O fôlego curto da semana começa sem a negociação dos Treasuries nos EUA, e deve movimentar o Ibovespa hoje - Imagem: Shutterstock

O exterior segue com fôlego antes da “Super Quarta”, mas a bolsa brasileira precisará de nervos de aço para manter o otimismo. No radar estão a PEC dos precatórios, com uma saída ainda não muito bem explicada para quase metade do valor fora do teto de gastos, e a reforma do Imposto de Renda

No fechamento de ontem (21), o Ibovespa recuperou os 110 mil pontos, ao subir 1,29%, a 110.249 pontos. O dólar à vista recuou 0,84%, a R$ 5,2863. O discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU quase não afetou os mercados, que olhavam de perto os debates envolvendo os R$ 89 bilhões em precatórios para o ano que vem.

O investidor deve ficar de olho no que o governo fará com essa folga no Orçamento para 2022, e as perspectivas não são das melhores. Saiba mais o que movimenta o mercado nesta quarta feira (22):

Congresso em foco

As principais pautas que envolvem as contas públicas estão nas mãos de Brasília nesta quarta-feira (22). A cúpula do Congresso Nacional pretende concluir os debates sobre a PEC dos precatórios entre 30 e 40 dias. 

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, costuraram um acordo para o pagamento das dívidas do governo com a manutenção do teto de gastos.

Entretanto, mais da metade dos R$ 89 bilhões, o valor total dos precatórios, deve ficar fora do teto de gastos já em 2022, aproximadamente R$ 49,2 bilhões. Apesar da pressa para a aprovação da PEC, esse valor fora do teto não foi explicado pelos presidentes das Casas.

Além dos precatórios, o governo ainda precisa de mais linha para costurar outros acordos. A reforma do Imposto de Renda segue parada no Senado, e as mudanças propostas pelo texto também são importantes para a manutenção das contas públicas. 

Mesmo assim, os investidores devem seguir de olho no que o governo federal fará com esse espaço no Orçamento para 2022. De acordo com o Palácio do Planalto, o montante irá para o turbinado Auxílio Brasil, antigo Bolsa Família, que deve pagar em média R$ 300.

‘Super Quarta’

Ainda hoje, o investidor deve ficar de olho na decisão de política monetária de dois grandes Bancos Centrais. No Brasil, o Copom deve divulgar a taxa básica de juros, a Selic, após às 18h30. Na última ata, o BC anunciou uma nova alta de 1,00 ponto percentual para essa semana, atingindo uma taxa de 6,25% ao ano.

Entretanto, a piora da inflação tem colocado ainda mais pressão sobre a autoridade brasileira. O IPCA em 12 meses acumula alta de 9,68%, o que pressiona as expectativas de que o BC possa elevar os juros em até 1,25 ponto porcentual

Para Gustavo Sung, economista responsável pelos relatórios de macroeconomia da Suno Research, esse movimento de alta mais forte da Selic evitaria uma perda de credibilidade do BC e reduziria a contaminação dos preços deste para o próximo ano. 

Já no exterior, os investidores olham para a decisão de política monetária do Federal Reserve. O Banco Central americano deve manter os juros na faixa entre 0% e 0,25%, o que é dado como certo pelos analistas.

Entretanto, a expectativa com o tapering, a retirada dos estímulos da economia dos EUA, deve ser o ator principal. A coletiva de imprensa com Jerome Powell, presidente da instituição, deve ser o foco das atenções hoje.

Os especialistas esperam que a retirada de estímulos comece ainda no final deste ano, tendo em vista que a curva de juros e a inflação nos EUA seguem pressionados pela injeção de dinheiro por parte do Fed. 

Na noite de ontem (21), o Banco do Povo da China (PBoC, em inglês) anunciou a manutenção da taxa de juros de um e cinco anos. As LPRs, como são conhecidas, permaneceram em 3,85% para empréstimos de um ano e 4,65% para empréstimos de cinco ou mais anos. Este é o 17º mês seguido da manutenção das taxas.

Bolsas pelo mundo

Os principais índices asiáticos encerraram o pregão sem direção única na manhã desta quarta-feira. Os investidores seguem de olho na crise de liquidez dos mercados chineses com o caso de Evergrande e atentos à decisão de política monetária do Fed.

Já as principais praças da Europa aceleram a recuperação da segunda-feira (10) após a abertura, também digerindo o caso Evergrande e com Fed no radar.

Por fim, os futuros de Nova York operam em alta, de olho nos próximos passos do tapering do BC americano.  

