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Boa safra de dados domésticos anima o Ibovespa, e bolsa defende os 111 mil pontos; dólar registra leve alta

Mão colhendo maçã em uma plantação

Depois de um belo tombo de mais de 3% no Ibovespa ontem, os investidores tiraram a quarta-feira (29) para colocar a cabeça no lugar.

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Embora Wall Street tenha registrado ganhos leves, os analistas destacam que a safra de dados econômicos domésticos positivos divulgados hoje foi primordial para a alta de 0,89% do índice, que fechou aos 111.106 pontos.

O resultado consolidado do setor público mostrou um superávit de R$ 16,72 bilhões em agosto, no melhor resultado histórico para o mês. A proporção dívida/PIB também mostrou melhoras, com as dívidas líquida e bruta mostrando redução, contrariando todas as expectativas.

Além disso, o IGP-M, índice conhecido como a “inflação do aluguel”, apresentou deflação de 0,64%, mas a expectativa era de uma queda menor, de apenas 0,43%. Outro dado positivo veio do Caged, que mostrou a criação de 372 mil novas vagas de trabalho no país, acima das projeções de 300 mil, impulsionado principalmente pelo setor de serviços e a reabertura econômica.

O cenário global mais calmo, porém, não foi suficiente para aliviar o câmbio. A cautela com o fiscal brasileiro foi uma das razões para o estresse, já que o governo admite a possibilidade de uma possível prorrogação do auxílio emergencial, a PEC dos precatórios ainda não teve uma resolução e a criação do novo Bolsa Família também incomoda.

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Acompanhando o movimento visto no exterior, a moeda americana subiu 0,11%, a R$ 5,4303. Já o mercado de juros mostrou um leve alívio.

Confira outros destaques do noticiário corporativo:

Respirando fundo

Os Treasuries, títulos do Tesouro norte-americano, deram um susto nos investidores no pregão de ontem, e seus retornos dispararam, pressionando ainda mais as bolsas de Nova York, que registraram quedas superiores a 2%. 

Hoje, no entanto, a curva de juros americana voltou a apresentar algum alívio, embora a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, tenha afastado as taxas das mínimas. 

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Em evento que reuniu os principais banqueiros centrais do mundo, Powell reforçou que o Fed já está próximo do momento em que uma retirada dos estímulos monetários se fará necessária, renovando as apostas em mudanças já no próximo encontro do Fomc, o Comitê de Política Monetária americano, que ocorre em novembro. Dirigentes da instituição que se pronunciaram ao longo do dia também defenderam o movimento. 

Na China, a Evergrande começou a se desfazer de parte de seus ativos, o que trouxe alívio ao mercado asiático. O minério de ferro voltou a subir durante a madrugada, o que impulsionou as siderúrgicas locais.  

Sobe e desce do Ibovespa

A Braskem segue colhendo os frutos de um acordo para o impasse que limitava a atuação da empresa no México desde o ano passado. A Braskem Idesa assinou um aditivo com a estatal Pemex para o fornecimento de etano. 

As ações do setor de proteína animal voltaram a ser destaque, mas dessa vez foi a JBS que liderou os ganhos. Nesta quarta-feira, o JP Morgan divulgou um relatório que aponta um potencial de alta de mais de 40% para os papéis. Confira as maiores altas do dia:

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CÓDIGONOMEVALORVAR
BRKM5Braskem PNAR$ 60,939,33%
JBSS3JBS ONR$ 37,406,28%
USIM5Usiminas PNAR$ 15,686,02%
CIEL3Cielo ONR$ 2,394,37%
PRIO3PetroRio ONR$ 22,854,20%

Mesmo após o Inter ter negado a existência de provisões extraordinárias em seu balanço, após questionamentos da CVM, os papéis do banco digital seguiram em ritmo de queda, mesmo com a alta do setor bancário. Com uma correlação maior com as empresas de tecnologia, a companhia tende a ser prejudicada também pela elevação global das taxas de juros. Confira as maiores quedas do dia:

CÓDIGONOMEULTVAR
BIDI11Banco Inter unitR$ 50,78-1,91%
BIDI4Banco Inter PNR$ 17,07-1,27%
ALPA4Alpargatas PNR$ 52,55-1,50%
BPAN4Banco Pan PNR$ 16,38-1,09%
DXCO3Dexco ONR$ 17,14-0,70%

*Colaboraram Henrique Zimmermann, sócio e head Nordeste da VLG Investimentos, e Frederico Nobre, analista da Warren Investimentos.

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