Agenda do dia

  • Congresso Nacional: Cerimônia de instalação da comissão especial na Câmara da PEC dos Precatórios, com eleição de presidente e relator (10h)
  • Segundo dia da Assembleia Geral da ONU (12h)
  • Ministério da Economia: Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre (14h30)
  • Ministério da Economia: Secretários especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e do Tesouro, Jeferson Bittencourt, detalham em coletiva relatório bimestral de receitas e despesas (15h)
  • Estados Unidos: Fomc divulga decisão sobre política monetária 
  • Estados Unidos: Presidente do Fed, Jerome Powell, concede coletiva após decisão da política monetária (15h30)
  • Congresso Nacional: Comissão especial na Câmara da PEC da reforma administrativa vota parecer do relator, Arthur Maia (DEM-BA) (15h30)
  • Copom: Banco Central anuncia decisão sobre a Selic (a partir das 18h30)

Compartilhe

DE OLHO NAS REDES

Petrobras (PETR4): e se a melhor e pior notícia que a empresa poderia dar vierem juntas, o que seria das ações? 

18 de abril de 2024 - 13:30

De uns tempos para cá, a Petrobras vem testando os nervos dos investidores. Há alguns dias, rumores de que os saudosos dividendos extraordinários que foram retidos pela companhia finalmente poderiam sair, o que animou o mercado — e fez as ações saltarem.  Mas logo veio um potencial balde de água fria: Aloizio Mercadante poderia assumir […]

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Nova York e Petrobras (PETR4) contaminam Ibovespa, que fecha próximo da estabilidade; dólar tem leve alta a R$ 5,25

18 de abril de 2024 - 6:35

RESUMO DO DIA: Para acertar o alvo, às vezes é preciso mais de uma flecha, ainda que a mira esteja no ponto certo. Mesmo com as incertezas sobre os juros e a questão fiscal no ar, o Ibovespa conseguiu terminar o dia em tom positivo. O principal índice da bolsa brasileira ficou próximo da estabilidade […]

AÇÕES NO SHAPE

Smart Fit (SMFT3) vai virar “monstro”? Banco recomenda compra das ações e vê espaço para rede de academias dobrar de tamanho

17 de abril de 2024 - 15:25

Os analistas do JP Morgan calcularam um preço-alvo de R$ 31 para os papéis da Smart Fit (SMFT3), o que representa um potencial de alta da ordem de 30%

DESTAQUES DA BOLSA

Ozempic que se cuide! Empresa de biotecnologia faz parceria para distribuir caneta do emagrecimento no Brasil e ações disparam quase 40% 

17 de abril de 2024 - 14:03

Com o anúncio, a Biomm conquistou R$ 1,2 bilhão em valor de mercado na B3; a comercialização do similar do Ozempic deve ainda passar pelo crivo da Anvisa

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Vale (VALE3) não é suficiente e Ibovespa fecha em queda na esteira de Nova York; dólar cai a R$ 5,24

17 de abril de 2024 - 6:49

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até tentou interromper o ciclo de quedas com o forte avanço do minério de ferro e a prévia do PIB, mas o tom negativo de Nova York falou mais alto e arrastou o principal índice da bolsa brasileira. Com isso, o Ibovespa terminou o pregão em baixa de 0,17%, aos […]

REPORTAGEM ESPECIAL

O fracasso das empresas “sem dono” na B3. Por que o modelo das corporations vai mal na bolsa brasileira

16 de abril de 2024 - 15:54

São vários exemplos e de inúmeros setores de companhias sem uma estrutura de controle que passaram por graves problemas ou simplesmente fracassaram

MAIS 11 ATIVOS PARA A CONTA

Fundo imobiliário BTLG11 fecha acordo de quase R$ 2 bilhões por portfólio de imóveis em SP

16 de abril de 2024 - 11:36

O FII deve adquirir 11 ativos, com cerca de 550 mil metros quadrados prontos e performados

SÉRIE A DA B3

Auren (AURE3) fica de fora da segunda prévia do Ibovespa, que agora conta com a entrada de apenas uma ação

16 de abril de 2024 - 10:32

Se a previsão se confirmar, a carteira do Ibovespa contará com 87 ações de 84 empresas a partir de maio

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai pela quinta vez seguida pressionado por juros nos EUA e questão fiscal; dólar fecha no maior nível em 13 meses, a R$ 5,26

16 de abril de 2024 - 6:33

RESUMO DO DIA: A perspectiva de juros elevados por mais tempo nos Estados Unidos ganhou força mais uma vez e, combinada com a preocupação com o cenário fiscal doméstico, gerou mais lenha para a bolsa brasileira aumentar as cinzas. Pela quinta vez consecutiva, o Ibovespa terminou o dia no vermelho, com queda de 0,75%, aos […]

MERCADOS HOJE

Bolsas hoje: Ibovespa recua com pressão de bancos e Wall Street no vermelho; dólar sobe a R$ 5,18

15 de abril de 2024 - 6:43

RESUMO DO DIA: O Ibovespa terminou a sessão desta segunda-feira (15) no vermelho, pressionado pelo desempenho dos bancos, que recuaram em meio à crescente aversão ao risco no mercado hoje. O principal índice de ações da B3 fechou o pregão em baixa de 0,49%, aos 125.333 pontos. Já o dólar à vista avançou 1,25%, aos […]

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar